Núcleo Ajeum apresenta o espetáculo “PADÊ” no Sesc Belenzinho
Padê é a dança de celebração da força que vai da gargalhada ao conflito, do olhar desconfiado ao sorriso largo, do sangue pulsando aos desejos de transformação. A desordem como uma possibilidade de reaver caminhos, lembrando-se de quem se é
- Data: 08/09/2024 12:09
- Alterado: 08/09/2024 12:09
- Autor: Redação
- Fonte: Sesc-SP
Crédito:Sebastian Cauvet/Divulgação
Nos dias 13, 14 e 15 de setembro de 2024, sexta-feira e sábado às 20h, domingo às 18h, o Núcleo Ajeum (@nucleoajeum), apresenta o espetáculo de dança “PADÊ”, no Sesc Belenzinho, que fica na R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo (SP). Os ingressos podem ser adquiridos no site ou nas bilheterias do Sesc SP com valores a partir de R$ 18,00.
Em “PADÊ”, Djalma Moura, criador, coreógrafo e diretor do núcleo, instiga os bailarinos na cena a externalizar desejos e pulsões de vida para criar uma dança ebó. Uma dança que venha como proposição de arrastar as mazelas físicas, emocionais e espirituais que ainda corrompem meninos e meninas negras e induzem aos seus extermínios.
Uma dança que busca revigorar o corpo e espírito tendo em vista a continuidade e manutenção da vida, seus desejos carnais, as trocas nesse mercado de Exú, recolhendo e partilhando boas notícias, para engolir e cuspir outro de si. Um inteiro em sua integridade que celebra sua existência e roça a vida em gozo, prazer e gargalhadas.
“Levando em consideração que o contrário de Exú é o cárcere, a certeza imutável, os dogmas e o medo da contradição, o apequenamento; Padê é a dança de celebração da força de ordem, da gargalhada, do conflito e contradição, do sexo e gozo, do olhar desconfiado e do sorriso largo, da encruzilhada, do sangue pulsando e dos desejos de transformação. Diante do inevitável, a vida!” comenta Djalma Moura, Diretor do Núcleo Ajeum.
A proposta da obra coreográfica “PADÊ” parte da compreensão dos processos de manutenção da vida a partir de um estado de persistência e desejo. Quais são os desejos que nos mantêm vivos? Quais formas e formatos organizam nossos movimentos cotidianos na busca por vitalidade?
“A complexidade em lidar com esses disparadores que possibilitam caminhos infinitos exige que escutemos o processo de forma mais aguçada e porosa. Isso me instigou a ter um olhar mais atento junto às qualidades dos bailarinos, suas habilidades e vontades tanto individuais quanto coletivas, para conduzir os caminhos da obra, e encontrar outras formas de organização das gestualidades que surgiam”, complementa Moura.
O Núcleo Ajeum em seus dois últimos trabalhos vem criando questões em torno do ciclo de nascimento, vida e morte. Em “IKÚ”, a poética da morte e suas silhuetas evocam a perda, a reorganização da comunidade, o lamento e a celebração dos legados deixados por quem partiu. Já no espetáculo “LAMA” a proposta de compreender a invenção do corpo, uma matéria que vem da manipulação do barro, se transformando em revitalização do nascimento por mãos de encantamento que se questiona e reconfigura a partir das relações do que é corpo. “PADÊ” parte da busca por respostas criativas e dançadas sobre a desordem como mais uma possibilidade de reaver os caminhos percorridos, de parar e olhar para si, lembrando-se de quem se é.
Sobre o Núcleo Ajeum
Criado em 2014 por Djalma Moura e sediado na periferia da Zona Sul de São Paulo, o Núcleo Ajeum pesquisa as estéticas negras e suas cosmovisões de mundo inseridas em contextos sociais, tradicionais e contemporâneos. As obras coreográficas do núcleo partem da encruzilhada entre contos, mitologias, filosofias e liturgias africanas e afro-brasileiras.
Com onze obras criadas ao longo da trajetória, entre elas produções de espetáculos para caixa cênica, espaços alternativos, ruas e audiovisual o núcleo também produz a Revista Ajeum, com duas edições publicadas, onde discorre sobre processos de criação das coreografias, seus atravessamentos, além de contar com contribuições de outros artistas e pensadores de dança e arte negra.
Destaque para o projeto “IKÚ” lançado em versão para o palco e versão de filme, ambas indicadas ao Prêmio APCA de 2022. A versão filme “IKÚ: A Morte Um Dia Acolherá o Orí” foi a vencedora deste prêmio na categoria “Espetáculo não estreia” em 2022. A versão presencial ganhou o Prêmio Denilto Gomes da Cooperativa Paulista de Dança na categoria Direção e Dramaturgia, no mesmo ano.
Mais informações: www.nucleoajeum.com, www.facebook.com/nucleoajeum e @nucleoajeum
Ficha Técnica – Concepção, Direção e Coreografia: Djalma Moura. Intérpretes-Criadores: Aysha Nascimento, Djalma Moura, Erico Santos e Victor Almeida. Artistas Convidados: Cristina Santos, Paulo Felito, Thales Felipe. Criação Musical: Lucas Brogiolo. Criação e Operação de Luz: Juliana Jesus. Figurino e Visagismo: Gil Oliveira. Cenário: Núcleo Ajeum. Confecção da Mesa: José Lourenço. Palavras de Pesquisa: Bruno Garcia Onifade, Luís Rufino e Baba Flávio de Yemonja. Preparadores Corporais: Djalma Moura, Jessy Velvet e Tainara Cerqueira. Assessoria de imprensa: Luciana Gandelini. Produção: Dafne Nascimento.
Serviço: Espetáculo “PADÊ”
Com Núcleo Ajeum
Sinopse: Semente olho de boi e casca de fava. Duas pedras fechadas e uma aberta. Vértebra, penas e sangue animal. Uma mesa que acolhe subjetividades na intenção de gerar fricções pelos caminhos. Atravessar e ser atravessado. Com os olhares e gestos, criar estripulias. Colocar o próprio corpo na dimensão de ebó, com a magia do gesto, é criar um portal entre múltiplas existências que atravessam o passado, presente e futuro. É como comer, mastigar, engolir, gozar e devolver ao mundo transformado em uma dança que se apoia na força embrionária de Exú para alavancar desejos de uma vida doce. Uma fenda está aberta e a dança que surge no processo de regeneração habita campos de saúde, cura e prazer. Pois queremos acreditar que para a manutenção de uma boa vida saudável é preciso roçar. Já que a vida é doce para nela se viver, vamos gargalhar. Duração: 60 minutos
Quando: 13, 14 e 15 de setembro de 2024 – Horário: sexta-feira e sábado 20h / domingo 18h30
Onde: Sesc Belenzinho – Endereço: R. Padre Adelino, 1000 – Belenzinho, São Paulo – SP, 03303-000
Ingressos: R$ 18,00 (Credencial Plena) / R$ 30,00 (meia-entrada) / R$ 60,00 (inteira)
Assessoria de Imprensa: Luciana Gandelini – [email protected] – Whatsapp 1199568-8773
SESC BELENZINHO
Telefone: (11) 2076-9700
sescsp.org.br/Belenzinho
Estacionamento
De terça a sábado, das 9h às 21h. Domingos e feriados, das 9h às 18h.
Valores: Credenciados plenos do Sesc: R$ 8,00 a primeira hora e R$ 3,00 por hora adicional. Não credenciados no Sesc: R$ 17,00 a primeira hora e R$ 4,00 por hora adicional.
Transporte Público
Metrô Belém (550m) | Estação Tatuapé (1400m)
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