O que pensam os novos líderes do Congresso sobre a anistia do 8 de Janeiro
Hugo Motta e Davi Alcolumbre reconhecem a polarização do tema e indicam que a proposta será debatida com cautela nas Casas Legislativas
- Data: 03/02/2025 10:02
- Alterado: 03/02/2025 10:02
- Autor: Redação
- Fonte: Congresso Nacional
Os novos líderes do Congresso Nacional, eleitos no último sábado, 1º de outubro, manifestaram a intenção de debater a proposta de anistia aos envolvidos nos atos extremistas ocorridos em 8 de janeiro. Contudo, ambos os presidentes reconhecem que o tema é fonte de forte polarização entre os parlamentares.
Hugo Motta, representante do Republicanos da Paraíba e agora presidente da Câmara dos Deputados, comprometeu-se a conduzir uma análise “imparcial” sobre a proposta. Por sua vez, Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá, que reassumiu a presidência do Senado, enfatizou a necessidade de um diálogo “pacífico” acerca da questão.
STF aponta quase 900 responsabilizados pelos atos golpistas
Dados do Supremo Tribunal Federal (STF) indicam que 898 indivíduos foram responsabilizados pelos atos de 8 de janeiro. O relatório, divulgado pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, aponta 371 condenações e 527 acordos estabelecidos com o Ministério Público Federal (MPF).
A anistia para aqueles que participaram dos ataques aos Três Poderes é uma proposta defendida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que acredita que uma versão ampliada da iniciativa poderia revogar suas condenações na esfera eleitoral e abrir caminho para sua candidatura em 2026.
Motta anunciou sua intenção de levar a discussão sobre a anistia ao colégio de líderes da Câmara, instância onde se reúnem as lideranças partidárias para definir conjuntamente a pauta legislativa. Ele reconheceu que este é um dos temas mais controversos atualmente e sublinhou a importância de abordá-lo “com imparcialidade“. “Certamente, esse será um assunto discutido nas próximas reuniões e buscaremos tratá-lo com o máximo de imparcialidade possível“, declarou durante uma coletiva à imprensa na Paraíba. A proposta aguarda a formação de uma comissão especial na Câmara para avançar.
Senado não deve evitar o debate, diz Alcolumbre
Alcolumbre também se posicionou sobre o tema, afirmando que o Senado não deve evitar o debate sobre a anistia, mas alertou que essa discussão pode não contribuir para a pacificação do país. “Se continuarmos trazendo à tona assuntos que fomentam a discórdia ao invés da concórdia, veremos senadores de diferentes partidos em conflitos dentro dos corredores do Senado Federal“, afirmou durante entrevista à GloboNews.
O senador ressaltou que existe um interesse entre alguns membros tanto do Senado quanto da Câmara em discutir a anistia. “A vontade é debater o assunto; isso não implica necessariamente apoio ao projeto“, esclareceu Alcolumbre.

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