Lindbergh Farias mira Michelle Bolsonaro em embate político na Câmara

Deputado do PT solicita informações à Polícia Federal e à Casa Civil para rebater críticas à primeira-dama Janja e questionar gastos da gestão Bolsonaro

  • Data: 04/03/2025 10:03
  • Alterado: 04/03/2025 10:03
  • Autor: Redação
  • Fonte: Câmara dos Deputados
Lindbergh Farias mira Michelle Bolsonaro em embate político na Câmara

Michelle Bolsonaro

Crédito:Isac Nóbrega/PR

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O deputado federal Lindbergh Farias, representante do PT do Rio de Janeiro, tomou a iniciativa de solicitar informações à Polícia Federal, à Casa Civil, à Controladoria Geral da União (CGU) e ao Ministério Público Federal, visando reunir dados sobre a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, com o intuito de defender a atual primeira-dama, Rosângela da Silva, conhecida como Janja, das críticas provenientes da oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

Farias, que atua como líder da bancada petista, indicou que as informações obtidas dos órgãos federais servirão como alicerce para uma série de ações na Câmara dos Deputados com o objetivo de desgastar a imagem de Michelle Bolsonaro. “Para cada requerimento contra Janja, apresentaremos dois contra Michelle Bolsonaro. Aqueles envolvidos com rachadinhas e uso indevido de cartões corporativos não têm moral para criticar”, afirmou o deputado em suas redes sociais.

A atual primeira-dama tem sido alvo de críticas por seus gastos em viagens internacionais e pela manutenção de um gabinete informal no governo Lula, mesmo sem ocupar um cargo oficial na administração federal. De acordo com informações veiculadas pelo Estadão, Janja conta com uma equipe composta por 12 assessores e até o final do ano anterior havia consumido R$ 1,2 milhão em despesas de viagem. A Secretaria de Comunicação da Presidência da República esclareceu que os servidores desempenham funções estabelecidas por lei.

Respostas da oposição

Em resposta às ações de Lindbergh Farias, o PL Mulher, entidade liderada por Michelle Bolsonaro, divulgou uma nota acusando o parlamentar de “requentar uma série de denúncias infundadas” contra a ex-primeira-dama. A nota afirma que essa estratégia visa desviar a atenção pública dos recentes escândalos envolvendo o governo petista, além do aumento nos preços dos alimentos e combustíveis, assim como os gastos questionáveis da atual primeira-dama.

Lindbergh também dirigiu questionamentos à Polícia Federal e à CGU sobre a abertura de investigações relacionadas a supostos desvios de recursos públicos durante a gestão Bolsonaro que poderiam ter beneficiado a ex-primeira-dama. Além disso, ele protocolou uma representação criminal ao Ministério Público Federal para que o caso seja investigado adequadamente.

Mensagens encontradas no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, revelam solicitações feitas por assessoras de Michelle para que depósitos em dinheiro vivo fossem realizados em sua conta e para saques destinados ao pagamento de contas. Adicionalmente, foi relatado que Michelle utilizava um cartão de crédito pertencente a uma amiga que também exerce função como assessora parlamentar no Senado.

No seu ofício à Casa Civil, chefiada por Rui Costa (PT), Lindbergh solicitou informações sobre o número total de viagens realizadas por Michelle durante o governo Bolsonaro e os custos associados a essas deslocações. Ele indagou ainda se tais despesas foram custeadas com recursos públicos e pediu esclarecimentos sobre as justificativas para os voos realizados.

O parlamentar questionou também quais medidas foram adotadas para atender às recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU) relacionadas ao programa Pátria Voluntária. Este programa foi criado sob a liderança de Michelle para promover o voluntariado no Brasil e foi alvo de auditoria pelo TCU, que constatou a ausência de critérios objetivos na seleção das instituições beneficiárias. O tribunal sugeriu maior transparência na prestação de contas das entidades favorecidas pelo programa.

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  • Data: 04/03/2025 10:03
  • Alterado:04/03/2025 10:03
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