Mancha Verde e Acadêmicos do Tucuruvi são rebaixadas para o Grupo de Acesso do Carnaval de São Paulo
A consagração da Rosas de Ouro como campeã do desfile trouxe à tona a necessidade de reflexão sobre as performances das escolas envolvidas.
- Data: 04/03/2025 20:03
- Alterado: 04/03/2025 20:03
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Assessoria
No último Carnaval de São Paulo, a disputa pelo Grupo Especial teve desfechos inesperados, resultando no rebaixamento das escolas de samba Mancha Verde e Acadêmicos do Tucuruvi para o Grupo de Acesso em 2025. A consagração da Rosas de Ouro como campeã do desfile trouxe à tona a necessidade de reflexão sobre as performances das escolas envolvidas.
A Acadêmicos do Tucuruvi, que havia terminado em uma modesta sétima posição no ano anterior, enfrentou um processo de apuração complicado. Com notas iniciais de 9.7 e 9.5 (considerada para descarte), além de 9.8 em enredo, sua pontuação final atingiu apenas 269 pontos, resultando na 13ª colocação após o desempate que favoreceu a Barroca Zona Sul.
Por outro lado, a Mancha Verde, com um histórico de conquistas incluindo dois títulos no Carnaval paulista, obteve 268,9 pontos ao final da apuração. Os jurados identificaram falhas significativas nas áreas de enredo, mestre-sala e porta-bandeira, além da evolução da escola. A instituição agora retorna ao Grupo de Acesso após ter garantido uma quinta posição em 2024.
Durante seu desfile no Anhembi, a Mancha Verde prestou uma homenagem à rica cultura baiana. A rainha da escola, Viviane Araújo, destacou-se ao usar uma luva vermelha e outra azul, fazendo referência ao famoso álbum “O Canto da Cidade”, lançado por Daniela Mercury em 1992.
A Acadêmicos do Tucuruvi desfilou com o tema “Assojaba – a busca pelo manto”, abordando a história do manto tupinambá, uma vestimenta sagrada devolvida ao Brasil após mais de três séculos na Dinamarca. O desfile trouxe carros alegóricos vibrantes que exaltaram a cultura indígena brasileira, com uma mensagem poderosa representada por um gigantesco indígena segurando a cabeça de Dom Pedro I. A rainha de bateria Carla Prata também se destacou com uma transformação artística em uma felina através de maquiagem e prótese.
O Carnaval de São Paulo segue atraindo milhões de foliões anualmente, e a expectativa para o próximo ano é que essas escolas reavaliem suas estratégias para retornar ao Grupo Especial e recuperar sua posição entre as grandes competidoras da folia.