JUSTIÇA PARA POUCOS: Advogado de Queiroz comemora decisão
Defesa alegou, como motivo para a prisão domiciliar, questões de saúde no contexto de pandemia “Na linha do que o CNJ recomendou para quem integra grupo de risco da covid”, diz advogado
- Data: 09/07/2020 19:07
- Alterado: 09/07/2020 19:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
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O advogado Paulo Emílio Catta Preta, que representa Fabrício Queiroz, classificou como ponderada a decisão do presidente do Superior Tribunal de Justiça que concedeu prisão domiciliar ao ex-assessor de Flávio Bolsonaro. “Vai na linha do que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) recomendou para quem integra grupo de risco da covid”, disse.
Catta Preta também afirmou que conseguiu desconstruir, no pedido de domiciliar, os argumentos usados pelo Ministério Público para justificar a prisão preventiva do suposto operador das ‘rachadinhas’ no antigo gabinete de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio. Queiroz está preso em Bangu desde o dia 18 de junho – ele teria, segundo o MP, tentado obstruir as investigações.
MULHER DE QUEIROZ
Perguntado sobre o caso de Márcia Oliveira de Aguiar, mulher de Queiroz, o advogado disse que ela também teria passado por uma cirurgia recentemente – não soube especificar qual – e, portanto, também estava em situação de risco em relação ao coronavírus. Márcia está foragida desde o dia em que foi alvo da operação, na mesma manhã em que o marido foi detido.
A defesa tentou antecipar para hoje a comunicação oficial do STJ ao Tribunal de Justiça do Rio, mas isso só deve ocorrer amanhã. Uma vez recebida, o TJ expedirá um alvará de soltura para Queiroz.
Em sua conta fechada no Instagram, a filha mais velha de Queiroz, Nathália – também investigada no caso das rachadinhas -, comemorou a decisão do STJ. Ela publicou uma foto do seu relógio na qual a notícia aparece na tela.
Revista Fórum
Em artigo a manchete “Justiça da Suíça” chama a atenção. O advogado criminalista Marco Aurélio Carvalho, coordenador do Grupo Prerrogativas, comentou: “Queríamos que essa justiça da Suíça fosse aplicada para todo brasileiro e não só para milicianos e pessoas no entorno do presidente Jair Bolsonaro” e continuou afirmando: “Qualquer decisão que tem caráter humanista, tem que ser festejada. Ele saiu de um tratamento de câncer, está se recuperando e está no grupo de risco. O ministro Noronha não se equivocou. O sistema penitenciário não é o melhor lugar para pessoas que estão se recuperando principalmente durante a pandemia”.