Fortaleza recebe segundo voo de brasileiros deportados dos EUA

A operação foi organizada pela FAB e inclui transporte para Belo Horizonte, onde deportados terão apoio da Sedese.

  • Data: 07/02/2025 17:02
  • Alterado: 07/02/2025 17:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS
Fortaleza recebe segundo voo de brasileiros deportados dos EUA

Crédito:Edson Costa / Itatiaia

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Nesta sexta-feira (7), Fortaleza recebeu o segundo voo de brasileiros deportados dos Estados Unidos desde a posse do presidente Donald Trump. Esta operação foi organizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) e, assim como o primeiro voo realizado em janeiro, que levou os deportados inicialmente a Manaus, este também inclui um transporte posterior para Belo Horizonte, em Minas Gerais.

A logística da repatriação abrange o deslocamento dos repatriados de Fortaleza até o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, onde uma equipe do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania estará presente para recebê-los. Além disso, um diplomata brasileiro acompanhou os deportados desde Alexandria, Louisiana, durante o embarque.

O acolhimento no aeroporto em Minas Gerais será coordenado pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Sedese), que garantirá assistência aos deportados. Ao chegarem, os repatriados serão direcionados a uma área reservada para receber suporte adequado. Famílias sem recursos financeiros contarão com ajuda para seu retorno seguro às cidades de origem, além de receber mantas, kits de higiene e alimentos.

A aeronave civil que trouxe os deportados fez uma escala em Porto Rico antes de seguir para Fortaleza. Apesar da previsão inicial para aterrissagem às 15h (horário de Brasília), houve um atraso superior a uma hora.

Essa iniciativa do governo brasileiro surge após intensas discussões entre representantes dos dois países. O objetivo é otimizar o tempo de viagem e reduzir o uso de algemas pelos deportados durante o traslado. O grupo de trabalho brasileiro incluiu membros do Itamaraty, do Ministério da Justiça e Segurança Pública e da Polícia Federal, enquanto do lado americano participaram agentes da Embaixada e do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE).

A necessidade dessa nova abordagem se intensificou após relatos alarmantes sobre maus-tratos no voo anterior, onde os deportados desceram algemados e relataram condições inadequadas durante a viagem. Algumas das vítimas mencionaram falta de ar e dificuldades para acessar banheiro e alimentação, levando a protestos durante o trajeto.

Embora o uso das algemas tenha sido criticado pelo governo brasileiro, ele é parte de um acordo estabelecido em 2021 entre Brasília e Washington. A responsabilidade sobre a utilização dessas medidas permanece nas mãos do governo dos Estados Unidos.

Além dos desafios enfrentados na repatriação anterior, este novo caso será analisado com atenção especial, uma vez que as negociações foram conduzidas sob a administração atual do presidente Trump. Enquanto isso, Trump continua a implementar políticas rígidas relacionadas à migração, incluindo declarações de emergência na fronteira com o México e ações para acelerar deportações.

Paralelamente, os Estados Unidos confirmaram que voos de deportação para a Venezuela devem começar nos próximos dias. Tom Homan, czar da fronteira americana, anunciou que detalhes ainda estão sendo finalizados. Richard Grenell, enviado especial da Casa Branca a Caracas, se reuniu recentemente com o governo venezuelano para discutir essa questão, embora Caracas não tenha feito declarações oficiais sobre a aceitação desses imigrantes expulsos.

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  • Data: 07/02/2025 05:02
  • Alterado:07/02/2025 17:02
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS









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