O Mistério de Irma Vap volta em formato drive in para curtíssima temporada em SP

As apresentações do espetáculo "O Mistério de Irma Vap" no Drive-in das Américas, em São Paulo, estão canceladas por conta das fortes chuvas na cidade

  • Data: 29/09/2020 09:09
  • Alterado: 29/09/2020 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria
O Mistério de Irma Vap volta em formato drive in para curtíssima temporada em SP

O Mistério de Irma Vap

Crédito:Priscila Prade

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NOTA OFICIAL!

Por conta das fortes chuvas na cidade de São Paulo, as apresentações do espetáculo “O Mistério de Irma Vap”, que aconteceriam no Drive-In das Américas, dias 09 e 10 de outubro, estão canceladas.

Informações sobre reembolso de ingressos serão comunicadas nas redes sociais do Espaço das Américas e da Ticket360.

Sucesso de público e crítica, a comédia besteirol O Mistério de Irma Vap retorna para curtíssima temporada, no Drive In das Américas do Espaço das Américas, em São Paulo. A temporada adaptada acontecerá nos dias 09 e 10  de outubro, e tem como protagonistas a dupla Luis Miranda e Mateus Solano na montagem dirigida pelo encenador Jorge Farjalla a partir do texto de Charles Ludlam. A produção e realização são da Bricabraque Produções e Palco7 Produções.

A trama original se passa em um lugar remoto da Inglaterra e conta a história de Lady Enid, a nova esposa do excêntrico Lord Edgar. Ela tem que se adaptar a viver em uma mansão mal-assombrada pelo fantasma da primeira esposa de seu marido, Irma Vap – lugar onde o filho do casal foi morto por um lobisomem.

Na casa, há uma governanta que assume a posição de rival da recém-chegada. Para retomar o amor de seu marido, Lady Enid come o pão que o diabo amassou e pratica peripécias divertidas. Em cena, dois atores interpretam os vários personagens, entre humanos e assombrações.

O texto foi montado pela primeira vez em 1984 em um pequeno teatro em Greenwich Village, em Nova York, nos Estados Unidos, pela companhia Ridiculous Theatrical Company, do próprio Charles Ludlam. Ele fez uma paródia dos clássicos e inspirou-se em um gênero da Inglaterra Vitoriana chamado “penny dreadful” (que pode ser traduzido como terror a tostão) para criar um novo tipo de comédias, o melodrama vitoriano.

Diferente da história original, a versão é situada em um trem fantasma de um parque de diversões macabro. “Usamos como referência os filmes de terror, como Pague para Entrar, Reze para Sair, de Tobe Hooper; Rebecca, de Alfred  Hitchcock e a estética dos anos 80. Mergulhamos também no universo do videoclipe de Thriller, de Michael Jackson, que foi dirigido pelo cineasta John Landis, uma referência do que é um filme de horror. Além disso, a obra também tem várias citações de Shakespeare, principalmente de Hamlet. Desfragmentamos todas as camadas do texto para ver o que estava por trás dele e ressignificar a obra”, conta o diretor e encenador Jorge Farjalla.

A primeira e icônica montagem brasileira do texto, com direção da saudosa atriz Marília Pêra e atuação de Ney Latorraca e Marco Nanini, estreou em 1986 e ficou em cartaz durante 11 anos consecutivos, o que garantiu ao texto o registro no livro Guiness World Records. A peça ficou marcada na história do teatro por uma espécie de gincana de troca de figurinos por Nanini e Latorraca.

O espetáculo, ainda segundo o diretor, tem a proposta de expor aos olhos do público essa troca de roupas e enfatizar ainda mais o texto e o trabalho do ator. “Nós teatralizamos a troca de roupas. Eu quero mostrar para o espectador o teatro como uma grande ilusão e o ator como um grande mago, que pode criar tudo na frente do público e fazê-lo acreditar naquela situação. Quero que a plateia sinta o trabalho do ator e como eles vão dividir esses personagens em um jogo de espelhos. O próprio texto de Ludlam sugere o jogo teatral e tentamos enfatizar ao máximo a questão dos atores como um duplo”, comenta.

Essa encenação ousada só é possível graças ao talento de Luis Miranda e Mateus Solano. “Os dois são de uma genialidade, uma elegância artística. “Eles têm juntos uma energia maravilhosa. Estou muito grato por tê-los comigo e por partilhar algo tão sagrado para mim, que é o fazer teatral”, acrescenta.

Elementos cênicos de Irma Vap

O cenário de Marco Lima é um trem fantasma, com o carrinho utilizado de forma manual, artesanal e mecânica. Tudo construído com madeira, ferro e materiais simples. As luzes do cenário piscam e as portas abrem e fecham. Na montagem, os quatro atores “vodus contrarregras” fazem a movimentação do cenário. Todo palco está aberto, mostrando a caixa cênica, sem bambolinas, sem rotundas, revelando o maquinário do teatro e não escondendo nada. “O cenário foi inspirado no filme de terror dos anos 80, Pague para Entrar, Reze para Sair. É todo teatralizado”, detalha Marco Lima.

O figurino de Karen Brusttolin é todo feito à mão, por uma equipe composta por sapateiro, chapeleiro, costureira, bordadeira, designer de adereços e envelhecimento. O tecido utilizado foi o jeans, para dar um ar contemporâneo.  São sete trocas de roupa, referências e universos diferentes que transitam desde a era medieval até David Bowie. “Temos trocas de roupas muito rápidas. O diretor optou por revelar essas mudanças ao público. Pensei que este figurino deveria ser feito em camadas, criei a roupa “base” como bonecos de vodu. Depois disso fui lapidando cada roupa pensando nas necessidades de cada ator, para que essas trocas pudessem acontecer com fluidez”, conta Karen.

A iluminação de César Pivetti é quase uma personagem. São vários efeitos, 300 movimentos de luz. “Procurei usar algumas tonalidades que remetessem ao clima de trem fantasma e escolhi dois tons de lavanda. Posicionei as máquinas de fumaça, criando um pântano. Com os refletores de chão e com toda a possibilidade de cenografia, conseguimos criar essa região pantanosa”, comenta César.

A trilha musical é quase cinematográfica, pontua as cenas e as ações dos atores. As escolhas foram feitas em cima da opção do diretor de ambientar a peça no trem fantasma. A referência, como já citada no release, foi o cinema de terror das décadas de 70/80. “Não é tão comum usar a música no teatro desta maneira. Eu bebi bastante a fonte do filme Pague para Entrar, Reze para Sair, por sugestão do Farjalla. Apesar do clima de terror, o humor está tanto na caricatura de cenário, figurino, atuação dos atores, quanto na música. Então essa caricatura do terror, da tensão, do suspense, traz consigo o humor, porque fica às vezes tão bizarro, que torna a coisa engraçada”, finaliza o diretor musical Gilson Fukushima.

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  • Data: 29/09/2020 09:09
  • Alterado:29/09/2020 09:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Assessoria









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