Jardim Botânico de SP recebe exemplar de Vitória-Régia, lendária planta do folclore brasileiro
A planta já iniciou a floração e os visitantes mais “sortudos” poderão contemplar a flor aberta e perfumada no início da manhã
- Data: 08/01/2024 17:01
- Alterado: 08/01/2024 18:01
- Autor: Redação
- Fonte: Reserva Parques
No começo da manhã é possível observar a flor da Vitória-Régia
Crédito:Renato Borges
Tem novidade no Jardim Botânico de São Paulo. O Jardim do Lineu, cartão-postal do local, acaba de receber um exemplar de Vitória-Régia (Victoria crusiana Orb.), uma erva aquática nativa do Brasil, com folhas que podem alcançar até dois metros de diâmetros na natureza quando adulta.
A planta é conhecida por fazer parte do folclore do país. De acordo com a lenda, a jovem guerreira Naiá se apaixonou pela lua por acreditar que ela era o Deus Jaci e levava consigo algumas moças escolhidas, transformando-as em estrelas. Numa noite, ao ver o reflexo de Jaci no lago, Naiá pulou na água e se afogou. A lua compadecida com seu desejo intenso resolveu então transformar a jovem em uma “estrela” única, originando a Vitória-Régia.
A espécie produz uma flor que abre inicialmente à noite, na cor branca e extremamente perfumada. Depois, se fecha nas horas quentes do dia e abre novamente ao final da tarde, desta vez, com tons rosados. A vida média de cada flor dura duas noites, com algumas horas abertas também no início da manhã, quando os visitantes do jardim Botânico poderão apreciá-la. Posteriormente, a flor se deteriora e o ciclo recomeça em alguns dias.
Entre as características da Vitória-Régia está também a presença de acúleos (espinhos) em partes da planta, como na parte de baixo das folhas, o tempo de vida que varia de 2 a 3 anos e a sua ocorrência natural na América do Sul – Brasil, Bolívia, Paraguai e Argentina.
A planta no Jardim do Lineu pode ser vista ao lado de quatro Euryales, que são da mesma família, assim como também das já tradicionais Ninfeias pertinho da Vitória-Régia (e também nos lagos do Botânico).