Literatura latino-americana é um dos destaques da 22ª FIL

A produção literária da América Latina é um dos destaques da 22ª edição da FIL – Feira Internacional do Livro de Ribeirão Preto, que será realizada entre os dias 12 e 20 de agosto, com a presença de autoras da Colômbia e da Argentina.

No dia 17 de agosto, às 19h30, na sala principal do Theatro Pedro II, a mesa “Povos Originários e Afrodescendentes na Literatura Latino-americana” vai reunir a colombiana Velia Vidal e a brasileira Márcia Kambeba, com mediação da jornalista Ana Maria Correa Rodriguez. Velia é escritora, autora de “Águas de Estuário”, promotora de leitura e gestora cultural. É diretora da corporação cultural educacional Motete e idealizadora do FLECHO (Festival Chocó de Leitura e Escrita). Foi escolhida pela BBC como uma das 100 mulheres mais inspiradoras de 2022.

A amazonense Márcia Kambeba é doutoranda em Estudos Linguísticos e mestre em Geografia. Escritora, poeta, compositora, palestrante de assuntos indígenas e ambientais, tem cinco livros publicados. Faz parte da Academia Internacional de Literatura Brasileira nos EUA. A jornalista colombiana Ana Correa foi adotada pelo Brasil em 2007. É amante da literatura latino-americana, das histórias em espanhol, português e “portunhol”. É co-fundadora da startup TAQE, que busca gerar oportunidades para que jovens mostrem o seu potencial.

No dia seguinte, 18 de agosto, às 19h30, no auditório Meira Júnior (Theatro Pedro II), a escritora argentina Selva Almada participará de um bate-papo com o grupo brasileiro Coletiva Palabreria. Selva é considerada pelos leitores e pela crítica como uma das grandes revelações da literatura latino-americana. Possui romances e livros de contos publicados, como “O vento que arrasa”, “Não é um rio” e “Os inocentes”. Vencedora do Edinburgh First Book Award em 2019, vive em Buenos Aires e dirige uma livraria especializada em literatura escrita e publicada nas províncias argentinas.

O grupo Coletiva Palabreria é formado pelas artistas pesquisadoras Fernanda Machado, Luiza Romão (autora local homenageada pela FIL) e Sofia Boito. Em 2022, levou aos palcos uma adaptação do livro “Garotas mortas”, em que Selva Almada discute diferentes aspectos da misoginia e da violência de gênero a partir de três feminicídios impunes ocorridos na Argentina ao longo da década de 1980.