Nova Geração – Tempo de rentabilizar a sustentabilidade

A Scania planeja atender à demanda por redução nos gastos com combustível e nas emissões com os caminhões e ônibus movidos a gás

  • Data: 18/02/2020 14:02
  • Alterado: 18/02/2020 14:02
  • Autor: Luiz Humberto Monteiro Pereira
  • Fonte: AutoMotrix
Nova Geração – Tempo de rentabilizar a sustentabilidade

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O ano de 2019 foi marcante para a Scania do Brasil pela chegada ao mercado nacional da Nova Geração de caminhões. O lançamento foi um sucesso e a Nova Geração registrou mais de 12 mil encomendas, tendo como principal argumento de venda a economia de combustível – segundo a marca sueca, os caminhões da linha atual consomem até 12% menos diesel em comparação aos da geração anterior. Para 2020, a expectativa da Scania é de crescimento nas vendas em todos os seus mercados de atuação: caminhões, ônibus, serviços e motores industriais, marítimos e para geração de energia. A empresa acredita que o agronegócio puxará novamente as vendas para cima e as aplicações que deverão se destacar serão carga fracionada e líquidos inflamáveis. A expectativa é que o mercado de caminhões poderá crescer de 10 a 15%, na faixa em que atua, acima de 16 toneladas (semipesados e pesados), na comparação com 2019. “Este ano, temos mais dois importantes passos com a tecnologia de motores a gás e/ou biometano com as entregas dos caminhões a partir de abril e o início das vendas dos ônibus, no segundo semestre”, anuncia Roberto Barral, vice-presidente das Operações Comerciais da Scania no Brasil.

O começo das entregas das encomendas dos caminhões a gás e/ou biometano a partir de abril colocará a Scania na vanguarda desse setor no Brasil. “Já estamos recebendo as encomendas desde outubro. É mais um passo em nossa jornada na liderança para um sistema de transporte mais sustentável”, comemora Silvio Munhoz, diretor comercial da Scania no Brasil. A Solar Coca-Cola, segunda maior fabricante do Sistema Coca-Cola no Brasil, e o Grupo HCL são duas empresas que investem, estão junto com a Scania, na missão de levar o gás como alternativa ao combustível tradicional no transporte de cargas, inicialmente na região Nordeste. Afinal, os números são sedutores. Conforme a Scania, além de ser 15% mais econômico em relação aos motores a diesel, o novo modelo pode reduzir até 15% as emissões de CO2 se abastecido com GNV (Gás Natural Veicular) e até 90% se utilizado com biometano, com a vantagem adicional de ser 20% mais silenciosos.

Nos ônibus, a visão da Scania é de que haverá no Brasil um aumento de até 5% na demanda no segmento rodoviário. “Algumas incertezas com o movimento de desregulamentação de linhas e a crescente atuação dos aplicativos levarão o mercado a uma adaptação ao longo do ano. Nos urbanos, deveremos fazer um volume próximo do de 2019”, contabiliza Fábio D´Angelo, novo gerente de Vendas de Ônibus da Scania no Brasil. No ranking de vendas de ônibus da Scania por modelo, o rodoviário K 360 4×2 foi o campeão com trezentos e cinco unidades, um incremento de 53,3% sobre as cento e noventa e nove do ano anterior. Pelas avaliações da empresa, o ideal para o Brasil atual é o ônibus movido a gás natural veicular (GNV) e/ou biometano, que se enquadra nos três pilares sustentáveis: econômico, social e ambiental. “A Scania está vivenciando a mudança no transporte de passageiros para o ecossistema da mobilidade ideal, que são os veículos elétricos. É o futuro, certamente. Mas antes devemos passar pela tecnologia a gás e biometano. Na Europa, foi e está sendo assim. Ainda não há viabilidade econômica do ônibus elétrico no Brasil”, acredita D´Angelo.

Atualmente, a Scania segue no processo de homologação do ônibus GNV e/ou biometano no Brasil. A homologação depende de três fases: do chassi, da carroceria e do sistema de abastecimento do gás. A etapa do chassi foi finalizada e a engenharia da Scania acredita que o processo completo esteja aprovado neste primeiro semestre. Enquanto isso, a marca prepara a linha de produção e fazendo os investimentos necessários na fábrica de São Bernardo do Campo (SP). A previsão é que as vendas comecem no segundo semestre de 2020, com opções urbanas e rodoviárias. A linha urbana de ônibus movidos a gás da Scania oferecerá inicialmente três modelos: K 280 4×2 (de 12,5 a 13,20 metros e capacidade de oitenta e seis a cem passageiros), K 280 6×2 (15 metros, terceiro eixo direcional e capacidade para até cento e trinta passageiros) e o articulado K 320 6×2/2, de 18,6 metros e capacidade para cento e sessenta ocupantes. Não são necessárias alterações significativas nos projetos das carrocerias, já que as instalações dos cilindros de gás podem ser feitas entre as longarinas do chassi (abaixo do assoalho) ou sobre o teto. Os motores já serão Euro 6 (o Brasil está no Euro 5) e a autonomia será de 300 quilômetros. Caso seja necessária uma autonomia maior, é possível avaliar a colocação de mais cilindros. “Outras opções chegarão com o aumento da demanda. Os investimentos são para médio e longo prazo”, conclui D´Angelo.

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  • Data: 18/02/2020 02:02
  • Alterado:18/02/2020 14:02
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