Lilian Amaral e Ivan David revelam processos de criação de exposições virtuais
Além da formação, inscritos terão exclusividade em live de abertura da mostra virtual "Instalação Toque - Tocar o Invisível", do artista plástico Hélio Schonmann
- Data: 26/08/2020 21:08
- Alterado: 26/08/2020 21:08
- Autor: Redação
- Fonte: POIESIS
Crédito:Divulgação
O isolamento social causado pela pandemia da Covid-19 fez com que muitos espaços adaptassem demandas, conteúdos e serviços para o modo on-line. Nesse contexto, a Oficina Cultural Oswald de Andrade traz um workshop com suportes para o desenvolvimento de exposições virtuais, além de receber mostras artísticas do projeto Residência Toque por meio de ferramentas digitais. Gerenciada pela Poiesis, a Oficina Cultural Oswald de Andrade é da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, com a promoção de atividades culturais e educativas de forma gratuita.
“Cidade Radical” e as influências dos territórios nas artes
Como parte do projeto Residência Toque, com concepção e curadoria de Lilian Amaral, a mostra “Cidade Radical” terá uma versão audiovisual comentada nos dias 2, 16 e 30 de setembro, quartas-feiras, a partir das 19h. A atividade ocorre pelo Cineclube da Oficina Cultural Oswald de Andrade, via Google Meet, e a inscrição está aberta: .
Os três ciclos de vídeos, em encontros on-line, trazem aspectos relacionados às formas de ocupação, apropriação e a potência criativa das coletividades das cidades latino-americanas contemporâneas representadas em múltiplas manifestações narrativas, até mesmo pelo impacto da pandemia da Covid-19.
A mostra comentada apresentará as manifestações artísticas e culturais que brotam nos territórios urbanos e possibilitará diferentes conexões entre público, produtores, artistas, coletivos, espaços urbanos, espaços de pesquisa e gestão cultural. No dia 2/09, o tema “Cidade, corpo e palavra” partirá das narrativas entre cidade, palavra, imagem, poesia, corpo, deslocamentos, tensionamentos entre arte, território, cultura e consumo. Entre as companhias que participam nesse dia, estão a Cia. Mungunzá de Teatro (SP) e o Grupo EMPREZA (GO).
Em “Cidade, memória e fricção“, no dia 16/09, o segundo encontro apresentará experiências que tratam da presença x ausência, regimes de (in)visibilidade, apagamentos, resistências e transformação social pelo viés da arte. Paulo Faria, do Teatro Pessoal do Faroeste, e Cleiton Fofão, do Quilombaque, são alguns dos artistas convidados.
Para fechar a mostra comentada: Cidade Radical, em 30/09, o tema “Cidade e Cinema“ colocará criações audiovisuais alinhadas às formas de ocupação dos espaços urbanos, com narrativas pautadas por demandas sociais, acessibilidade cultural, diversidade e direitos, bem como a ativação de lugares não convencionais, destinados ao uso e fruição artística. Exemplos de coletivos que vêm aplicando intervenções na arquitetura das cidades, como o Projetemos e ReOcupa – MSTCC | Ocupação 9 de Julho -OCUPAÇÃO MAUÁ, entre outras experiências, serão abordados. Tadeu Jungle, pela OCUPAÇÃO MAUÁ (SP), e Paulo Pereira, da Falange Produtora, são alguns dos participantes.
Construindo mostras virtuais
Artistas, educadores, profissionais de museus e outros espaços culturais, arquitetos, designers, comunicadores e pesquisadores, que buscam manter o atendimento ao público, encontram recursos no workshop Exposições virtuais: construindo narrativas em ambientes digitais – Roteiro, curadoria e processos de mediação. Coordenados pela artista visual e curadora Lilian Amaral e o pesquisador Ivan David, a formação está programada para os dias 24 e 29 de setembro, e 1º de outubro, terças e quintas-feiras, das 14h às 17h30. Para participar pelo Google Meet é necessário se inscrever no link .
Ao apresentar dispositivos e programas para executar narrativas expositivas com base em coleções, acervos e documentos, o workshop foca em recursos como as ferramentas de geolocalização e a importância de uma equipe multidisciplinar para desenvolver exposições e tours virtuais. Recursos para a concepção e elaboração como um campo de comunicação e de experimentação estética, além da produção visual e estratégias de interação/divulgação estarão presentes na formação on-line. A conclusão da turma se dará pela elaboração de um projeto /exposição virtual individual e/ou colaborativo.
“Instalação Toque – Tocar o Invisível“ – em processo e autoria compartilhada
Após o workshop, as pessoas inscritas terão exclusividade no acesso à live de prévia abertura da mostra virtual “Instalação Toque – Tocar o Invisível” no dia 3 de outubro, sábado, a partir das 11h, também via Google Meet. Simultaneamente, a retransmissão ocorre na fanpage de Oficinas Culturais – http://www.facebook.com/OficinasCulturais. No bate-papo ao vivo, Lilian e Ivan vão pontuar as etapas e desafios de realização de exposições virtuais como essa.
“Instalação Toque – Tocar o Invisível” tem a curadoria de Lilian Amaral e autoria do artista plástico Hélio Schonmann. Funciona como uma instalação em processo e de autoria compartilhada por ter obras de outras pessoas com e sem formação artística, inclusive com deficiências, já que o projeto foca na acessibilidade cultural.
Iniciada em 2016 no Museu de Saúde Pública Emílio Ribas, em São Paulo, a instalação também faz parte do projeto Residência Toque. Em breve, a mostra virtual estará aberta à visitação por meio do site do Programa Oficinas Culturais (http://oficinasculturais.org.br/), onde o público poderá ver 50 novas obras e mais de 250 autorretratos em alto-relevo, trabalhados em papel machê, concebidos em rede e ao longo de quatro anos de itinerâncias do projeto, realizadas junto a museus e espaços culturais no estado paulista. Todo o conjunto de obras vai integrar as instalações indoor e outdoor da Oficina Cultural Oswald de Andrade.
A mostra busca destacar os limites entre espaço expositivo e espaço público, experiência pela estética e pelo cotidiano, tendo a rua e as redes (colaborativas locais e on-line) como elementos de ativação, conexão, interação e sustentabilidade. Entre os temas levantados, estão as questões identitárias individuais e coletivas.
Para conferir a programação completa de Oficinas Culturais, acesse http://poiesis.org.br/maiscultura. Abaixo, o serviço completo e links de inscrição das atividades descritas.
SERVIÇO:
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Mostra comentada: Cidade Radical
Concepção, curadoria e mediação: Lilian Amaral
2, 16 e 30/9 – quartas-feiras – 19h às 21h
Faixa etária: 18 anos | Vagas: 75
Inscrições: até 01/09 –
Plataforma: Google Meet – apenas para inscritos.
Simultaneamente, a retransmissão dos debates ocorre pelo canal de YouTube das Oficinas Culturais:
Programação – eixos temáticos:
Dia 02/09: Cidade, corpo e palavra
Artistas participantes / obras:
Coletivo CasadaLapa – SP – VIDAS EM OBRAS
Coletivo CasadaLapa: Julio Dojsar, Sato do Brasil, Zeca Caldeira, Sebastião Dojcsar, Paulestinos: Átila Fragozo, Coletivo Transverso, Cauê Maia e Raul Zito – SP – NATUREZA MARGINAL
Cia. Mungunzá de Teatro – Lucas Beda e Leo Akio – SP – MUNGUNZÁ DIGITAL
Rodrigo Munhoz e Marcio Vasconcelos – SP – Chá de Performance / La Plataformance / O AMOR É RESET
Helô Sanvoy – GO/SP – INVOCAR/EVOCAR e Grupo EMPREZA – GO – Coletivo de Performance – PERCURSOS RADICAIS
Teia Documenta – Paulo Pereira e Cassandra Mello – MICRO DOCUMENTÁRIOS sobre iniciativas civis junto a populações vulneráveis durante a pandemia de Covid-19 na cidade de São Paulo.
Dia 16/09: Cidade, memória e fricção
Artistas participantes / obras:
Paulo Faria – Teatro Pessoal do Faroeste
Flávio Barollo e Wellington Tibério – SP -(SE)CURA HUMANA
Lilian Amaral e Ivan David – SP – [IN]VISIBILIDADES URBANAS
EDUZAL, Túlio Costa, e Eduardo Verderame – NABORDA
Lilian Amaral, Cláudio Barría Mancilla – SP – RJ/CHL – ROTAS DA MEMÓRIA. ENTREPONTOS DA CARIOCAS
Cleiton Fofão – Agência Queixadas – MUSEU TERRITORIAL DA CULTURA E DA PAISAGEM TEKOA JAPO’Í Dinas Miguel e Thiago Carvalho – Painel grafitado e video em homenagem à MATA ATLÂNTICA E AOS POVOS INDÍGENAS (Guarani Mbya – Terra Indígena Jaraguá).
M.A.R.: Museu de Arte Urbana – SMC SP – “#tarsilainspira” – Simone Siss e Lau Guimarães – ERA UMA VEZ
Dia 30/09: Cidade e Cinema
Artistas participantes / obras:
Paulo Pereira -SP – Falange – BRILHA
Tadeu Jungle – SP – OCUPAÇÃO MAUÁ
Lucas Bambozzi -SP – AVXLab – Mola – SP – Galeria ReOcupa
André Fratti Costa – SP – Olhar Periférico Filmes – CINECIDADES, PAISAGENS EM MOVIMENTO. Versão reduzida. (2010/2020)
Workshop | Exposições virtuais: construindo narrativas em ambientes digitais – Roteiro, curadoria e processos de mediação
Coordenação: Lilian Amaral e Ivan David
24/09, 29/09 e 01/10 – terças-feiras e quintas-feiras – 14h às 17h30
Live de abertura da mostra virtual “Instalação Toque – Tocar o Invisível”, do projeto Residência Toque, pelo bate-papo com os artistas e docentes.
03/10 – sábado – 11h às 12h30
Faixa etária: 18 anos | Seleção: análise de currículo e carta de interesse| Vagas: 20
Inscrições: até 13/09 –
Plataforma: Google Meet – apenas para inscritos.
Simultaneamente, a retransmissão ocorre na fanpage das Oficinas Culturais: http://www.facebook.com/OficinasCulturais
Oficina Cultural Oswald de Andrade
Rua Três Rios, 363 – Bom Retiro – São Paulo
Telefone: (11) 3221-4704 | E-mail: [email protected]
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira das 9h às 22h, e aos sábados das 10h às 18h
Acessibilidade: rampa de acesso para cadeirantes. | Programação gratuita
Durante o distanciamento social devido à Covid-19, toda a programação está sendo realizada de forma virtual. Acesse http://www.oficinasculturais.org.br e http://poiesis.org.br/maiscultura.
SOBRE A OFICINA CULTURAL OSWALD DE ANDRADE
A Oficina Cultural Oswald de Andrade realiza atividades na formação e difusão cultural em diferentes linguagens artísticas. As atividades são gratuitas e no formato de oficinas, workshops, núcleos de estudos, seminários, residências artísticas, intercâmbios, apresentações cênicas, exposições, entre outros. Em seus 30 anos de existência, passaram pela Oficina grandes nomes como Quentin Taratino, Klauss Vianna, Nuno Ramos, além de importantes companhias nacionais e internacionais como Théâtre du Soleil, The Workcenter of Jerzy Grotowski, e Thomas Richards e Teatro da Vertigem.
Em 2015, a Oficina foi indicada ao Prêmio Shell na categoria Inovação “pela ampliação e renovação no acolhimento de projetos de artes cênicas, com a plena ocupação de seu espaço por grupos e companhias de teatro, com uma ousada agenda cultural que potencializa a revitalização do bairro do Bom Retiro”. Em 2019, também ganhou o Prêmio APCA como a Melhor programação de dança na categoria Projeto/Programa/Difusão/Memória. Oficinas Culturais é um programa da Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo, que atua, desde 1986, na formação e na vivência da população no campo de cultura. O Programa é administrado pela organização social Poiesis.
SOBRE A POIESIS
A Poiesis – Organização Social de Cultura é uma organização social que desenvolve e gere programas e projetos, além de pesquisas e espaços culturais, museológicos e educacionais, voltados para a formação complementar de estudantes e do público em geral. A instituição trabalha com o propósito de propiciar espaços de acesso democrático ao conhecimento, de estímulo à criação artística e intelectual e de difusão da língua e da literatura.