La Niña provoca chuvas intensas no Brasil em fevereiro
Regiões Norte e Sudeste em alerta para tempestades e clima úmido
- Data: 03/02/2025 11:02
- Alterado: 03/02/2025 11:02
- Autor: Redação
- Fonte: Climatempo
O fenômeno climático La Niña continua a influenciar o clima brasileiro, especialmente no que diz respeito à formação de corredores de umidade que afetam as regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do país. Em fevereiro, espera-se um aumento significativo nas chuvas, particularmente no norte do Nordeste, devido à proximidade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT).
Durante este mês, a atuação de frentes frias provenientes do Sul facilitará a propagação de umidade e o desenvolvimento de sistemas como a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que já se inicia com forte atividade. Assim como em janeiro, os padrões climáticos atuais indicam uma continuidade nas condições úmidas e chuvosas.
Além disso, as temperaturas em fevereiro tendem a se manter dentro da média na maior parte do território nacional. O aumento da cobertura de nuvens e das precipitações deve limitar a ocorrência de ondas de calor, embora alguns pontos específicos ainda possam registrar temperaturas acima da média, especialmente nas áreas adjacentes ao Paraguai e Argentina, que influenciam diretamente o Rio Grande do Sul e as regiões limítrofes com Mato Grosso do Sul e Paraná.
Historicamente, fevereiro é um mês caracterizado por intensas chuvas em diversas partes do Brasil. Contudo, no centro-leste nordestino, a expectativa é de menor volume hídrico. Na Região Sul, a escassez de chuvas persistirá no Rio Grande do Sul, com precipitações mais irregulares concentrando-se na parte norte do estado. Por outro lado, algumas áreas interiores de Paraná e Santa Catarina podem apresentar chuvas ligeiramente acima da média.
No Sudeste, a situação é promissora, com previsões indicando um incremento significativo nas chuvas devido à ZCAS. As precipitações iniciais concentrarão entre São Paulo e partes de Minas Gerais e Rio de Janeiro. Enquanto isso, o norte fluminense e áreas do Espírito Santo devem enfrentar períodos de calor antes que novos episódios de ZCAS tragam alívio hídrico.
A Grande Belo Horizonte, Grande Rio e Grande São Paulo permanecem em alerta para tempestades, considerando os altos índices pluviométricos já registrados em janeiro. A Serra da Mantiqueira e outras regiões serranas poderão enfrentar chuvas volumosas que geram riscos como deslizamentos.
No Centro-Oeste, as chuvas continuarão a ser generalizadas, embora os maiores volumes sejam esperados no centro-sul de Goiás e nas partes centrais do Mato Grosso. A situação se torna crítica em Mato Grosso do Sul, onde a falta d’água persiste no Pantanal.
Na Região Norte, chuvas regulares são esperadas na maioria das áreas. O Amazonas, Roraima e parte do Pará devem receber precipitações consistentes devido aos corredores de umidade. A ZCIT também favorecerá a formação de chuvas intensas em regiões como o Amapá.
No Nordeste, os focos das chuvas estarão voltados para o norte da região. A presença da ZCIT deverá intensificar as precipitações no Maranhão e partes dos estados vizinhos. Apesar disso, o litoral leste nordestino não registra grandes volumes hídricos nesta época; no entanto, a temperatura elevada do Atlântico pode provocar eventos isolados de chuvas fortes ao longo do mês.