Museu das Culturas Indígenas promove em outubro programação gratuita para todas as idades

História, educação e saúde são temas das atividades gratuitas, em meio a sessões de cinema, jogos e brincadeiras

  • Data: 27/09/2023 14:09
  • Alterado: 27/09/2023 14:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Museu das Culturas Indígenas
Museu das Culturas Indígenas promove em outubro programação gratuita para todas as idades

Crédito:MCI

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Simpósio, debates, cursos e muita diversão no Dia das Crianças farão parte da programação gratuita de outubro do Museu das Culturas Indígenas (MCI). Com a presença de lideranças e diferentes comunidades indígenas, acadêmicos e articuladores, as atividades tratarão de território, temáticas educacionais e saúde da mulher indígena. O MCI é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, gerida pela ACAM Portinari (Associação Cultural de Apoio ao Museu Casa de Portinari), em parceria com o Instituto Maracá e o Conselho Indígena Aty Mirim.

HISTÓRIA PRÉ-COLONIAL

A programação de outubro tem início com o simpósio Leituras de Sedimentos: o que os rios enterrados nos ensinam sobre sustentabilidade urbana, em 07 de outubro, às 9h. Neste encontro, os participantes do território Bixiga-Saracura, acadêmicos e indígenas do litoral do Estado contarão a história do bairro Bixiga antes da colonização europeia, além de abordar a extensão da Mata Atlântica em São Paulo.
A região foi local de um dos primeiros quilombos de São Paulo, que inicialmente serviu como rota de fuga de pessoas escravizadas e posteriormente tornou-se moradia permanente. Antes de ser quilombo, o bairro era parte da rota peabiru — trilhas criadas pelos povos indígenas para deslocamento entre comunidades e territórios.

DIVERSÃO NO FERIADO

Em 12 de outubro, a criançada poderá se divertir com brincadeiras indígenas da Aldeia Itapu, às 10h e às 14h. O grupo de Registro (SP) realizará atividades lúdicas e brincadeiras para o desenvolvimento da coordenação motora das crianças que vivem nas comunidades.

Peteca, corrida de maracá, arco e flecha, uruxy (mão de galinha) e mandió (jogo da mandioca) serão ensinados e praticados pelas crianças com orientação dos moradores da aldeia. Na sequência, a apresentação do coral e dança dos Xondaros e Xondarias, manifestação com significados ritualísticos e de fortalecimento da comunidade Guarani, será realizada no MCI.

TEMÁTICAS NA EDUCAÇÃO

Profissionais da área educacional terão a oportunidade de participar do curso de formação Folhas, caminhos e palavras — temáticas indígenas na educação, a partir de 21 de outubro, às 9h. As aulas ministradas por educadores, lideranças e mestres dos saberes tradicionais de diferentes povos ampliarão os repertórios teóricos dos participantes para romper visões homogêneas, preconceituosas e caricatas a respeito dos povos indígenas. O curso terá duração de 30h e emitirá certificado de participação.

CINEMA

O cinema indígena também fará parte da programação deste mês, em 26 de outubro, às 18h. O Cineclube TAVA, projeto do MCI para difundir produções com temáticas relacionadas aos povos originários, exibirá As bicicletas de Nhanderú (2011), de Patricia Ferreira (Keretxu) e Ariel Duarte Ortega, e Wayuri (2023), de Diana Gandara.

A primeira obra mostra a espiritualidade no cotidiano dos Guarani Mbya da Aldeia Koenju, em São Miguel das Missões (RS). O segundo conta sobre a Rede Wayuri — composta por comunicadores indígenas do Rio Negro (AM), que produzem podcasts, vídeos, fotos, áudios e textos sobre as 750 comunidades que vivem na área mais preservada da Amazônia.

Após a exibição, a haverá uma roda de conversas com a comunicadora Cláudia Ferraz (Wanano), da Rede Wayuri.

SABERES MEDICINAIS

Para fechar o mês, o MCI participará da campanha Outubro Rosa com o encontro Saúde da mulher indígena: saberes tradicionais e práticas da medicina, em 29 de outubro, às 10h.

Participarão do encontro Simone Takuá, filha de parteira, nascida e criada na aldeia dentro da cultura Guarani Mbya. Takuá vive em diferentes territórios e estados brasileiros. Em Mato Grosso viveu juntamente com o povo (parentes) Nambikuara. É formada em Pedagogia na Faculdade Peruíbe (FPBE) e trabalha com cursos e fitoterápicos naturais.

Marina Pedro Campos de Camilo, do povo Terena, é técnica de Enfermagem e trabalha há 35 anos na Terra Indígena Icatu, em Braúna (SP). Faz visitas domiciliares e acompanhamento mensal da saúde de crianças e idosos. Anualmente, em parceria com faculdades e o SUS, promove eventos em prol da saúde da mulher indígena com a disponibilização de exames na aldeia.

Marco Santos é médico de família e comunidade, especialista em saúde indígena e pesquisador associado do Centro de Desenvolvimento de Educação Médica (CEDEM). Atuou na formação de Agentes Indígenas de Saúde da etnia Wajãpi (AP), foi supervisor do Programa Mais Médicos em áreas indígenas do Pará e do Mato Grosso do Sul e integrou a equipe de Estratégia Saúde da Família (ESF) Indígena que atende a comunidade Pankararu na UBS Real Parque na cidade de São Paulo.

SERVIÇO
Simpósio – Leituras de Sedimentos: o que os rios enterrados nos ensinam sobre sustentabilidade urbana
07/10, às 9h
Gratuito
Dia das Crianças: brincadeiras indígenas da Aldeia Itapu Mirim
12/10, às 10h e às 14h
Gratuito
Curso de formação de educadores: folhas, caminhos e palavras – temáticas indígenas na educação
21 e 28/10; 11, 18 e 25/11, das 09h às 12h e das 13h às 16h
Gratuito
Cineclube TAVA: As bicicletas de Nhanderú (2011) e Wayuri (2023)
26/10, às 18h
Gratuito
Outubro Rosa e saúde da mulher indígena: saberes tradicionais e práticas da medicina
29/10, às 10h
Gratuito
Ingressos e programação completa disponível no site: https://museudasculturasindigenas.org.br

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  • Data: 27/09/2023 02:09
  • Alterado:27/09/2023 14:09
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  • Fonte: Museu das Culturas Indígenas









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