Membros das polícias estaduais ficam de fora do gabinete de transição de Lula

Equipe responsável pela área tem o predomínio de juristas do staff de Lula e de profissionais ligados ao processo penal

  • Data: 05/12/2022 14:12
  • Alterado: 05/12/2022 14:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Membros das polícias estaduais ficam de fora do gabinete de transição de Lula

Crédito:Reprodução

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Integrantes das polícias estaduais estão fora do gabinete de transição do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e entidades de destaque no setor de segurança pública se limitam ao trabalho de assessoramento do grupo. A equipe responsável pela área tem o predomínio de juristas do staff de Lula e de profissionais ligados ao processo penal, estratégia que causa incômodo em um segmento que se fortaleceu no governo do presidente Jair Bolsonaro.

Coordenador do grupo de Justiça e Segurança Pública, o senador eleito Flávio Dino (PSB-MA), futuro ministro, deu a relatoria de temas como desarmamento, crime organizado e Fundo Nacional de Segurança Pública a colegas do Direito.

Pesquisadores universitários e personagens do entorno de Lula compõem a equipe. Na lista estão Cristiano Zanin, advogado pessoal do presidente eleito; Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas; Paulo Teixeira, deputado federal (PT-SP) e secretário-geral do PT; Pierpaolo Bottini, ex-secretário da Reforma do Judiciário no governo Lula, e Wadih Damous (PT-RJ), ex-deputado e ex-presidente da OAB-RJ.

O único policial escalado para apresentar diagnósticos e propostas é o delegado da Polícia Federal Andrei Augusto Passos Rodrigues. Da cota do presidente eleito, Rodrigues chefiou a segurança de Lula na campanha eleitoral. Seu protagonismo chama a atenção pelas indicações de nomes para equipes debruçadas sobre temas que não estão sob sua responsabilidade.

Além de provável diretor-geral da PF, o delegado deve influenciar as definições na Polícia Rodoviária Federal, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e em secretarias do futuro ministério, de acordo com integrantes da transição. Até mesmo nesse gabinete, porém, há desconfiança sobre a disposição do grupo em não entregar “mais do mesmo” para fazer diferença na ponta.

Estudos indicam que a falta de segurança pública, em especial a violência nas cidades, foi um dos temas que ajudaram a fortalecer a direita no País, nos últimos anos. Agora, a escassez orçamentária para 2023 e o impacto da pandemia de Covid-19 na queda de homicídios já estão sendo considerados internamente como argumento para um possível crescimento da criminalidade no próximo ano.

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  • Data: 05/12/2022 02:12
  • Alterado:05/12/2022 14:12
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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