Lava Jato denuncia Jucá por corrupção na Transpetro e propina de R$ 1 milhão

A Lava Jato denunciou o ex-senador e atual presidente do MDB, Romero Jucá, e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado pelo envolvimento em corrupção na subsidiária da Petrobras

  • Data: 04/06/2019 10:06
  • Alterado: 04/06/2019 10:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo
Lava Jato denuncia Jucá por corrupção na Transpetro e propina de R$ 1 milhão

Crédito:José Cruz/ Agência Brasil e Divulgação/Petrobras

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Segundo a denúncia, Jucá recebeu pagamentos ilícitos de pelo menos R$ 1 milhão em 2010 em razão de quatro contratos e sete aditivos celebrados entre a Galvão Engenharia e a Transpetro.

Segundo a força-tarefa, a Galvão Engenharia – em razão de contratos e aditivos mantidos na Transpetro e “com o objetivo de continuar recebendo convites para participar das licitações da estatal” – efetuava o pagamento de propinas de 5% do valor de todos os contratos com a subsidiária da Petrobras “a integrantes do MDB que compunham o núcleo de sustentação de Sérgio Machado”, então presidente da estatal.

A denúncia aponta que Machado foi indicado e mantido no cargo por Romero Jucá e integrantes do MDB e tinha “a função de arrecadar propinas para seus padrinhos políticos”. Segundo o MPF em contrapartida ao pagamento de propinas pelas empresas, Sérgio Machado, “garantiria às empreiteiras a continuidade dos contratos e a expedição de futuros convites para licitações”.

O pagamento da propina pela Galvão Engenharia teria sido disfarçado por meio de doação eleitoral oficial de R$ 1 milhão. Segundo a denúncia, em junho de 2010, a empresa efetuou o repasse “desses subornos” para Romero Jucá ao Diretório Estadual do PMDB no Estado de Roraima. “As propinas, assim, irrigaram a campanha de reeleição de Jucá ao Senado, bem como as campanhas do filho e de ex-esposa para o Legislativo”, diz o MPF.

As investigações indicam que a Galvão Engenharia “não tinha qualquer interesse em Roraima que justificasse a realização da doação oficial, a não ser o direcionamento de propinas para Romero Jucá”.

A força-tarefa Lava Jato em Curitiba já ofereceu cinco denúncias relativas ao esquema de corrupção na Transpetro. Segundo o Ministério Público Federal, o esquema de corrupção investigado perdurou pelo menos até 2014, favorecendo empresas que pagavam vantagens indevidas ao então presidente da estatal, Sérgio Machado, e políticos responsáveis por sua manutenção no cargo.

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  • Data: 04/06/2019 10:06
  • Alterado:04/06/2019 10:06
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: Estadão Conteúdo









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