O “Gambito da Netflix” – influência das novas mídias em mercados de consumo

Artigo de Achiles Batista Ferreira Junior, coordenador dos cursos de Marketing Digital, Marketing e Gestão de Mídias Sociais do Centro Universitário Internacional Uninter.

  • Data: 18/12/2020 16:12
  • Alterado: 18/12/2020 16:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Uninter
O “Gambito da Netflix” – influência das novas mídias em mercados de consumo

Crédito:Depositphotos

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Com a estreia em plena pandemia mundial, no dia 23 de outubro de 2020, a minissérie “O gambito da rainha” chegou de forma arrebatadora em mais de 62 milhões de lares em todo mundo via streaming e influenciou um mercado até então estagnado. Logo em seguida, fez subir 250% a busca por tabuleiro de xadrez no Ebay, alavancando a busca por “como jogar xadrez” da noite para o dia no Google e Youtube, transformando o livro que serviu como inspiração para a série, em best seller depois de 37 anos de seu lançamento e de quebra, aumentou o número de jogadores no site chess.com em 500%, transformando-se assim, não somente na série mais vista bem como na mais impactante no mercado.

Com o sucesso da minissérie mais assistida da história da Netflix, o “Gambito da Rainha” (muito bacana por sinal, vale a pena assistir), houve um “boom” nas buscas por aulas de xadrez na internet e de quebra chamou a atenção para um tema de interesse social mundial: a igualdade de gênero. Aliás, confesse que quando você escutou pela primeira vez esse nome “gambito da rainha“, achou que era uma comédia bobinha e imaginou que teria algo a ver com as pernas finas da rainha da Inglaterra e nem deu muita bola, fala a verdade.

Pois bem, na verdade trata-se de um drama de alta de qualidade que relata a história de uma garota que se torna campeã mundial jogando xadrez de forma excepcional em um universo ocupado exclusivamente pelos homens, além de ser uma inspiração motivacional para que todos corram atrás de seus sonhos e objetivos de vida, a série aborda a igualdade de competência entre homens e mulheres da época, bem como consegue colocar em evidência outras pautas de relevâncias sociais, tais como a dependência química e adoção de crianças órfãs.

Em relação ao impacto da minissérie no mercado, a mesma aguçou e muito o interesse de milhões de pessoas em todo o mundo para o jogo de tabuleiro, fazendo com que as buscas sobre a temática “como aprender a jogar xadrez” e assim atingirem um pico record de buscas na internet.

De acordo com o site Salon, o enxadrista e mestre Levy Rozman saiu de uma média de 70.000 views diárias na plataforma de vídeos Twitch para mais de 500.000, logo após a série ter sido lançada e o vídeo mais popular, é claro, tem a ver com a produção da Netflix: “Como Jogar O Gambito da Rainha”. Enfim, como curiosidade vale destacar que os soviéticos eram (ainda são) extremamente obcecados por xadrez sendo tão popular por lá quanto o futebol no Brasil. Cada família tinha seu próprio tabuleiro, que inicialmente era destinado somente as elites no país e com o tempo se tornou super popular em todas as classes sociais (classes sociais na união soviética? Sim, senhor).

Como uma outra curiosidade vale destacar que o xadrez acabou virando na época, um importante artifício comunista para a chamada luta de classes. Sendo que Lenin o se referia ao jogo como uma “arma política”.

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  • Data: 18/12/2020 04:12
  • Alterado:18/12/2020 16:12
  • Autor: Redação
  • Fonte: Uninter









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