Julio Claudio da Silva lança biografia de Léa Garcia no Itaú Cultural acompanhado da atriz

O evento tem bate-papo do autor e da atriz com o público e mediação do cineasta Joel Zito.

  • Data: 25/07/2023 16:07
  • Alterado: 01/09/2023 00:09
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Julio Claudio da Silva lança biografia de Léa Garcia no Itaú Cultural acompanhado da atriz

Léa Garcia

Crédito:Arquivo Pessoal

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A atriz Léa Garcia marca presença no Itaú Cultural, na quarta-feira , dia 26 de julho, a partir das 19h. Ela participa do lançamento de seu livro biográfico – editado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA) – Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a trajetória e o protagonismo de Léa Garcia, de Julio Claudio da Silva, doutor em história social pelo programa de pós-graduação da Universidade Federal Fluminense.

Nascida em março de 1933, a atriz, hoje com 90 anos, se dedica aos palcos, cinema e televisão há mais de sete décadas. A sua consciência político-racial perpassa a sua atuação artística, questionando o lugar do negro na sociedade e na arte. Tendo como referência essa atuação profissional e militante da atriz, a obra traça uma retrospectiva de aspectos da história do protagonismo negro no pós-abolição brasileiro. Para isso, o autor joga luz em 1952, início da carreira de Lea no Teatro Experimental Negro (TEN), fundado por Abdias Nascimento (1914-2011), que a aproximou da militância antirracista e segue até hoje.

Outro recorte para a construção da história de Léa  é a sua atuação no longa-metragem Orfeu Negro ou Orfeu de Carnaval, dirigido por Marcel Camus em 1959. Ele levou o Oscar de melhor filme estrangeiro e a Palma de Ouro no Festival de Cannes daquele ano. Na pele de Serafina, prima de Eurídice, personagem cômica criada para o filme, ela concorreu à Palma de melhor atriz. Perdeu a premiação para Simone Signoret (1921-1985), por Almas em Leilão, do diretor Jack Clayton.

Na TV, Léa Garcia se tornou nacionalmente conhecida ao interpretar a antagonista Rosa, em A escrava Isaura. A novela de 1976 ganhou repercussão mundial sendo exibida em mais de 80 países. No todo, a biografia faz uma análise das memórias públicas da atriz, a partir de entrevistas concedidas ao autor, outras publicadas em livros e matérias divulgadas em veículos de comunicação.

Mediação e música

O premiado roteirista, produtor-executivo e diretor, Joel Zito faz a mediação deste lançamento. Com sua ampla carreira profissional, ele produziu trabalhos de destaque, como o longa ficcional As Filhas do Vento, de 2005, que venceu o Festival de Tiradentes e oito Kikitos no Festival de Gramado. Um de seus trabalhos mais recentes é o filme O Pai da Rita, realizado em 2022, com a participação de Léa.

A cantora Ayô Tupinambá fará intervenções musicais no evento. Sendo travesti, preta, gorda e periférica, ela difunde a sua arte levantado reflexões acerca da pluralidade dentro da cena artística nacional, com músicas como Canto pra Sobreviver e Acestravas. Ayô também dirigiu e roteirizou o espetáculo Travestis na MPB.

SERVIÇO:

Lançamento: 

Entre Mira, Serafina, Rosa e Tia Neguita: a trajetória e o protagonismo de Léa Garcia

De Julio Claudio da Silva

Editado pela Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Com a presença do autor e da atriz, medição de Joel Zito e intervenções musicais de Ayô Tupinambá

Dia 26 de julho de 2023, quarta-feira, de 19h às 21h

Sala Itaú Cultural – 224 lugares

Duração: (120 minutos)

Classificação indicativa: livre, segundo autodefinição

Entrada gratuita

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Crédito:Arquivo Pessoal

  • Data: 25/07/2023 04:07
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