‘O esporte mudou totalmente a minha vida’, diz campeã paralímpica no halterofilismo
Mariana D'andrea participou de etapa do Programa de Desenvolvimento Paralímpico, que oferece capacitação de graça no paradesporto
- Data: 27/02/2025 07:02
- Alterado: 27/02/2025 07:02
- Autor: Redação
- Fonte: Agência SP
Mariana D’andrea, bicampeã paralímpica, se destaca como um exemplo inspirador de superação e resiliência. Sua trajetória ilustra como o apoio de profissionais capacitados em educação física pode transformar a vida de atletas com deficiência. A paratleta foi descoberta por Valdecir Lopes, seu técnico, que a apresentou ao halterofilismo, através do Programa de Desenvolvimento Paralímpico, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo.
Natural de Itu, município localizado a 102,7 km da capital paulista, Mariana não havia encontrado seu caminho no esporte até o dia em que foi abordada por Valdecir. “No começo eu fiquei um pouco assustada, mas com o incentivo dele e da minha mãe, decidi experimentar. Inicialmente não me agradou, mas a persistência do Valdecir me levou a uma competição onde conheci um novo mundo”, recorda a atleta. A partir dessa experiência, Mariana encontrou profissionais comprometidos que não apenas a treinaram, mas também acreditaram em seu potencial.
A atuação dos professores de educação física especializados em paradesporto foi crucial para o desenvolvimento de Mariana. O conhecimento técnico e o constante encorajamento proporcionados por Valdecir foram determinantes para sua evolução no halterofilismo. “O esporte mudou minha vida completamente. Hoje sou uma nova pessoa e consigo me dedicar integralmente à prática”, afirma ela. Essa relação sólida de confiança e apoio possibilitou que Mariana se preparasse para competições importantes, incluindo as Olimpíadas de Tóquio (2020) e Paris (2024), onde conquistou medalhas de ouro.
O êxito de Mariana reflete não apenas sua dedicação pessoal, mas também a eficácia das metodologias do Programa de Desenvolvimento Paralímpico. Este programa é uma iniciativa da Secretaria Estadual de Esportes e da Secretaria Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência, focada na capacitação de profissionais em modalidades paralímpicas.
Danilo Lara, professor de halterofilismo e parte do programa em Itu, destaca: “O halterofilismo exige uma combinação de técnica, força e comprometimento. Nosso objetivo é moldar os atletas fisicamente e mentalmente para que possam atingir seu máximo potencial”.
O halterofilismo se consolidou como um dos pilares do programa, fornecendo aos professores ferramentas essenciais para promover o desenvolvimento e visibilidade dos atletas paralímpicos. “Acredito firmemente que quem se familiariza com o esporte paralímpico vivencia uma transformação significativa. Todos deveriam conhecer essa iniciativa”, enfatiza Maiara.
A trajetória vitoriosa de Mariana culminou em conquistas memoráveis nos Jogos Paralímpicos. Com esforço incansável e perseverança, ela acumulou medalhas que simbolizam tanto sua dedicação quanto a importância do suporte oferecido por treinadores qualificados na modalidade. Cada medalha conquistada é um testemunho do impacto positivo que o incentivo profissional pode ter na vida de um atleta.
Programa de Desenvolvimento Paralímpico
Desde seu lançamento em 2021, o Programa de Desenvolvimento Paralímpico já capacitou cerca de 11 mil profissionais de educação física ao longo de mais de 100 etapas. No último ano, foram registrados resultados notáveis com 4 mil novos profissionais formados em 36 cidades.
A iniciativa abrange capacitação em oito modalidades paralímpicas: halterofilismo, atletismo, futebol para cegos, goalball, basquete em cadeiras de rodas, natação, tênis de mesa e voleibol sentado. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do link disponibilizado pela organização.