Miomas uterinos afetam até 70% das mulheres
Sem causa definitiva, os miomas podem surgir a partir de alguns fatores de risco, como idade, menstruação precoce, genética, obesidade, hipertensão e até alimentação
- Data: 24/05/2022 12:05
- Alterado: 17/08/2023 03:08
- Autor: Redação
- Fonte: Dr. Marcos Tcherniakovsky
Hospital
Crédito:Ascom - Secretaria da Saúde do Estado
Também conhecido como fibroma ou leiomioma, o mioma é um tipo de tumor benigno que se forma no tecido muscular do útero. O problema acomete 70% das mulheres em idade fértil, entretanto, não são todas que desenvolvem sintomas, como: dores, sangramento uterino anormal ou infertilidade.
Por ser um problema frequente na vida feminina, é importante que suas características, sintomas e tratamentos sejam informados à população para maior conscientização. Por isso, o ginecologista e Chefe do Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC, Dr. Marcos Tcherniakovsky, explica que “os miomas uterinos não têm um motivo aparente para aparecerem, tendo diferentes possíveis causas, como fatores genéticos, hormonais e de crescimento”. O especialista ainda reforça que a questão hormonal é determinante para o desenvolvimento da doença, já que, após a menopausa, os miomas tendem a cessar crescimento e por muitas vezes diminuir seu tamanho.
Não é raro o achado de mioma em uma consulta de rotina sem manifestar algum sintoma, no entanto, alguns sinais podem fazer parte da vida da paciente dependendo do tamanho e localização dos tumores.
“É mais comum que as mulheres tenham sintomas, como sangramento uterino anormal intenso, o que faz com que a menstruação seja mais abundante e prolongada; além de sensação de inchaço, por conta do aumento do volume do mioma; dores abdominais e até mesmo resultar em infertilidade”, explica Dr. Marcos.
Com relação ao tratamento, é importante ressaltar que “cada caso é um caso”, assim, a conduta médica pode ser tanto de forma não invasiva, mantendo a vigilância por não haver sintomas; medicamentosa para o controle dos sintomas; e até à intervenção cirúrgica, sendo mais conservadora retirando apenas os miomas ou definitiva quando se opta pela retirada do útero.