Memória – Ruas com datas lembram fatos históricos do Brasil – Parte 1
As datas estampadas nas placas das vias da cidade contam desde a chegada de Cabral ao Brasil até a Revolução Constitucionalista para derrubar Getúlio Vargas
- Data: 18/07/2023 11:07
- Alterado: 01/09/2023 16:09
- Autor: Redação
- Fonte: PMD
Diadema tem cerca de cinquenta ruas com nomes de datas
Crédito:Mauro Pedroso
Diadema tem cerca de cinquenta ruas com nomes de datas, concentradas principalmente no Canhema, e algumas delas no Centro, Taboão e Piraporinha. São datas dedicadas a santos e a profissões, são homenagens a povos, marcos de caráter internacional, e boa parte delas são referências aos períodos históricos do país. É este o recorte da primeira parte dessa reportagem.
A viagem da esquadra de Pedro Álvares Cabral ao Brasil é contada na rua Nove de Março, de 1500, dia da partida dos navios de Portugal. A rua Vinte e dois de Abril marca a data da chegada das naus à Porto Seguro, e na rua Vinte e seis de Abril, a lembrança da realização da primeira missa em solo nativo.
Os tempos do Brasil Império estão na travessa Vinte e Cinco de Janeiro, que remete à fundação da cidade de São Paulo pelos jesuítas, em 1554. Na rua Nove de Janeiro, a memória do Dia do Fico, quando D. Pedro anunciou que não retornaria a Portugal, em 1822. O dia de sua abdicação ao trono, em 1831, é lembrado na rua Sete de Abril. Já a rua Vinte e três de Julho remete ao chamado Golpe da Maioridade, quando Dom Pedro II, com 14 anos, torna-se imperador do Brasil, em 1840.
Também desse período é a rua Vinte e um de abril, data da morte de Tiradentes, ocorrida em 1792. Outras duas vias remetem à Guerra do Paraguai, como a rua Onze de Junho, lembrando a Batalha do Riachuelo em 1865; e a rua Vinte e quatro de Maio, que comemora a vitória da Tríplice Aliança – Brasil, Argentina e Uruguai – na Batalha de Tuiuti, em 1866.
A separação político-administrativa do Brasil de Portugal, em 1822, é lembrada duas vezes, na rua da Independência e na avenida Sete de Setembro. O fim da Monarquia e instauração da República, ocorridas em 1899, também recebe duas homenagens, na rua da Proclamação e na rua Quinze de Novembro. Sem esquecer da rua Dezenove de Novembro, que remete ao Dia da Bandeira, data instituída no mesmo ano.
As leis para acabar com a escravidão são lembradas na rua Vinte e oito de setembro, quando foi aprovada a Lei do Ventre Livre, em 1871; e na rua Treze de Maio, quando da aprovação da lei Áurea, que libertou os escravizados, em 1888. Já a travessa Vinte de Novembro rememora o Dia da Consciência Negra.
Outra via com data histórica é a rua Nove de Julho, que marca a Revolução Constitucionalista de 1932, quando os paulistas pegaram em armas contra o governo ditatorial de Getúlio Vargas. Temos também a rua Vinte e nove de Março, possivelmente referindo-se ao dia em que foi fuzilado o Padre Roma, em 1817, um dos líderes da Revolução Pernambucana.