Moradores de São Sebastião estão sem água potável há quatro dias

Pescadores transportam galões para garantir abastecimento

  • Data: 22/02/2023 07:02
  • Alterado: 22/02/2023 07:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: Agência Brasil
Moradores de São Sebastião estão sem água potável há quatro dias

São Sebastião

Crédito:Rovena Rosa - Agência Brasil

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Moradores de Boiçucanga, bairro fortemente afetado pelo temporal do fim de semana em São Sebastião, no litoral norte paulista, estão sem água para beber. Para garantir o abastecimento da população, a associação de pescadores local se organizou para transportar garrafas de água até a comunidade.

“Estamos há quatro dias sem água. Nós temos que pegar água em Barra do Una [outra comunidade do município] para transportar para Boiçucanga e distribuir. Hoje, voltou um pouquinho de água, mas água barrenta”, explica o marinheiro Rivelino Rodrigues, que tinha acabado de chegar ao bairro com um dos carregamentos.

Das torneiras, a água sai marrom, cheia de terra dos deslizamentos.

Com a falta de água potável, alguns comerciantes tentaram se aproveitar da situação. “Os comerciantes estão alugando barcos de Barra de Una para Boiçucanga e vendendo a água por um absurdo”, diz.

Um grupo de turistas confirmou que havia quem quisesse cobrar R$ 98 por um galão.

Caminhões-pipa

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) diz que está trabalhando para reestabelecer o abastecimento de água em todo o litoral norte, com equipes em Boiçucanga.

Em São Sebastião e Ilhabela, 31 caminhões-pipa fazem, de acordo com a empresa, o abastecimento emergencial nos locais mais afetados pelas chuvas.

Barcos resgatados com trator

Os pescadores, organizados na associação local, também levam mantimentos para as comunidades que sofreram mais com o desastre. Na cidade, os deslizamentos mataram 43 pessoas e deixaram centenas de desabrigados.  

“Nós levamos entre ontem e hoje em torno de 2,5 mil toneladas de alimentos, que mandamos para várias escolas, e colchões e água para onde aconteceu o sinistro”, diz o presidente da Associação de Pescadores de Boiçucanga, Ademir de Matos.

Apesar de Boiçucanga não ter sido o local mais afetado, Ademir conta que se assustou com a força da cheia do rio que dá nome à comunidade. “Eu moro há 52 anos aqui e nunca vi um desastre natural desses da minha vida”, enfatiza.

A água chegou, segundo ele, a altura de um metro dentro da sede da associação e os barcos dos pescadores tiveram que ser resgatados com a ajuda de um trator. “Graças a Deus, nós conseguimos recuperar todos os barcos dos pescadores”, desabafa.

Ao lado, o rio e o mar estão com uma tonalidade marrom forte devido à grande quantidade de barro que desceu das encostas.

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  • Data: 22/02/2023 07:02
  • Alterado:22/02/2023 07:02
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  • Fonte: Agência Brasil









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