Novembro Azul – Câncer de próstata é dominante entre todos os tipos de tumores malignos entre homens
De 2022 até agora, o DataSus já registrou 61.049 casos deste tipo de neoplasia em território brasileiro e os estados do sudeste são os que concentram mais registros
- Data: 08/11/2023 13:11
- Alterado: 08/11/2023 13:11
- Autor: Redação
- Fonte: Hilab
Crédito:Reprodução
Entramos em novembro, mês mundial de combate ao câncer de próstata. A campanha Novembro Azul, já consolidada no calendário de saúde, objetiva alertar para a importância do diagnóstico precoce da doença que, entre todos os tipos de neoplasias, é a mais frequente entre os homens brasileiros, depois do câncer de pele, além de ser a que mais mata.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer – INCA, que prevê cerca de 70 mil novos casos de câncer de próstata por ano até 2025, a região sudeste do Brasil é a que mais concentra os registros. E de 2022 até agora, o DataSus já registrou 61.049 casos deste tipo de neoplasia maligna em território brasileiro.
Dados do site da Sociedade Brasileira de Urologia indicam que, quando diagnosticada precocemente, a doença tem 90% de cura. Os exames preventivos ainda são a principal forma de combate à doença, segundo consenso entre os médicos. De acordo com a Agência Nacional de Saúde – ANS, em 2022, foram realizados quase 942 mil exames de PSA, que diagnosticam a doença no sangue, na rede de saúde suplementar. Já na Hilab, biotech brasileira especialista em tecnologia diagnóstica, o PSA figura entre os 10 mais procurados nos últimos 12 meses. Com a nova regulamentação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a RDC 786/2023, que autoriza a realização de exames de sangue em farmácias, espera-se que a demanda de procura por esse exame aumente e colabore com o diagnóstico precoce da doença.
Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata – que é dificuldade de urinar ou a necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite, por exemplo. Na fase avançada, pode provocar dor óssea, outros sintomas urinários ou, quando mais grave, infecção generalizada e até insuficiência renal. Desta forma, a detecção precoce do câncer é uma estratégia utilizada para encontrar um tumor numa fase inicial e, assim, possibilitar maior chance de tratamento bem sucedido. A detecção precoce pode ser feita por meio da investigação com exames clínicos, laboratoriais, endoscópios ou radiológicos, de pessoas com sinais e sintomas sugestivos da doença, ou daqueles sem sinais, no caso de rastreamento dos pertencentes a grupos risco.
No caso do câncer de próstata, os principais exames para diagnóstico são o toque retal e o exame de sangue, para avaliar a dosagem do antígeno prostático específico, conhecido por PSA. Os médicos recomendam a investigação de sinais e sintomas relacionados como a dificuldade de urinar ou a diminuição deste jato, bem como o aumento dessa frequência ou ainda caso verifique a presença de sangue na urina. No entanto, mesmo na ausência desses ou outros sintomas, é recomendado que homens a partir dos 50 anos, ou dos 45, se houver histórico familiar, procurem ir anualmente ao urologista para avaliar em conjunto se a estratégia do rastreamento se aplica, além de ser uma oportunidade para outras avaliações recomendadas para essa faixa etária, como condições associadas a riscos cardiovasculares, e até como manutenção de hábitos e um estilo de vida saudável.
“O câncer de próstata é a principal causa de óbito por câncer em homens no Brasil. O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. É preocupante que muitos homens só busquem ajuda médica quando os sintomas do câncer de próstata já estão em estágios avançados. Por isso, a conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce é crucial. O exame de PSA, em conjunto com o toque retal, é uma estratégia que deve ser oferecida a todos os homens entre 45-70 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Urologia, considerando a individualização do balanço de riscos e benefícios da estratégia de acordo com fatores de risco, comorbidade e valores individuais. Busque seu médico e pergunte mais sobre esse assunto. A informação e a prevenção são as melhores estratégias para garantir uma vida saudável e de qualidade”, comenta Dr. Bernardo Almeida, infectologista e diretor médico da Hilab.