Novo ensino médio: SP reduz itinerários e inclui educação financeira
Opções de aprofundamento caem de 12 para três a partir do próximo ano; modelo vela para as escolas estaduais, mas não para as particulares
- Data: 26/07/2023 12:07
- Alterado: 26/07/2023 12:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Gabriel Jabur/Agência Brasília
A governo do Estado de São Paulo decidiu reduzir de 12 para três o total de itinerários formativos para estudantes do ensino médio paulista, e incluiu as disciplinas de Educação Financeira e Aceleração para Vestibular na grade comum. A reestruturação foi anunciada pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc-SP), que informou ainda que a escolha dos itinerários para o ano que vem deverá ser feita entre agosto e setembro.
Os 12 itinerários formativos atuais serão reduzidos a três: Ciências da Natureza e suas Tecnologias + Matemática; Linguagens e suas Tecnologias + Ciências Humanas e Sociais Aplicadas; e Ensino Técnico. Outra mudança está na inserção de quatro novas disciplinas comuns: Educação Financeira, Projeto de Vida, Redação e Leitura e Aceleração para Vestibular.
Os itinerários são escolhidos pelos alunos do primeiro ano, sendo que o aprofundamento é cursado durante a 2ª e 3ª séries.
As mudanças ocorrem cerca de três anos após o ensino médio do Estado passar por reformulação. Em 2020, durante a gestão de João Doria (à época no PSDB, hoje sem partido), São Paulo se tornou o primeiro Estado do País a mudar o currículo do ensino médio, conforme passou a prever lei aprovada em 2017, durante a gestão do presidente Michel Temer (MDB).
Naquela reformulação – ocorrida em meio à pandemia de covid-19, quando os alunos estavam em ensino remoto – a Seduc-SP estabeleceu 12 itinerários formativos, mas a ideia inicial deles se mostrou pouco efetiva. Isso porque, devido a limitações de estrutura ou professores, em boa parte das vezes as opções de aprofundamento eram bem mais restritas.
Em âmbito nacional, o chamado Novo Ensino Médio entrou em vigor no ano passado para alunos do 1º ano, com previsão de ser adotado para todos os alunos do País até 2024. Recentemente, contudo, o Ministério da Educação (MEC) abriu consulta pública para estudar novas mudanças.