Justiça da Coreia do Sul prorroga prisão do presidente Yoon Suk Yeol

A prisão do presidente afastado da Coreia do Sul foi prorrogada em meio à investigação sobre insurreição e à invasão de seus apoiadores no tribunal.

  • Data: 19/01/2025 14:01
  • Alterado: 19/01/2025 14:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS
Justiça da Coreia do Sul prorroga prisão do presidente Yoon Suk Yeol

Crédito:Reprodução

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A Justiça sul-coreana determinou, neste domingo (19), que a prisão do presidente afastado Yoon Suk Yeol será estendida por um período adicional de até 20 dias, em meio a uma investigação sobre insurreição. Esta decisão, tomada pelo Tribunal do Distrito Ocidental de Seul, foi motivada pela preocupação de que o ex-presidente poderia destruir evidências caso fosse liberado.

Yoon Suk Yeol, que se tornou o primeiro presidente em exercício da Coreia do Sul a ser preso, foi detido na quarta-feira (15) em razão de sua declaração de lei marcial proferida em dezembro passado. A medida provocou uma crise política sem precedentes no país.

Após o anúncio da prorrogação da prisão, um grupo considerável de apoiadores de Yoon invadiu o tribunal por volta das 3h da manhã (horário local), danificando propriedades e agredindo os policiais presentes, conforme reportado pela agência de notícias Yonhap. Cenas ao vivo mostraram um grande contingente policial tentando controlar a situação dentro do edifício judicial.

As forças de segurança conseguiram restaurar a ordem algumas horas depois, resultando na detenção de 46 indivíduos envolvidos nos distúrbios. A Polícia Metropolitana de Seul se comprometeu a investigar e responsabilizar aqueles que participaram de atos ilegais durante as manifestações.

No decorrer da audiência que discutiu a prorrogação da detenção, Yoon utilizou o espaço para defender sua decisão sobre a lei marcial, que foi revogada rapidamente pelo Legislativo. Essa audiência representou uma das raras ocasiões em que ele se manifestou publicamente desde seu impeachment e reclusão na residência oficial.

Um advogado do presidente afastado afirmou que Yoon prestou esclarecimentos detalhados sobre os fatos e evidências relacionados ao caso. Segundo ele, Yoon buscava restaurar sua honra ao explicar pessoalmente que não houve insurreição em suas ações.

Durante a audiência, Yoon foi escoltado por um comboio policial composto por carros e motos, refletindo a seriedade da situação. Manifestantes retornaram ao local para apoiar o ex-presidente, exigindo sua libertação com gritos de “libertem o presidente” enquanto a polícia tentava dispersar a multidão.

A acusação contra Yoon inclui insurreição, um crime pelo qual um presidente em exercício na Coreia do Sul não possui imunidade legal. As consequências podem ser severas, incluindo penas que vão desde prisão perpétua até a possibilidade de pena de morte.

O impeachment de Yoon ocorreu em 14 de dezembro do ano passado, após sua polêmica declaração de lei marcial. Além da investigação criminal, ele também enfrenta um julgamento no Tribunal Constitucional que decidirá se seus poderes serão permanentemente suspensos ou se será reintegrado ao cargo. O colegiado tem um prazo de 180 dias para tomar uma decisão final sobre o caso.

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  • Data: 19/01/2025 02:01
  • Alterado:19/01/2025 14:01
  • Autor: Redação ABCdoABC
  • Fonte: FOLHAPRESS









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