Marineland encerra atividades: futuro incerto para 4.000 animais após fechamento
Futuro dos 4.000 animais ainda é incerto.
- Data: 04/01/2025 00:01
- Alterado: 04/01/2025 00:01
- Autor: redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Divulgação
O Marineland, reconhecido como o maior parque marinho da Europa, localizado em Antibes, na região de Provence-Alpes-Côte d’Azur, encerrará suas operações no próximo domingo, dia 5. Este fechamento representa um desfecho significativo em um contexto de crescente conscientização sobre os direitos dos animais.
A decisão de fechar o parque foi influenciada por anos de campanhas lideradas por organizações de proteção animal, bem como pela promulgação de uma legislação em 2021 que proíbe os espetáculos com cetáceos na França a partir de dezembro de 2026. Essa mudança legislativa reflete um movimento mais amplo para proteger os direitos dos animais e garantir que não sejam submetidos a condições prejudiciais.
No entanto, o destino dos aproximadamente 4.000 animais que habitam o Marineland permanece indefinido. Entre as diversas espécies presentes no parque estão orcas, golfinhos, leões-marinhos, tartarugas, ursos polares e pinguins, muitos dos quais nasceram em cativeiro.
Inaugurado em 1970, o Marineland ocupou mais de 25 hectares e se tornou uma atração turística icônica na Riviera Francesa, recebendo milhões de visitantes ao longo das décadas. Os shows com golfinhos e orcas foram particularmente populares. Contudo, investigações ao longo do tempo revelaram questões preocupantes relacionadas ao bem-estar dos animais mantidos em cativeiro.
Diante da iminente interrupção das atividades, diversas associações estão se mobilizando para assegurar que os animais sejam realocados para santuários marinhos adequados. A transferência para essas instalações é vista como uma prioridade para garantir a saúde e o bem-estar dos animais após o fechamento do parque.
Entre as preocupações levantadas por ambientalistas estão as orcas Wikie e Keijo, uma mãe e seu filhote. Representantes do grupo Ecotalk expressaram dúvidas sobre as intenções do parque em relação a esses animais: “Embora o parque afirme estar comprometido com o bem-estar deles, temos receios de que a prioridade seja maximizar lucros. A única solução realmente digna seria permitir que eles terminassem seus dias em um santuário apropriado”, afirmou a organização.