Ministério da Saúde e Forças Armadas iniciam atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre e municípios

Unidade funcionará com seis médicos, três enfermeiros, oito técnicos e receberá pacientes 24h. Forças Armadas montaram cinco Hospitais de Campanha (Hcamp) em Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba e São Leopoldo. Capacidade é para 200 atendimentos diários

  • Data: 14/05/2024 17:05
  • Alterado: 14/05/2024 17:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal
Ministério da Saúde e Forças Armadas iniciam atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre e municípios

Crédito:Ivan Matos/MS

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O Ministério da Saúde inicia os atendimentos no hospital de campanha de Porto Alegre nesta terça-feira (14), às 19h. A estrutura funcionará 100% com recursos da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e do Grupo Hospitalar Conceição (GHC).

O hospital vai contar com seis médicos, três enfermeiros e oito técnicos. A unidade receberá pacientes 24h e tem capacidade para 200 atendimentos diários.

Com a abertura do hospital, o Ministério da Saúde passa a operar dois hospitais de campanha, levando em consideração o que já está instalado em Canoas. Além destes, um está em fase de montagem em São Leopoldo, distante 40 quilômetros da capital. Outra estrutura será instalada em cidade a ser definida.

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, ressaltou a importância da atuação da Força Nacional do SUS e do GHC na operacionalização dos quatro hospitais de campanha pertencentes ao Ministério da Saúde.

“Estamos, desde o início da operação, trabalhando para ampliar e manter a rede de assistência no Rio Grande do Sul. Esse é mais um importante passo do trabalho que tem sido desenvolvido diuturnamente no estado. Nosso foco é que toda a população tenha assistência disponível”, comenta.

ATENDIMENTOS — Entre 5 de maio, início da operação, e a segunda-feira (13), foram realizados 1.779 atendimentos pelas equipes da Força Nacional do SUS. Somente o hospital de campanha de Canoas realizou 1.176 atendimentos. As equipes volantes receberam 575 pessoas. Houve, ainda, 68 atendimentos psicossociais e 28 remoções aéreas.

FORÇAS ARMADAS — Em apoio ao sistema de saúde no Rio Grande do Sul, as Forças Armadas montaram cinco Hospitais de Campanha (Hcamp). O estado sofre com a maior enchente desde 1941 e apresenta carências em serviços de primeira necessidade. As primeiras unidades hospitalares, distribuídas nos municípios de Canoas, Eldorado do Sul, Estrela, Guaíba e São Leopoldo, começaram a funcionar a partir do dia 3 de maio e realizam, gratuitamente, cerca de 150 atendimentos por dia. Com 70 militares da área de saúde à frente dos atendimentos, são oferecidos procedimentos em especialidades como clínico-geral, pediatria, odontologia, ortopedia, ginecologia e obstetrícia, além de atendimento psicológico.

De acordo com a inspetora do Escalão de Saúde do Comando Conjunto da Operação Taquari II, Tenente-Coronel Médica Maria Eliane Paulino de Oliveira, os Hcamp são fundamentais no apoio à saúde nas situações de calamidade. “Eles diminuem o estresse das estruturas de saúde locais, que muitas vezes estão colapsadas e sobrecarregadas”, afirmou.

A médica explica que, além do atendimento médico, muitas pessoas necessitam de apoio psicológico. “Os pacientes estão bastante abalados emocionalmente, tendo em vista as perdas que sofreram. Para ajudar nessa questão, a gente tem uma equipe volante de psicólogos e assistentes sociais. Temos, também, um capelão militar nos HCamp e abrigos municipais”, descreveu.

Os profissionais de saúde das Forças Armadas atendem das 7h às 20h, exceto em Eldorado do Sul, onde a unidade militar é a única opção de atendimento médico e funciona 24 horas. De acordo com a médica, os atendimentos mais procurados são referentes a problemas respiratórios, mordidas de animais, gastroenterites e infecções de pele. Para tanto, as estruturas de campanha estão preparadas para realizar exames, como raio-X e laboratoriais, e distribuir medicamentos.

Os hospitais estão estruturados em módulos hospitalares, exceto em São Leopoldo, onde a prestação do serviço médico ocorre nas instalações do antigo 16º Grupo de Artilharia de Campanha (16º GAC). Um sexto Hcamp está sendo estruturado em Rio Grande (RS) e funcionará dentro do Navio-Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, que chegou a cidade no dia 12.

Até o momento, sob coordenação do Ministério da Defesa, 17 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão envolvidos diretamente na força-tarefa do Governo Federal para apoiar a região. Desde o início da operação Taquari II, em 30 de abril, já foram resgatados em torno de 70 mil pessoas e 10 mil animais. A ação conta com 330 embarcações (lanchas e botes), 35 aeronaves (aviões e helicópteros) e 5 navios, além de 4.500 viaturas e equipamentos de engenharia.

OPERAÇÃO TAQUARI — O apoio à população do Rio Grande do Sul vem ocorrendo desde setembro de 2023, quando a operação foi acionada e recebeu o nome de Taquari. À época, as ações dos militares se concentraram, inicialmente, nos municípios do Vale do Taquari, uma das regiões mais atingidas pelo ciclone extratropical. As atividades incluíram busca e resgate; triagem e distribuição de suprimentos e donativos; limpeza e desobstrução de vias; e reconstrução. Poucos meses após, a experiência com a Taquari I subsidiou o início da Taquari II. Na ocasião, os militares também trabalham em diversas frentes, como busca e resgate de vítimas (pessoas e animais); atendimentos de saúde; transporte de equipes, enfermos, suprimentos e donativos; desobstrução de vias; e engenharia civil. As ações ocorrem sob coordenação da Defesa Civil.

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  • Data: 14/05/2024 05:05
  • Alterado:14/05/2024 17:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: Governo Federal









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