Nova comissão diz que direitos humanos foram ‘agredidos’ na campanha de 2018
Um grupo de 20 líderes políticos e acadêmicos lançou hoje, 20, a Comissão Arns. O colegiado diz atuar em defesa dos direitos humanos sem inclinação partidária
- Data: 20/02/2019 16:02
- Alterado: 20/02/2019 16:02
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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Fazem parte do grupo, liderado pelo ex-secretário de Direitos Humanos Paulo Sergio Pinheiro, nomes como o cientista político André Singer, que foi porta-voz do governo de Luiz Inácio Lula da Silva; Cláudia Costin, ministra durante o governo Fernando Henrique Cardoso; e o economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, que foi ministro de José Sarney.
O evento de lançamento, organizado na Sala dos Estudantes da Faculdade de Direito do Largo São Francisco lotada, teve a presença ainda de nomes como o petista Eduardo Suplicy e a filósofa Marilena Chauí, além de Eduardo Jorge (PV), candidato à vice-presidência na chapa de Marina Silva. Com um pouco de atraso, o ato ganhou reforço ainda do candidato derrotado à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, que participou como convidado.
“É possível que um membro seja adversário político de outro, mas desde que decidimos construir esse grupo, isso cessou”, afirmou José Gregori, ex-ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ele, a ideia de fundar a comissão surgiu no final do ano passado, depois que “os direitos humanos foram agredidos, distorcidos e atacados na campanha eleitoral”.
O grupo aprovou o estatuto da comissão, que, segundo os fundadores, pretende ampliar a defesa dos direitos humanos no Brasil. O colegiado foi batizado em homenagem ao bispo Dom Paulo Evaristo Arns, conhecido pela defesa de direitos humanos e denúncias de crimes ligados a ditaduras no Brasil e em outros países da América Latina.