Itaú Cultural Play traz clássico do diretor Rogério Sganzerla e outras produções

Plataforma inclui em seu catálogo mais sete filmes que abordam a arte, a diversidade e os desafios da população LGBTQI+; confira os títulos

  • Data: 28/07/2022 14:07
  • Alterado: 16/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural
Itaú Cultural Play traz clássico do diretor Rogério Sganzerla e outras produções

Copacabana mon amour (1970)

Crédito:Divulgação

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A partir de 29 de julho (sexta-feira), a plataforma de streaming do cinema e audiovisual brasileiro Itaú Cultural Play apresenta programação especial que tem a diversidade como protagonismo. Em sinergia com a nona edição da mostra Todos os Gêneros do Itaú Cultural, seleção reúne sete filmes de diretoras lésbicas cujas histórias trazem um olhar original e desafiador sobre suas experiências pessoais e da população LGBTQIA+.  Em outro recorte, o clássico Copacabana mon amour, do diretor Rogério Sganzerla, passa a integrar a mostra Histórias do Cinema Brasileiro na plataforma. 

Dirigido por Hanna Korich, em 2013, Cassandra Rios: a Safo de Perdizes é um documentário que mergulha na vida e legado da primeira autora brasileira escrever sobre o universo LGBTQIA+.  Com ênfase nas histórias de mulheres e de sua liberdade sexual, as obras dela venderam mais de um milhão de exemplares, nas décadas de 1960 e 1970, e 36 de seus livros foram apreendidos pela censura. Depoimentos de amigos, familiares e fãs mostram, nesse filme, um panorama completo sobre a importância da autora na luta contra o preconceito. 

No curta Trópico de Capricórnio, de 2020, Juliana Antunes é a autora e a personagem da própria história. Com falas em primeira pessoa, a diretora mostra fotos e vídeos de sua infância com familiares e paqueras da adolescência, que documentam seu reconhecimento como mulher lésbica. Com narrativa bem-humorada e filmagem caseira, ela retrata os costumes da década de 1990, traça o panorama mais íntimo de sua vida e transforma esses registros em um processo de autoconhecimento capaz de empoderar outras mulheres. 

Com direção de Bruna Barros e Bruna Castro, também em 2020, À beira do planeta mainha soprou a gente é um curta-metragem que mostra uma história de afeto entre duas mulheres e suas mães. Exibido no Festival de Brasília em 2020, o filme foi finalista do Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, no ano seguinte. Por meio de autorretratos, imagens de arquivo pessoal, pequenos recitais e monólogos, o documentário faz uma reflexão sensível e emocionante sobre identidade lésbica, afeto familiar e reconhecimento. 

No filme A felicidade delas, dirigido por Carol Rodrigues em 2018, o encontro amoroso entre duas pessoas negras apresenta um retrato do preconceito e da luta das mulheres pelo direito de existir. Após participarem de uma manifestação pacífica no Dia Internacional das Mulheres, o casal e outras participantes são repreendidas pela polícia. Entre sirenes e balas de borracha, elas se refugiam em um local abandonado. 

Outro curta-metragem que faz um manifesto sobre as mulheres e a liberdade de seus corpos, Fragmentos, de 2017, é dirigido pelas cineastas Karen Antunes, Nyandra Fernandes e Viviane Laprovita. Reunido pelos ritmos de matriz africana e da música eletrônica, o filme mostra a intimidade de uma mulher negra e uma branca que se amam, independente dos seus corpos não acompanharem os padrões impostos pela sociedade. 

Ficção e realidade se misturam no curta-metragem Minha história é outra, de Mariana Campos. Realizado em 2019, é construído a partir de diálogos e imagens que discutem a violência racial e a identidade de gênero. O filme revela o cotidiano de dois grupos de mulheres negras e lésbicas que vivem no Morro da Otto, em Niterói. Em um debate sobre o controle social do amor e como ele pode se realizar em cenários de repressão, a estudante de direito Leilane apresenta os desafios e possibilidades de construir uma jornada de afeto com sua companheira Camila. 

Primeiro curta-metragem de Julia Katharine, Tea For Two, de 2018, é uma comédia dramática que se desenvolve em torno de um triângulo amoroso entre duas mulheres e uma trans. O filme acompanha a história de Silvia, uma cineasta de meia-idade em crise com sua vida pessoal e profissional. Na mesma noite em que é surpreendida pela visita da ex-esposa, que a largou há alguns anos, ela conhece uma mulher trans que a fascina. 

Copacabana de Sganzerla 

Conhecido por sempre buscar a transgressão em suas obras do cinema brasileiro contemporâneo, até se tornar uma referência latente no contexto do filme experimental internacional, Rogério Sganzerla é um dos responsáveis por reposicionar a cinematografia nacional para o mundo.  

Foi assim com Copacabana mon amour , uma das mais radicais experiências do cinema brasileiro nos anos 1970, década mais sombria da ditadura, quando foi realizado. Chanchada, tropicalismo e o espírito da contracultura formam o contexto desta produção registrada nas ruas e morros do bairro mais famoso do Rio de Janeiro. Na história, Sônia Silk, interpretada por Helena Ignez, quer ser cantora da Rádio Nacional e se entrega aos turistas em Copacabana. Seu irmão, um médium em farrapos, é empregado de um burguês e apaixona-se perdidamente pelo patrão. Enquanto isso, um malandro aplica golpes na Avenida Atlântica. 

O acesso à plataforma de streaming Itaú Cultural Play é gratuito e pode ser feito por dispositivos móveis IOS e Android, e pode ser acessada pelo site.

SERVIÇO:  

Itaú Cultural Play – Novos lançamentos
29 de julho de 2022 (sexta-feira)  

Em www.itauculturalplay.com.br  

MOSTRA TODOS OS GÊNEROS – CULTURA LÉSBICA  

Cassandra Rios: a Safo de Perdizes (2013) 

De Hanna Korich 

Duração: 62 minutos 

Classificação indicativa: 12 anos (linguagem imprópria e violência) 

Trópico de Capricórnio (2020) 

De Juliana Antunes 

Duração: 13 minutos 

Classificação indicativa: 14 anos (conteúdo sexual e medo) 

À beira do planeta mainha soprou a gente (2020) 

De Bruna Barros e Bruna Castro 

Duração: 13 minutos 

Classificação indicativa: 12 anos (linguagem imprópria) 

A felicidade delas (2018) 

De Carol Rodrigues 

Duração: 14 minutos 

Classificação indicativa: 12 anos (conteúdo sexual e medo) 

Fragmentos (2017) 

De Karen Antunes, Nyandra Fernandes e Viviane Laprovita 

Duração: 6 minutos 

Classificação indicativa: 12 anos (conteúdo sexual) 

Minha história é outra (2019) 

De Mariana Campos 

Duração: 22 minutos 

Classificação indicativa: 14 anos (nudez, drogas lícitas e linguagem imprópria) 

Tea for two (2018) 

De Julia Katharine 

Duração: 25 minutos 

Classificação indicativa: 12 anos (drogas lícitas, linguagem imprópria, temas sensíveis) 

MOSTRA HISTÓRIAS DO CINEMA BRASILEIRO 

Copacabana mon amour (1970) 

De Rogério Sganzerla 

Duração: 85 minutos 

Classificação indicativa: 16 anos (nudez, violência e insinuação sexual) 

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  • Data: 28/07/2022 02:07
  • Alterado:16/08/2023 23:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural









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