Montagem ‘TransBordar’, de Goiás, encerra quarta etapa do Festival Acessibilidança

???????Obra do Grupo de Dança Diversus será exibida em vídeo com audiodescrição e Libras, no canal da Funarte no YouTube

  • Data: 04/10/2021 13:10
  • Alterado: 04/10/2021 13:10
  • Autor: Redação
  • Fonte: Fundação Nacional de Artes
Montagem ‘TransBordar’, de Goiás, encerra quarta etapa do Festival Acessibilidança

Espetáculo “Transbordar”

Crédito:Divulgação/Cia Diversus

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A Fundação Nacional de Artes apresenta, na próxima quarta-feira, dia 6 de outubro, às 20h, o espetáculoTransBordar, do Grupo de Dança Diversus, de Goiânia (GO). A obra é voltada para o aprofundamento da pesquisa no campo da acessibilidade nas artes da cena. Para a criação em vídeo, a companhia goianiense contou com a parceria de um grupo de dança inclusiva de Portugal, o Dançando com a Diferença. TransBordar encerra a quarta etapa do Festival Funarte Acessibilidança, que divulga os premiados da região Centro-Oeste.

Os espetáculos em vídeos com audiodescrição e Libras ficam disponíveis para acesso gratuito no canal da Funarte no YouTube (bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca) logo após o lançamento. O Festival Funarte Acessibilidança teve início em junho, com premiados da região Norte. No mês de julho, foi a vez da região Sul e, entre o fim de julho e início de setembro, as montagens da região Nordeste foram exibidas na plataforma. Os projetos contemplados no Sudeste serão lançados a partir do dia13 de outubro.

O Grupo de Dança Diversus apresenta TransBordar no dia 6 de outubro, às 20h, representando o Estado de Goiás. A dramaturgia do trabalho foi criada considerando o contexto pandêmico de isolamento social, bem como a necessidade de conseguir filmar com segurança e de dançar com máscaras. O coletivo realizou encontros virtuais à distância, para que os integrantes da companhia (muitos deles do grupo de risco) continuassem suas atividades, produzindo arte apesar de todas as dificuldades. As reuniões com as equipes do Brasil e de Portugal também foram feitas on-line, durante todo o processo de montagem, filmagem e edição.

Para criar a obra e pesquisar os movimentos, a companhia se pautou em alguns verbos: fazer, afetar e transbordar. “Transpor as bordas, desviar-se dos limites, invadir e/ou alargar as margens e os sentidos. Um espetáculo que transborda os limites geográficos do Brasil e deságua em outros territórios que compartilham corpos, dores, amores e afeto. Nos resta, então, perguntar: O que você deseja transbordar?”, questiona o grupo.

A companhia e todos os profissionais envolvidos na realização de TransBordar reforçam a importância de fazer parte do Festival Funarte Acessibilidança e continuar a fazer dança e estar em cena, mesmo que de outra forma.“Foi possível constatar na fala e no envolvimento de cada participante que este período de concepção, criação e filmagem representou uma janela de esperança, de confiança e de legitimação do nosso trabalho. Afinal de contas, este edital teve um público-alvo e um objetivo, questões como a acessibilidade, que ainda não são questões hegemônicas nos editais culturais do nosso país”, declara o coletivo.

Segundo a diretora artística, Marlini D. de Lima, ter a oportunidade de ampliar o alcance do trabalho da companhia, nacional e internacionalmente, facilita a troca de experiências entre pessoas e grupos. “Somos um grupo de dança insurgente, ou seja, um grupo de dança contemporânea que insurge e revela possibilidades outras de dançar, de aprender e conceber a recepção em arte. Somos um grupo que, sobretudo, vive a diversidade e as potencializa enquanto sujeitos e corpos dançantes”, explica a bailarina.

Sobre o Grupo de Dança Diversus

A companhia foi criada em 2016, na cidade de Goiânia, pela diretora artística Marlini D. de Lima, após ter sido contemplada com um projeto de Intercâmbio Artístico do Fundo de Arte e Cultura, de Goiás, em 2015. O projeto foi realizado na Associação dos Amigos da Arte Inclusiva – Dançando com a Diferença, com o grupo homônimo, na Ilha da Madeira, em Portugal, e teve a duração de três meses.

“Com a experiência do intercâmbio, foi possível conhecer e aprender com a postura e relato dos coreógrafos e coreógrafas que já atuaram na companhia. Bem como a forma de lidar com a diferença, uma das características constituintes deste grupo de dança inclusiva, no qual dançam pessoas com e sem deficiência”, salienta a diretora.

O Festival Funarte Acessibilidança

O Festival Funarte Acessibilidança, em estreia na instituição, foi criado a partir das ações do Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020. No concurso público, foram premiados 25 projetos de vídeos de espetáculos, que promovem o acesso de todas as pessoas à arte. O objetivo do processo seletivo é valorizar e fortalecer a expressão da dança brasileira, bem como fomentar a democratização, a inclusão e a acessibilidade.

Com a iniciativa, a Funarte busca realizar novas ações a partir do uso das mais recentes tecnologias, estendendo, desse modo, um novo modelo para todo o Brasil. Assim, a Fundação reforça seu compromisso de promover e incentivar a produção, a prática, o desenvolvimento e a difusão das artes no país; e de atuar para que a população possa cada vez mais usufruir das manifestações artísticas. Criada em 1975, a Funarte segue, portanto, empenhada em acompanhar as transformações no cenário artístico e social.

O coordenador de Dança da entidade, Fabiano Carneiro, destaca a importância de se levar essa linguagem artística à população, durante o período de distanciamento social. “Estamos estreando o Festival Funarte Acessibilidança, um projeto inédito com foco na acessibilidade e na inclusão. Ao longo dos próximos meses, serão apresentados espetáculos de dança das cinco regiões do Brasil, plenamente acessíveis ao público, contemplando uma enorme diversidade na sua programação”, explica o coordenador.

O festival foi lançado no dia 16 de junho, com Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (Tocantins). Na semana seguinte, foi exibido Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (Rondônia). Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (CDA), encerrou a agenda das companhias da região Norte. A segunda fase teve montagens premiadas da região Sul. Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (Rio Grande do Sul), deu início à programação. Em seguida, Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (Santa Catarina), foi disponibilizado. Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (Paraná), fechou a temporada.

A terceira fase divulgou os trabalhos da região Nordeste. A estreia foi com Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (Rio Grande do Norte). Depois, foi a vez da montagem Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (Pernambuco); Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (Rio Grande do Norte); Rio sem Margem, do bailarino Elísio Pitta (Bahia); Plenitude, da Cia. Dança Eficiente (Piauí); e Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O., (Bahia). Proibido Elefantes, da Cia. Gira Dança (Rio Grande do Norte), encerrou a etapa Nordeste do evento.

A fase atual apresenta as montagens do Centro-Oeste. Capão Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (Mato Grosso do Sul), abriu a programação. Em seguida, dois espetáculos do Distrito Federal —Depois do Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo Criativo, e Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street Cadeirante— foram exibidos. A agenda segue agora com TransBordar, do Grupo Dança Inclusiva (Goiás), que encerra a presença da região no evento. Os contemplados no Sudeste serão exibidos a partir de outubro.

Os projetos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube. No decorrer do festival, o coordenador de Dança da Fundação, Fabiano Carneiro, participará de uma “live” com diretores e artistas de dança, além de convidados.

Festival Funarte Acessibilidança

Acesso gratuito, no canal:bit.ly/FunarteYouTubeFestivalAcessibiliDanca

Com audiodescrição e Libras

Espetáculo TransBordar, do Grupo de Dança Diversus (Goiás)

Dia 6 de outubro, quarta-feira, às 20h

Ficha técnica:

Direção artística (Goiânia): Marlini Dorneles de Lima | Direção artística (Portugal- Viseu): José Henrique Amoedo de Oliveira | Ensaiadoras de elenco (Goiânia): Adriana Lopes de Oliveira e Rafaela Francisco | Coordenador geral do projeto Dançando com a Diferença (Teatro Viseu- Portugal): Ricardo Jorge Marques Meireles |Apoio à criação coreográfica (Dançando com a Diferença – residente no Teatro Viseu):Ricardo Meireles e Leonor Barata | Coordenação de acessibilidade: Vanessa Dalla Dea e Thiago de Lemos Santana | Consultora artística de audiodescrição: Tálita Azevedo | Consultora artística de Libras: Alessandra Terra | Direção audiovisual: Elisa Abrão| Codireção audiovisual: Julia Mariano Ferreira |Trilha sonora: Adriel Vinicius | Técnico de som e luz: Marcus Pantaleão |Produtora geral: Edna Marisa Ribeiro| Edição de vídeo: Heber | Elenco do projeto Dança Inclusiva Diversus (Goiânia): 18 bailarinos| Grupo de Teatro –INAI: cinco atores (participação especial) | Elenco do projeto Dançando com a Diferença (Viseu-Portugal): cinco dançarinos.

Agenda dos contemplados das demais regiões

Região Sudeste – Dia 13 de outubro     

Região Norte (espetáculos já disponíveis): Lua de Mel, da Cia. Lamira Artes Cênicas (TO); Maculelê: Reconstruindo o Quilombo, do Grupo de Dança Reconstruindo o Quilombo (RO); e Solatium, do Corpo de Dança do Amazonas (AM)

Região Sul (espetáculos já disponíveis): Flamenco Imaginário, da Cia. Del Puerto (RS); Convite ao Olhar, da Cia. de Dança Lápis de Seda (SC); e Do Avesso, do Grupo Nó Movimento em Rede (PR)

Região Nordeste (espetáculos já disponíveis): Estado de Apneia, do Grupo Movidos Dança Contemporânea (RN); Ensaio sobre o Silêncio, da coreógrafa Taciana Gomes (PE); Maré – Versão virtual e acessível, do Coletivo CIDA (RN); Rio sem Margem, do bailarino Elísio Pitta (BA); de Plenitude, da Cia. de Dança Eficiente (PI); Ah, se eu fosse Marilyn!, do coreógrafo Edu O. (BA), e Proibido Elefantes, da Cia. Gira Dança (RN)

Região Centro-Oeste (espetáculos já disponíveis): Capão Dançante, da Cia. Theastai de Artes Cênicas (MS); Depois do Silêncio, da Arteviva Produções Artísticas e Universo Criativo (DF); e Rodas em Dança: Livre e Lives, da Cia. de Dança Street Cadeirante (DF)

Os vídeos ficam disponíveis no canal da Funarte no YouTube após a exibição

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  • Data: 04/10/2021 01:10
  • Alterado:04/10/2021 13:10
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  • Fonte: Fundação Nacional de Artes









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