Metade das cidades brasileiras tem incidência alta de covid-19

Outro levantamento mostrou que há tendência de aumento de hospitalizações por covid-19 no País

  • Data: 23/12/2022 21:12
  • Alterado: 23/12/2022 21:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Metade das cidades brasileiras tem incidência alta de covid-19

Crédito:Reprodução

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Quase metade dos municípios brasileiros registrou, na semana passada, alta incidência de covid-19, segundo análise divulgada nesta sexta-feira, 23, pelo Instituto Todos pela Saúde (ITpS) com base em dados do Ministério da Saúde. De acordo com o instituto, 2.552 cidades (de um total de 5.297 que enviaram os dados) tiveram mais de 100 casos da doença por 100 mil habitantes, o que caracteriza a alta incidência. “Nesses municípios, vivem 47% da população brasileira, e seus moradores estão expostos a elevados níveis de transmissão viral”, destacou o Todos pela Saúde.

Outro levantamento, este feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado na quinta-feira, 22, mostrou que há tendência de aumento de hospitalizações por covid-19 no País. De acordo com especialistas, as duas análises acendem o alerta para aumento da transmissão durante as festas de fim de ano e possível sobrecarga dos serviços de saúde em janeiro.

A análise do ITpS mostra que 21 das 27 unidades da federação apresentam alta incidência – somente São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Amazonas, Maranhão e Piauí estão fora desse grupo. As maiores taxas foram registradas no Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso e Distrito Federal, todos com registros superiores a 300 casos por 100 mil habitantes na última semana.

O instituto também analisa dados de redes de laboratórios, que mostram que as taxas de positividades dos exames seguem altas – acima de 30% desde o início de novembro. Para o imunologista Jorge Kalil, diretor-presidente do ITpS, as pessoas devem manter cuidados durantes as celebrações de fim de ano, embora o cenário epidemiológico atual seja menos ameaçador do que o dos dois primeiros anos da pandemia.

“A situação não é tão confortável assim. A doença está presente e o vírus continua circulando. A grande preocupação é com as pessoas que ainda não completaram o esquema vacinal com as quatro doses. Elas devem buscar a vacina o mais rápido possível. São essas pessoas que estão ficando mais graves quando infectadas”, afirma o especialista.

Ele relembra que, no ano passado, as festas de fim de ano foram disseminadoras da variante Ômicron no País, causando milhões de novos casos. “Como temos mais pessoas vacinadas e com doses de reforço, uma nova onda pode não ser tão avassaladora, mas a covid-19 ainda pode matar”, afirma.

A análise do instituto mostra ainda que a sublinhagem BQ.1 da variante Ômicron já é predominante do País. A alta transmissão viral favorece o surgimento de novas mutações e variantes que podem ter maior escape à vacina, dizem os especialistas.

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  • Data: 23/12/2022 09:12
  • Alterado:23/12/2022 21:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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