Moradora de São Caetano vai a julgamento popular por homicídio
Acusada de matar o namorado no início de 2019, jovem aguarda julgamento; defesa acredita na absolvição e afirma que crime foi cometido em legítima defesa
- Data: 06/02/2020 12:02
- Alterado: 06/02/2020 12:02
- Autor: Redação
- Fonte: Dr. Rafael Felipe Dias
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A jovem Agatha Raianne da Silva, de 20 anos, matou o namorado Augusto Francisco de Lima, de 27 anos, durante um churrasco no dia 2 de fevereiro de 2019, na avenida Antonio Fonseca Martins, 271, no bairro São José, será submetida a julgamento popular no dia 25 de março de 2020, às 10:00hs no fórum de São Caetano do Sul. A defesa de Agatha, por intermédio do renomado advogado Rafael Felipe Dias, informou que entrou com o recurso cabível para evitar o julgamento popular, porém o recurso não recebeu provimento pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Agatha alegou em juízo legítima defesa e afirmou que era agredida pelo namorado com quem se relacionava há um ano. Ela afirmou que com dois meses de namoro ele foi morar em sua casa, mas sempre brigava para ter desculpa para sair sozinho com os amigos, utilizava drogas e havia lhe contado que também batia em sua ex companheira.
O advogado de Agatha disse que o fato de ter sido um único golpe de faca reforça a tese de legítima defesa. “Ela usou a faca uma única vez para repelir a injusta agressão em que se encontrava, se a intenção fosse tirar a vida do rapaz, teria dado mais golpes, sendo que a própria Agatha o socorreu. A vítima havia agredido Agatha no interior do banheiro e na saída do banheiro, oportunidade em que o dono da casa onde era realizado o churrasco separou a briga inicial.”, afirmou o advogado.
De acordo com o advogado Rafael Felipe Dias, segundo informações da cliente, existem indícios que a vítima respondeu ações penais por tráfico e violência doméstica contra sua ex companheira, motivo pelo qual o advogado solicitou à Justiça a folha de antecedentes da vítima, caso a informação seja confirmada, essa será uma prova muito importante para apresentar aos jurados.
Após confusão inicial, Agatha sentou-se e decidiu pedir um Uber para ir embora para casa, mas novamente o namorado a agrediu. “Ele deu uma voadora na barriga da minha cliente, momento em que a mesma pegou uma faca para se defender e avisou que se ele fosse para cima de novo o atingiria com a faca. Mesmo assim, ele foi pra cima dela”, afirmou Rafael Felipe Dias. Durante a audiência de instrução e julgamento, uma das testemunhas afirmou que Aghata já tinha enfrentado outras agressões do namorado. “Disse que ele já havia tentado esganá-la”, afirmou o advogado.
DEFESA ACREDITA NA ABSOLVIÇÃO
A defesa da jovem que praticou o crime acredita em sua absolvição
“O feminicídio no Brasil cresce de maneira absurdamente rápida, a todo o momento mulheres são mortas por namorados ou companheiros, minha cliente apenas tentou se defender, jamais tiraria a vida do rapaz, porém infelizmente se a mesma não tivesse se defendido, ela seria mais um número para a triste estatística do feminicídio em nosso país, dessa forma acreditamos e trabalharemos muito para que a Justiça seja feita no dia 25 de março, e Agatha seja absolvida´´
afirma Dr. Rafael