Marina Helena simula podcast para impulsionar cortes de vídeo nas redes sociais

Candidata diz que aproveitou cenário de mesacast já montado e que esse é o formato da vez

  • Data: 10/09/2024 11:09
  • Alterado: 10/09/2024 11:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Artur Guimarães/Folhapress
Marina Helena simula podcast para impulsionar cortes de vídeo nas redes sociais

Economista Marina Helena é candidata à Prefeitura de São Paulo

Crédito:Divulgação/Partido Novo

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A candidata à Prefeitura de São Paulo pelo partido Novo, Marina Helena, simulou a gravação de um podcast para fazer impulsionamento pago de cortes de vídeo no Instagram. O formato usado nos anúncios com veiculação iniciada em 23 de agosto é o mesmo de “mesacasts” transmitidos ao vivo, com mesa e microfone.

Um deles mostra a economista perguntando sobre a existência de “algum escândalo de corrupção das estatais no governo Bolsonaro”. Enquanto se dirige a um suposto interlocutor, ela mesma responde que “isso não aconteceu porque a gente fez questão de indicar pessoas honestas e competentes”.

O modelo se repete em um corte no qual Marina fala sobre segurança pública. Sem olhar para a câmera, ela bate na mesa e diz que “a gente precisa de tolerância zero na cidade de São Paulo”. “Na minha gestão, o bandido vai ter duas opções: ou ele muda de cidade, ou ele muda de profissão.”

A candidata afirma, por meio de sua assessoria, que a campanha gravou stories nesse formato “simplesmente porque o mobiliário de podcast estava montado no nosso estúdio nesse dia”. Segundo ela, ali foi gravado um podcast com candidatos a vereador e apoiadores, que ainda não foi ao ar.

“Marina não precisa simular podcasts, porque vai a diversos todas as semanas. No último mês, foi a mais de 20”, diz.

“Na verdade, uma dificuldade da campanha é atender a tantos pedidos de podcasts que gostaríamos de participar. É uma linguagem rápida com a qual o público já está acostumado, por isso utilizamos sempre que possível.”

O corte sobre o governo Bolsonaro rendeu de 4.000 a 5.000 impressões -número de vezes que um anúncio apareceu em uma tela, o que pode incluir várias visualizações pelas mesmas pessoas-, de acordo com informações da biblioteca da Meta (dona do Facebook e do Instagram). Ele custou menos de R$ 100.
No caso do vídeo sobre segurança pública, o número de impressões salta para uma faixa de 200 mil a 250 mil impressões. O valor total gasto ficou entre R$ 3.500 a R$ 4.000.

Além deles, há outros seis anúncios promovidos pela campanha com o mesmo formato e cenário. Do total de 8, em 4 Marina parece conversar com um interlocutor oculto. No restante, ela se dirige à câmera. Os números de audiência variam, assim como os valores empenhados.

Os cortes de vídeo em redes sociais ganharam proeminência nas eleições de 2024 com a estratégia de viralização desenvolvida por Pablo Marçal (PRTB), concorrente de Marina Helena na disputa pela Prefeitura de São Paulo.

Com 336 mil seguidores no Instagram, a candidata do Novo está longe dos milhões de seguidores ostentados pelo autodenomiado ex-coach nas plataformas, mas, como diz a assessoria dela, “é o formato da vez. Ainda mais para quem tem ZERO tempo de TV”, algo que ela compartilha com o adversário.

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  • Data: 10/09/2024 11:09
  • Alterado:10/09/2024 11:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Artur Guimarães/Folhapress









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