O Terno canta sobre as angústias de uma geração em seu novo trabalho
A banda fez o primeiro show do álbum “” em São Paulo. O Terno se apresenta novamente neste sábado (18) às 21h e domingo (19) às 18h
- Data: 18/05/2019 16:05
- Alterado: 18/05/2019 16:05
- Autor: Rodilei Morais
- Fonte: Agência ISO/ABCdoABC
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Os paulistanos da banda O Terno fizeram nesta sexta (17) o show de lançamento do álbum “<atrás/além>” no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. O trabalho é o quarto disco de Tim Bernardes (voz e guitarra), Biel Basile (bateria) e Guilherme D’Almeida (baixo).
O discos do passar do tempo, do “ritmo frenético de um jovem anos 10”, como canta Tim em “Pegando Leve”, e de dualidades como em “Passado / Futuro” e “Profundo / Superficial”. O resultado é um trabalho maduro, que dialoga com as angústias da geração atual. O sentimento de vazio, também abordado em “<atrás/além>”, está ainda no branco da capa do álbum, presente também no figurino e no cenário do show.
O amadurecimento levou também a uma maior complexidade de arranjos instrumentais, contando com cordas e sopros. A demanda de músicos gerada por essa vastidão instrumental é suprida por dois fatores. O primeiro, os loops controlados por Biel e que viraram motivo de brincadeira para os músicos e para o público antes de “Volta e Meia”. O segundo é a presença do quarteto de metais formado por Amilcar Rodrigues (trompete), Douglas Antunes (trombone), Filipe Nader (saxofone) e Oscar Ferreira (saxofone). Os quatro acompanharam o trio por quase todo o show, exceto um por um breve trecho a que Tim chamou de “um momento íntimo dos três”.
O vocalista comentou a disposição dos músicos no palco, os três sentados muito próximos e voltados uns aos outros. O posicionamento ecoa os primeiros ensaios do álbum, realizados em um sítio em 2018, em um clima semelhante ao criado no auditório do parque. O local concebido por Oscar Niemeyer recebeu também os shows de lançamento dos três outros álbuns d’O Terno, além do aclamado trabalho solo de Tim Bernardes.
E se o público já vinha dançando levemente em suas cadeiras a medida em que a noite avançava, os fãs não se contiveram quando Tim convidou a plateia se levantar. A banda então emendou “<Bielzinho/Bielzinho>”, composição de Tim em homenagem ao colega baterista, com as já conhecidas “Ai, Ai, Como Eu Me Iludo” e “Culpa”, que ganharam novos ares com a presença dos metais.
No bis, “Melhor do Que Parece”, que dá nome ao álbum anterior da banda, encerrou a noite. O Terno se apresenta novamente neste sábado (18) às 21h e domingo (19) às 18h, também no Auditório Ibirapuera.