Levantamento da ABDE revela como está o financiamento ao empreendedorismo feminino

Sistema Nacional de Fomento conta com pelo menos 29 linhas de crédito para mulheres

  • Data: 22/03/2025 00:03
  • Alterado: 22/03/2025 00:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Assessoria
Levantamento da ABDE revela como está o financiamento ao empreendedorismo feminino

Crédito:Reprodução

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Instituições financeiras de desenvolvimento (IFDs) que fazem parte do Sistema Nacional de Fomento (SNF) oferecem, atualmente, pelo menos 29 linhas exclusivas para mulheres empreendedoras, aponta um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE) divulgado em alusão neste mês de maio, em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher.

Como exemplo, entre as linhas específicas para impulsionar o empreendedorismo feminino no Brasil estão o Pronaf Mulher, disponível no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, Banrisul e Banco do Nordeste e Cresol; e o programa “Basa Acredita Pra Elas”, do Banco da Amazônia.

Outras iniciativas são + Crédito Amazonas – Crédito Rosa (AFEAM), Empodera (Banpará), Bora Empreender Mulher (AGE), Elas em Foco (AgeRio), Fomento Mulher (BADESPI), Empreendedoras do Sul (BRDE) e + Mulheres Empreendedoras (BADESUL). Há ainda o Progiro Mulher (Banese), CrediAmigo Delas (Banco do Nordeste), Mulher Trabalhadora (Desenvolve Alagoas), Desenvolve Mulher Empreendedora (Desenvolve MT), Banco da Mulher Paranaense (Fomento Paraná), e Pronampe Mulher (BADESC).

“Ampliar o acesso das mulheres ao crédito é um passo decisivo para reduzir desigualdades e impulsionar o desenvolvimento econômico e social do país. Dessa forma, as Instituições Financeiras de Desenvolvimento têm papel estratégico para romper barreiras, ampliando não apenas o crédito, mas também promovendo políticas de inclusão financeira capazes de valorizar e fortalecer o empreendedorismo feminino em todas as regiões do Brasil”, afirma o presidente da ABDE e FINEP, Celso Pansera.

De acordo com o estudo chamado de Caracterização das MPMEs brasileiras e os entraves do acesso ao crédito sob a perspectiva de gênero, realizado em 2020 pela ABDE , em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e atualizado no ano passado pela Associação, a Fomento Paraná, por meio do Banco da Mulher Paranaense, desembolsou R$ 37 milhões em mais de 3,5 mil contratos. Já o BRDE, com o programa Empreendedoras do Sul, investiu R$ 380 milhões em 499 operações realizadas nos estados da Região Sul.

A Fomento Tocantins, através das linhas Mulher Fomento e Mãos que Cuidam, disponibilizou até R$ 18 milhões, incluindo recursos próprios e de fundos específicos. A Desenvolve Alagoas destinou R$ 960 mil por meio do Crédito da Mulher Trabalhadora, beneficiando empreendedoras informais e pequenas empresas. Por último, a Goiás Fomento, com o programa Goiás Fomento Mulher Empreendedora, investiu aproximadamente R$ 1,4 milhão no apoio ao empreendedorismo feminino local.

O estudo mostra ainda que que 30,6% dos empregadores no Brasil são mulheres, e 86,5% das empresas lideradas por elas são microempresas. Das mulheres à frente de micro e pequenas empresas (MPEs), 45% são responsáveis pelo domicílio.

Além disso, as empresas geridas por elas também têm alta formalização dos negócios, chegando a 84,1%. Já os setores com maior concentração de empresárias são comércio, alojamento e alimentação, educação, saúde humana e serviço social.

Apesar de alguns avanços, as empresárias ainda recebem rendimentos inferiores em comparação aos homens, especialmente em pequenas empresas (75,3%) e nos setores de construção, transporte e logística (35%).

A bancarização também revela que 68% das mulheres declaram ter uma conta bancária frente a 73% dos homens. Em relação ao acesso a crédito, 45% dos homens frente a 35,3% das mulheres afirmam possuir algum tipo de crédito. Quando se trata de crédito como pessoa jurídica, as mulheres superam ligeiramente os homens, com 62% delas tendo tomado crédito nessa modalidade, contra 59% dos homens.

A pesquisa revela, ainda, que entre os principais desafios para o financiamento feminino estão a menor demanda por crédito e a dificuldades na conciliação entre trabalho e responsabilidades domésticas.

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  • Data: 22/03/2025 12:03
  • Alterado:22/03/2025 00:03
  • Autor: Redação ABCdoABC
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