Jerusa Geber vence os 100m em prova com pódio duplo brasileiro nesta quinta-feira, 13

Disputa pela classe T11 (cegas) também teve o bronze da potiguar Thalita Simplício e queda da paranaense Lorena Spoladore

  • Data: 13/07/2023 16:07
  • Alterado: 13/07/2023 16:07
  • Autor: Redação
  • Fonte: CPB
Jerusa Geber vence os 100m em prova com pódio duplo brasileiro nesta quinta-feira, 13

Jerusa Geber e Thalita Simplício

Crédito:Alessandra Cabral/CPB.

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A acreana Jerusa Geber venceu uma das provas mais aguardadas desta quinta-feira, 13, no Mundial de atletismo paralímpico em Paris, na França. Conquistou a medalha de ouro nos 100m da classe T11 (cegas), que ainda teve a potiguar Thalita Simplício na terceira colocação.

Com isso, o país permanece na vice-liderança do quadro geral de medalhas da competição, com 24 pódios no total, sendo nove ouros, seis pratas e nove bronzes. Os brasileiros estão somente atrás da China, com 25 no total – 11 ouros, oito pratas e seis bronzes.

O Brasil está representado por 54 atletas de 19 Estados e 11 atletas-guia na competição. O Mundial de atletismo de Paris é o primeiro da modalidade após os Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e acontece no Estádio Charlety. O local tem capacidade para 20 mil pessoas e pertence ao clube de futebol Paris FC, da segunda divisão francesa.

Na prova dos 100m T11, Jerusa largou bem e liderou a disputa de ponta a ponta. Finalizou em 11s86 e ainda cravou o novo recorde da competição. A atleta, que nasceu em Rio Branco e é totalmente cega, é a atual recordista mundial da prova, com o tempo de 11s83 registrados durante a 1ª Fase Nacional do Circuito Loterias Caixa de atletismo, em março, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.

“Estamos aqui porque fazemos o que a gente ama. É meu bicampeonato mundial nesta prova, só tenho a agradecer. Os 100m são muito técnicos, não pode errar em nada, temos que estar atentos, pois qualquer descuido podemos perder por milésimos. Mas deu tudo certo”, afirmou Jerusa.

Essa foi a oitava medalha de Jerusa em Mundiais. Antes, havia conquistado o ouro nos 100m em Dubai 2019; prata nos 100m em Doha 2015; prata nos 100m e nos 200m em Lyon 2013; ouro no revezamento 4x100m, prata nos 100m e nos 200m na Nova Zelândia 2011. Ela é, ao lado do capixaba Daniel Mendes, a atleta com mais medalhas em Mundiais da delegação brasileira em Paris.

A chinesa Cuiqing Liu ficou com a medalha de prata ao completar a distância em 12s30. A potiguar Thalita Simplício, medalhista de ouro nos 400m na última terça-feira, 11, fez a dobradinha do Brasil no pódio ao conseguir o bronze com a marca de 12s37.

A prova ainda contou com a participação de outra brasileira, a paranaense Lorena Spoladore, que vinha na disputa pela segunda colocação da prova quando sofreu uma queda a poucos metros da linha de chegada e perdeu a chance de conseguir a sua segunda medalha no Mundial – antes, havia sido prata no salto em distância no último domingo, 9.

“Eu esperava o pódio triplo brasileiro, mas sabíamos que a chinesa viria forte também. Foi uma prova boa. Ficamos felizes pela medalha, mas triste ao mesmo tempo com a Lorena. Espero que ela fique bem”, completou Thalita, que nasceu com glaucoma.

No total, foram quatro medalhas do país no dia em Paris. Pela manhã na capital francesa (madrugada no Brasil), o sul-mato-grossense Yeltsin Jacques levou o ouro na prova dos 1.500m da classe T11 (atletas com deficiência visual). O sul-mato-grossense, que havia conquistado o bronze nos 5.000m, chegou em primeiro lugar nos 1.500m e ainda bateu o recorde da competição, com 4min03s83.

Já a baiana Raissa Machado conquistou a medalha de prata no lançamento de dardo da classe F56 (que competem sentados). A atleta, que nasceu com má-formação nas pernas, atingiu a marca de 23,05m e ficou atrás apenas dos 25,81m de Diana Krumina, da Letônia. A iraniana Hashemiyeh Motaghian levou o bronze, com 22,95m.

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