Protestos massivos na Coreia do Sul: 40 detidos em apoio ao ex-presidente Yoon Suk Yeol

Protestos em Seul: apoio massivo ao ex-presidente Yoon Suk Yeol, detido por tentativa de lei marcial, atraem 12.000 manifestantes e geram tensão.

  • Data: 18/01/2025 17:01
  • Alterado: 18/01/2025 17:01
  • Autor: redação
  • Fonte: sicnoticias
Protestos massivos na Coreia do Sul: 40 detidos em apoio ao ex-presidente Yoon Suk Yeol

Crédito:Soo-hyeon Kim

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No último sábado, a Coreia do Sul foi palco de intensos protestos em frente ao Tribunal Distrital Ocidental de Seul, onde cerca de 40 manifestantes foram detidos em resposta à audiência do ex-presidente Yoon Suk Yeol. A manifestação, que atraiu milhares de apoiadores, buscava expressar descontentamento com a detenção do político, atualmente sob investigação devido a sua tentativa fracassada de implementar a lei marcial durante seu mandato.

Dentre os detidos, sete indivíduos enfrentam acusações de agressão contra agentes da polícia e obstrução das ordens oficiais, sendo que um deles é acusado de ter atacado um policial com um veículo. Além disso, 22 pessoas foram acusadas de invadir o tribunal onde Yoon estava presente, enquanto dez foram responsabilizadas por agressões a veículos da polícia e uma por atacar um jornalista. As informações foram divulgadas pela agência sul-coreana Yonhap e corroboradas pela Europa Press.

Durante a audiência, que durou aproximadamente 40 minutos, Yoon teve a oportunidade de se dirigir aos juízes. Seu advogado afirmou à agência AFP que o ex-presidente busca “restaurar sua honra” no contexto das alegações contra ele. O tribunal agora deve deliberar se a prisão de Yoon será prorrogada por mais 20 dias ou se ele será libertado, decisão que deve ocorrer entre hoje e domingo.

Fora do tribunal, uma multidão de apoiadores agitou bandeiras e exibiu cartazes clamando pela libertação do ex-presidente. De acordo com estimativas da polícia, cerca de 12.000 pessoas compareceram ao evento para demonstrar seu apoio.

Yoon chegou ao tribunal em uma van azul do Ministério da Justiça após ser mantido em um centro de detenção desde quarta-feira. Vários apoiadores tentaram cercar o veículo ao seu chegar ao local. Desde a última sexta-feira, eles têm se reunido em frente ao tribunal para pressionar por sua liberdade.

Em uma carta enviada através de seus advogados na sexta-feira, Yoon expressou sua gratidão aos apoiadores — que incluem grupos evangélicos e influenciadores digitais conservadores — pelo seu “patriotismo apaixonado” durante as manifestações.

O partido do ex-presidente defende uma aliança robusta com os Estados Unidos e é contra qualquer forma de concessão à Coreia do Norte, que possui armamento nuclear. Caso sua detenção não seja estendida, Yoon poderá ser liberado em breve.

A investigação apura o envolvimento de Yoon na declaração da lei marcial em 3 de dezembro, ação que foi rapidamente anulada pelo Parlamento sul-coreano, cercado por militares na ocasião. A justificativa apresentada por ele foi a necessidade de proteger o país das “forças comunistas norte-coreanas” e eliminar “elementos hostis ao Estado”.

A prisão do ex-presidente ocorreu após uma operação inédita na Coreia do Sul, onde investigadores anticorrupção realizaram uma busca em sua residência oficial durante seis horas. Este processo se desdobra em meio a investigações contínuas, e o tribunal tem até meados de junho para decidir sobre a destituição definitiva ou reintegração de Yoon ao cargo.

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  • Data: 18/01/2025 05:01
  • Alterado:18/01/2025 17:01
  • Autor: redação
  • Fonte: sicnoticias









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