Museu de Pesca em Santos será revitalizado
Restauração do Museu terá por objetivos a ampliação e modernização de seus espaços, além da atuação junto à comunidade
- Data: 31/03/2022 19:03
- Alterado: 17/08/2023 06:08
- Autor: Redação
- Fonte: Governo do Estado de São Paulo
Sede do Museu da Pesca
Crédito:Divulgação
O Museu de Pesca do Instituto de Pesca (IP-APTA), considerado uma das atrações turísticas mais famosas de Santos, no litoral paulista e que recebe cerca de 60 mil visitantes por ano, passará por uma revitalização. Durante evento realizado no dia 31 de março, na Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, na capital paulista, o secretário Itamar Borges assinou a autorização para elaboração do projeto museológico e de restauro do espaço. A iniciativa privada poderá aportar recursos para realização desses e de outros projetos.
“Assim que assumimos a Secretaria fizemos uma visita ao Museu da Pesca, em Santos e, após conhecermos o espaço e conversarmos com a equipe, nos unimos a eles no desafio de restaurar o Museu, e hoje anunciamos essa importante conquista e cumprimos essa missão”, destacou Itamar Borges durante a cerimônia.
A proposta de revitalização do Museu de Pesca terá por objetivos a ampliação e modernização de seus espaços e da atuação junto à comunidade. Além disso, tornará a edificação um espaço ainda mais propositivo e atuante de difusão do conhecimento e diálogo com a sociedade, ressaltando a relação entre o ser humano e o mar, bem como resgatando a tradição das comunidades pesqueiras da região e o desenvolvimento das tecnologias aplicadas nessa atividade.
De acordo com diretora do Museu de Pesca Thaís Moron Machado, cabe ainda à instituição valorizar os patrimônios naturais, sociais, culturais e ambientais ligados ao segmento da pesca, possibilitando aos visitantes descobrirem o mundo marítimo, além de intensificar a educação quanto às formas de preservação desses recursos naturais. “O Museu possui um potencial educativo e científico muito grande, que complementa e aprofunda o conhecimento. Além do acervo exposto, os resultados de muitas pesquisas do Instituto de Pesca se convertem em exposições que exploram tecnologia (QRCODE) e o lúdico, contribuindo assim com a divulgação da ciência”, destaca.
Thais conta que as exposições devem despertar a conscientização ecológica dos visitantes sobre o ambiente e a biodiversidade aquática, com foco em sustentabilidade. “Os visitantes serão estimulados a atuar como multiplicadores da cultura de preservação ambiental junto à escola, círculo familiar e amigos. A experiência da visita ao Museu de Pesca promove o encontro entre ciência e sociedade, razão e emoção, linguagem e tecnologia. Em um mundo cada vez mais conectado, é inevitável que a relação entre a tecnologia, arte e educação esteja cada vez mais próxima”, afirma.
O Instituto de Pesca, vinculado à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, é uma instituição de pesquisa científica e tecnológica que desenvolve projetos nas áreas de pesca e aquicultura, visando à obtenção e transferência de novos conhecimentos e de tecnologias destinadas à melhoria do agronegócio do pescado e da qualidade ambiental. Além das instalações destinadas à realização de suas pesquisas, o Instituto de Pesca conta com o Museu de Pesca, equipamento cultural para o desenvolvimento de atividades diferenciadas junto ao público.
O Museu da Pesca conta em seu acervo com a ossada da baleia Balaenoptera physalus, com 23 metros de comprimento, 193 ossos e sete toneladas, tubarões, raias, tartarugas, peixes, lula-gigante e leões marinhos taxidermizados, diorama (cenário) representando os quatro ecossistemas marinhos do litoral paulista (manguezal, praia arenosa, costão rochoso e fundo do mar); sala do Barco, simulando um convés; esqueletos de animais aquáticos; sala das areias e conchas coletados em vários pontos do Brasil e do mundo e Quarto do Capitão, espaço lúdico que simula o quarto de um barco. A reorganização do acervo existente no Museu, de acordo com Thais Machado, é constante, assim como a busca por novos acervos e parceiros para exposições temporárias, sempre com temas ligados à preservação ambiental e cultura caiçara.