MC Chefin presta depoimento em inquérito de rifas ilegais

Investigação continua com outros influenciadores

  • Data: 26/02/2025 15:02
  • Alterado: 26/02/2025 15:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1
MC Chefin presta depoimento em inquérito de rifas ilegais

MC Chefin

Crédito:Reprodução - Instagram

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Nesta quarta-feira, 26, o influenciador digital Nathanael Cauã Almeida de Souza, conhecido como MC Chefin, compareceu à Delegacia do Consumidor (Decon) para prestar depoimento em um inquérito que investiga um esquema de rifas ilegais. Estas rifas, segundo as autoridades, frequentemente não entregavam os prêmios prometidos aos ganhadores.

A presença de Chefin na delegacia ocorreu pouco após o meio-dia, onde ele permaneceu por cerca de uma hora. Durante sua estadia, optou por não se manifestar e deixou o local sem fazer declarações à imprensa.

O delegado Wellington Vieira, responsável pela Decon, informou que Chefin foi convocado para esclarecer sua participação no inquérito. “Ele veio para prestar depoimento sobre as ilegalidades nas rifas que resultaram na operação do ano passado. No entanto, preferiu permanecer em silêncio”, afirmou o delegado. Ele acrescentou que a investigação continua ativa e que outros influenciadores envolvidos no caso também serão convocados para novos depoimentos.

A defesa de MC Chefin confirmou sua presença na delegacia para contribuir com a investigação em andamento.

O caso remonta a 2024, quando Chefin e mais dois influenciadores foram alvos da Operação Sorte Grande, que resultou na apreensão de diversos bens valiosos. Na ocasião, as autoridades coletaram documentos que podem esclarecer as atividades fraudulentas relacionadas a rifas que movimentaram pelo menos R$ 15 milhões.

As investigações apontam que influenciadores com grandes audiências nas redes sociais promoviam sorteios de bens que muitas vezes nunca eram entregues aos participantes. Em abril de 2024, a Decon cumpriu sete mandados de busca e apreensão contra cinco suspeitos associados a este esquema criminoso, investigando práticas como estelionato e crimes contra a economia popular.

Os influenciadores investigados incluem Luiz Guilherme de Souza, conhecido como Gui Polêmico, com 15 milhões de seguidores; Samuel Bastos de Almeida, o Almeida do Grau, com 450 mil seguidores; e Nathanael Cauã Almeida de Souza, o MC Chefin, com 13,5 milhões de seguidores.

De acordo com o inquérito, os suspeitos organizavam rifas com prêmios atrativos como dinheiro em espécie, smartphones de última geração e veículos luxuosos. Para criar uma fachada de credibilidade, os golpistas frequentemente simulavam a entrega dos prêmios em vídeos publicados nas redes sociais. Em contrapartida, prêmios menos valiosos eram realmente entregues para enganar os apostadores e manter o interesse nas rifas.

Em um dos sorteios realizados no ano passado, por exemplo, cada bilhete custava R$ 0,35 e os participantes tinham que escolher números variando de 0 a 9.999.999, totalizando 10 milhões de combinações possíveis. A polícia suspeita que tais sorteios eram realizados sem auditoria ou supervisão adequadas.

Com os mandados recentes emitidos pela Decon, as autoridades esperam descobrir mais detalhes sobre as plataformas utilizadas para operar essas rifas ilegais, muitas das quais possuem sede no exterior.

Tanto MC Chefin quanto Gui Polêmico negaram as acusações em suas redes sociais e afirmaram que “a verdade irá prevalecer”. No entanto, até o momento da publicação desta matéria, a equipe de reportagem não conseguiu contatar seus advogados para comentários adicionais.

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  • Data: 26/02/2025 03:02
  • Alterado:26/02/2025 15:02
  • Autor: Redação
  • Fonte: G1









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