Metalúrgicos do ABC participam de ato em defesa dos empregos na Ford e da indústria
A mobilização faz parte de uma ação nacional organizada pela CUT e demais centrais sindicais, que inclui atos em frente a lojas oficiais da marca
- Data: 21/01/2021 18:01
- Alterado: 21/01/2021 18:01
- Autor: Redação
- Fonte: SMABC
Crédito:Adonis Guerra/SMABC
Os Metalúrgicos do ABC participaram na manhã de hoje (quinta, 21) de um ato em frente a uma concessionária da Ford, em São Paulo, em solidariedade aos trabalhadores da montadora de todo o País. Sem qualquer diálogo anterior com trabalhadores ou entidades sindicais, a multinacional norte-americana anunciou na semana passada o encerramento das atividades de suas fábricas no Brasil.
A mobilização faz parte de uma ação nacional organizada pela CUT e demais centrais sindicais, que inclui atos em frente a lojas oficiais da marca. O protesto em São Paulo chegou a ocupar uma via da Avenida Doutor Ricardo Jafet, em frente ao número 1259, no bairro do Ipiranga.
No ABC, a Ford encerrou suas atividades em 2019, com o fechamento de sua fábrica no bairro do Taboão, que resultou na demissão de mais de 3 mil trabalhadores diretos. Para o presidente do Sindicato, Wagner Santana, a crise atual reforça a necessidade de discutir o grave processo de desindustrialização do País. “Estamos revivendo, na categoria, o que aconteceu em São Bernardo há dois anos. Foi um impacto enorme na cadeia e agora será ainda mais forte. Precisamos fazer um debate nacional. Vemos 17 empresas por dia saindo do Brasil diariamente, gerando milhares de desempregados. Não pode continuar assim”, destacou.
O diretor executivo do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e presidente do IndustriALL-Brasil, Aroaldo Oliveira da Silva, lembrou que os atos são uma forma de chamar atenção das autoridades públicas e da sociedade em geral para a gravidade do que está acontecendo no País. “É preciso dar visibilidade para esse tema. Temos um problema hoje com a Ford, que fechou suas quatro unidades, incluindo a do ABC, impactando diretamente mais de 10 mil trabalhadores e milhares na cadeia produtiva. Mas não é só isso, o que já seria grave. Há um processo de desindustrialização que afeta não só setor automotivo. Não é possível o governo federal ficar parado diante desse cenário”, ressaltou o dirigente.