Itaú Cultural Play recebe mostra especial em parceria com Cine Ceará
A Mostra Olhar do Ceará na Itaú Cultural Play conta com 13 filmes de curta-metragem e três de longa-metragem, mesclando diferentes gêneros e trazendo um panorama do cinema produzido no Ceará
- Data: 23/11/2023 17:11
- Alterado: 23/11/2023 17:11
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultura
Crédito:Divulgação
Como parte da programação oficial da 33ª edição do Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema, a Itaú Cultural Play recebe a partir deste sábado, dia 25 de novembro, uma mostra especial com 15 filmes de diretores cearenses que estão entre os selecionados da mostra competitiva Olhar do Ceará. A mostra reúne curtas e longas-metragens de ficção, terror, experimental, animação e documentário, que ficam disponíveis na plataforma até dia 10 de dezembro (domingo).
A mostra pode ser acessada gratuitamente em qualquer lugar do país em www.itauculturalplay.com.br e dispositivos móveis Android e IOS.
Entre os 16 filmes da programação, 13 são curta-metragem, como o experimental Quando o passado for presente lembra-se de mim no futuro, de Rafael Vilarouca. Nele, são apresentados arquivos fotográficos da família do diretor, com histórias particulares e coletivas de diferentes momentos ritualísticos. Tentando compreender a interioridade dessas fotografias e seu significado no presente, busca-se desvendar e, simultaneamente, criar novos mistérios circunscritos nas imagens, para, assim, desprogramar esquecimentos. A obra já foi exibida em festivais como o XXII Bienal Internacional de Arte Contemporáneo de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e o 46º Festival Guarnicê de Cinema, no Maranhão.
Já O primeiro movimento é explosão, dirigido pela roteirista Grenda Costa, retrata a capital Fortaleza em um futuro próximo. A ficção narra a história de um governo interino, que por se tornar cada vez mais violento, agita a cidade e a revolta dos moradores da República. Munidos de coquetéis molotov e máscaras de gás caseiras, eles seguem rumo ao confronto.
O curta-metragem ficcional Alienígena, de Ricardo Peres e Wagner Lima Mendes, narra a história de Evair que após anos vivendo na capital paulista, decide retornar à Pedra Branca, sua cidade natal. Depois de muito tempo distante de suas origens, ele busca se reconectar com as relações que tinha no passado.
Por sua vez, o experimental A humanidade que me resta, da atriz, poeta, social media e produtora cultural Kieza Fran Nascimento, traz a história de um personagem que, ao ouvir seu diário gravado, tenta se levantar da cama para mais um dia de luta, mas se depara com pensamentos intrusivos, angústias e disforias. A obra, primeiro filme de Kieza, já esteve na Mostra Lugar de Mulher é no Cinema (Salvador/BA), no II Festival Muído (Campina Grande/PB) e no 2º Festival de Cinema Nacional de Chapecó (SC).
O documentário Encruzilhadas do som, de Edigar Martins, aborda a importância da música dentro da Umbanda. A obra reverencia a dimensão encantada e a diversidade sonora, através da experiência de quatro umbandistas de Fortaleza.
Trazendo um assunto importante e recente na história do planeta, a diretora Lanna Carvalho coloca o isolamento social provocado pela pandemia no centro do roteiro do filme As velas do Monte Castelo. Gravado em 2021, ele narra a história de uma família que lida com a falta de energia e que cria jogos para passar o tempo e vencer o tédio.
Noites em claro, de Elvis Alves, tem como protagonista Carlos, um homem negro que trabalha com entregas de comida. Para lidar com o aterrorizante toque de recolher imposto pela polícia em sua comunidade, ele conta com uma entidade sobrenatural. Venceu o prêmio de Melhor Filme no 16º Curta Taquary (PE) e conquistou o prêmio de Melhor Roteiro na Mostra de Terror do 9° Santos Film Fest (SP) e no 2º Sinistro Fest (CE).
Em Terral, de Alisson Emanoel e Carol Cavalcante, a personagem Rute, uma mulher simples e devota, se desespera com o sumiço de seu marido, Jonas. Após a situação, guiada pela sua fé e contra a vontade de seus filhos, ela decide acampar à beira-mar, à espera do companheiro. Nessa experiência, Rute se reconecta com seu sagrado.
Por sua vez, Camurupim, filme de estreia na carreira de Allan Mateus, narra a história de Alberto, jovem que acaba de voltar pra sua cidade, Fortaleza, da qual estava a um tempo longe. Desde então, vem sentindo um chamado irrecusável do rio.
Jaci, de Bruno Lobo La Loba, dá luz à Jaci, uma artista solitária que tenta concluir uma maquete, enquanto enfrenta problemas com a estrutura de sua própria casa. Durante uma madrugada tensa, ela é atormentada pela respiração de uma rachadura. À medida que a proporção entre a realidade e a representação começa a se desmoronar, ela é levada a uma jornada de reconstrução interior.
Com foco no público infantil, a animação Todo mundo tem um anjo, de Neil Armstrong Rezende, conta a história de Alba, uma menina que enfrenta uma “ameaça” inesperada: o cachorrinho de sua tia, que irá passar alguns dias em sua casa. Como tem medo de escuro, Alba não consegue dormir, mas Miguel, um garoto negro, aparece para ajudá-la e se apresenta como seu anjo da guarda. Juntos, eles brincam em outra dimensão.
De Cris Sousa e Weslley Oliveira, o documentário Urubu Aterrado, por meio das memórias de sua mãe, Cris lança um olhar sobre o tempo e o espaço que um dia viveu. As memórias em trânsito se alteram como a força do vento, que modifica a paisagem à beira mar. A favela do urubu está aterrada pelo poder da classe dominante.
Para fechar o pacote de curtas do recorte na Mostra Itaú Cultura Play, a animação Barra Nova, de Diego Maia, conta a história de uma garotinha que vive uma experiência especial. Ao contemplar e viver o encontro do rio com o mar na Barra Nova, praia localizada no Nordeste do Brasil, a obra faz um mergulho no ciclo da vida pelo ponto de vista da personagem.
Longas-metragens
Aos que preferem filmes de maior duração, estão presentes na mostra Amilton Melo – ídolo de todos, de Ciro Câmara e Vinicius Augusto Bozzo, e Nirez eterno, de Aderbal Nogueira e Glauber Paiva. Já o público infantil pode conferir Os maluvidos, de Josenildo Nascimento e Gislandia Barros.
O documentário Amilton Melo – ídolo de todos aborda as inúmeras voltas que podem ocorrer na carreira de um grande ídolo de futebol. Amilton Melo, que dá nome à produção, foi ídolo nos três maiores times do seu estado, o Ceará. Seu maior desafio não foi fazer gols e dribles dentro do campo, mas parar de fazer o que mais amava: jogar bola.
Já Nirez eterno, também documentário, apresenta a vida do pesquisador Miguel Ângelo de Azevedo Nirez – ou simplesmente Nirez, como conhecido o jornalista, historiador e desenhista, um dos mais respeitados pesquisadores de música popular do país e responsável por um dos mais completos arquivos sobre a cidade de Fortaleza, no Ceará. Reúne depoimentos dele próprio e de outros convidados sobre a sua importância e de seu acervo.
Por fim, o filme de ficção Os Maluvidos, voltado para as crianças, narra a história de Malu e seus amigos, que fazem o bairro do Bom Jardim ser pequeno demais para suas travessuras. E quando Malu vê sua amiga ser levada pelo vizinho Edgar, conhecido entre eles como Bicho papão, Chupa-cabra ou Papa-figo, ela bola um plano com sua turma para resgatá-la.
Para conferir a programação do 33º Cine Ceará, acesse: cineceara.com
SERVIÇO:
Mostra Olhar do Ceará na Itaú Cultural Play, em parceria com o 33º Cine Ceará – Festival Ibero-Americano de Cinema
De 25 de novembro (sábado) a 10 de dezembro (domingo)
Em www.itauculturalplay.com.br
Gratuito