Moraes prorroga pela 9ª vez inquérito sobre milícias digitais que atinge Bolsonaro

Ministro estendeu por mais 90 dias prazo para conclusão da investigação que mira grupos articulados na internet para atacar a democracia

  • Data: 22/01/2024 18:01
  • Alterado: 22/01/2024 18:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Moraes prorroga pela 9ª vez inquérito sobre milícias digitais que atinge Bolsonaro

Ministro do STF, Alexandre de Moraes

Crédito:Marcelo Camargo/Agência Brasil

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 90 dias o inquérito das milícias digitais, que investiga a atuação de grupos organizados na internet para atacar a democracia.

O despacho cita que há “diligências ainda pendentes”, sem especificar quais. É a nona vez que o prazo para conclusão da investigação é estendido.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, com a realização das diligências ainda pendentes, nos termos previstos no art. 230-C, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal , prorrogo por mais 90 (noventa) dias a presente investigação”, escreveu o ministro.

Moraes atendeu a pedido do delegado Fábio Alvarez Shor, que conduz o inquérito e pediu, em dezembro, mais tempo para concluir o caso.

A investigação das milícias digitais foi aberta a partir do compartilhamento do material colhido no inquérito dos atos antidemocráticos. Na ocasião, o caso precisou ser arquivado por determinação da Procuradoria-Geral da República (PGR). Antes de encerrá-lo, porém, Moraes autorizou o intercâmbio de provas e mandou rastrear o que chamou de “organização criminosa”.

A suspeita é a de que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenham se organizado nas redes sociais para incentivar ataques contra as instituições democráticas. A Polícia Federal (PF) também investiga se a articulação da base bolsonarista envolveu dinheiro público. O ex-presidente está entre os investigados.

Em um relatório parcial da investigação, remetido ao STF em fevereiro de 2022, a PF afirmou que os elementos colhidos até então corroboravam a hipótese de uma “atuação orquestrada” para promover desinformação e ataques contra adversários e instituições com objetivo de “obter vantagens para o próprio grupo ideológico e auferir lucros diretos ou indiretos por canais diversos”.

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  • Data: 22/01/2024 06:01
  • Alterado:22/01/2024 18:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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