Itaú Cultural homenageia pesquisadora do circo brasileiro Ermínia Silva na 7ª edição de a_ponte

A estudiosa foi cocuradora da Ocupação Benjamim de Oliveira, exposição sobre o artista considerado um dos primeiros palhaços negros do Brasil (1870-1954)

  • Data: 15/01/2025 17:01
  • Alterado: 15/01/2025 17:01
  • Autor: Redação
  • Fonte: Itaú Cultural 
Itaú Cultural homenageia pesquisadora do circo brasileiro Ermínia Silva na 7ª edição de a_ponte

Daniel Lopes e Ermínia Silva

Crédito:Agência Ophelia

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Entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro, o Itaú Cultural promove a 7ª edição de a_ponte: cena do teatro universitário, projeto cujo objetivo é contribuir para a renovação da cena artística estudantil e aproximar os estudantes de artes cênicas das várias regiões do Brasil. Neste ano, o evento homenageia Ermínia Silva, professora, historiadora e doutora da linguagem circense brasileira, morta em março de 2024. A estudiosa foi cocuradora da Ocupação Benjamim de Oliveira, exposição em homenagem ao artista e empresário do circo, um dos primeiros palhaços negros do Brasil (1870-1954), que ficou em cartaz no IC de novembro de 2021 a março de 2022.

Presencial, a programação traz espetáculos, mesa de debate e vivências. Será realizada no IC e em outros centros culturais e espaços de formação, como o Circo no Beco, na Vila Madalena, o Teatro de Contêiner Mungunzá, em Santa Efigênia, e a UNESP, na Barra Funda. O público é convidado a conferir também os quatro debates que integram Comunicação Oral, programação que viabiliza o diálogo dos contemplados no 4º edital de a_ponte, com a presença de professores convidados e dos estudantes das cinco regiões do Brasil, que tiveram seus trabalhos de conclusão de curso e pesquisas estudantis em artes cênicas selecionados neste chamamento para integrar a publicação on-line Pontilhados: pesquisas da cena universitária.

Os TCCs acompanham toda a programação e atividades exclusivas. Além disso, o livro digitalfica disponível no site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br a partir do dia 28 de janeiro, quando também abrem as inscrições para a 5ª edição do edital de seleção de TCCs e pesquisas estudantis em artes cênicas (cursos superiores e técnicos). Como tudo no IC, as atividades são gratuitas.

27 de janeiro (segunda-feira)

20h, no Circo no Beco

#Ocupa_Beco: uma vivência artística

A sétima edição de a_ponte: cena do teatro universitário começa com um esquenta com a atividade #Ocupa_Beco: uma vivência artística, no Circo no Beco, projeto que une artistas da cena e o público desde 2003 no Beco NegoVila, na Vila Madalena. Nela, os participantes aprendem a confeccionar e manipular malabares feitos com itens comuns do dia a dia, como jornais e sacolas plásticas.

Depois, é a hora do palco aberto, prática tradicional do coletivo, no qual o público pode se apresentar mostrando as habilidades aprendidas durante a oficina ou algum talento próprio. A noite termina com um espetáculo autoral do Circo no Beco, com artistas convidados e direção de Lúcio Maia. Não há distribuição de ingressos, basta chegar.      

28 de janeiro (terça-feira)

15h, no 9º andar do Itaú Cultural

Mesa de debate Mina e o Circo Brasileiro, com Alice Viveiros de Castro (RJ) e Daniel Lopes (SP)

O Itaú Cultural faz a abertura oficial do evento com a mesa de debate Mina e o Circo Brasileiro, com a presença da atriz e diretora Alice Viveiros de Castro e do pesquisador do circo Daniel Lopes. Ambos amigos e parceiros de trabalho de Ermínia Silva, eles abordarão a vida e a carreira da pesquisadora, a importância de sua obra para os estudos do circo no Brasil e no mundo e os conceitos desenvolvidos por ela, que foram e são essenciais para a compreensão histórica e crítica das práticas circenses. Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início do debate, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Na Lona de Benjamim, do Grupo Catappum (SP)

A Sala Itaú Cultural vira picadeiro para o Grupo Catappum, que apresenta o espetáculo Na Lona de Benjamim, dirigido por Mafalda Pequenino. Uma trupe de palhaçaria viaja pelo tempo e espaço em busca das memórias de Benjamim de Oliveira, quando encontra um homem vivendo em uma velha lona de circo que não se lembra quem é. A história homenageia o legado do palhaço e de outros artistas negros circenses com samba, mágicas, números cômicos, teatro de revista e músicas do congado mineiro, terra natal de Benjamim. Os ingressos podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do IC.

29 de janeiro (quarta-feira)

20h, no Teatro Reynuncio Lima, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Espetáculo Sete verbos para manter corpo viva

O projeto a_ponte se estende até outro espaço cultural de São Paulo, o Teatro Reynuncio Lima, no Instituto de Artes da Universidade Estadual Paulista (UNESP), na Barra Funda. A turma de formandos deste ano de Artes Cênicas da faculdade apresenta a peça Sete verbos para manter corpo viva, um TCC coletivo. Em cena, um elenco de 39 atores narra a trajetória da existência a partir de suas memórias, suas lutas, sonhos e desejos. O espetáculo é apresentado em forma de poema, composto por sete verbos-potência: Evocar, Encantar, Nascer, Ser, Desfigurar, Enfrentar e Transfigurar. A dramaturgia foi criada coletivamente e a direção é assinada por Fab Trindad e Marcella Vicentini. Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início do espetáculo, por ordem de chegada.

30 de janeiro (quinta-feira)

10h, na Sala Vermelha, no 3º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 01 – Arte, territórios e ancestralidades

A primeira comunicação oral, denominada Arte, territórios e ancestralidades, tem mediação de Annie Martins, pesquisadora indígena e professora do curso de Teatro da Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Os trabalhos de conclusão de curso apresentados são O circo latino-americano em São Paulo, de Aline Filgueira (SP); Performação de espectadores: mediação cultural na região da Baixada da Sobral, de Rylary Targino (AC); Teatrovivência de Abdias Nascimento: a estética negra da peça “Sortilégio” no Teatro Experimental do Negro, de Danielle Souza (MT); A floresta, o rio, o barco e o casco na catalogação de corporeidades de um artista amazônico, de Marcos Fernandes (AP); e Memória, texto e revolução: percepções sobre as possibilidades do gênero dramaturgia de autorreferência para a construção da autonomia, Lucas Oliveira (PE). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

15h, na Sala Vermelha, no 3º andar do Itaú Cultural
Comunicação Oral 02 – Pedagogias Teatrais

A segunda comunicação oral, denominada Pedagogias Teatrais, tem mediação de Kleber Lourenço, ator, bailarino, encenador, coreógrafo, educador e pesquisador em artes da cena. Os trabalhos de conclusão de curso apresentados são Cartografando uma personagem extraterrestre: trajetória de uma atriz cuiabana, de Amarílis França (SP); Desarranjo corporal e a preparação de atuantes teatrais, de Erique Nascimento (PE); Retrospectiva histórica do ensino de teatro no Brasil e a sua influência no território goiano, de Jackeline dos Reis (GO); O teatro com criança se faz brincando: o desenvolver teatral na comunidade do bairro Tuiuiú, em Primavera do Leste – MT, de Raquel Elias (MT); e Corpo e literatura: aproximações dançadas da Odisseia por diferentes gerações na escola, de Thiago Neris (SP). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

20h, no Teatro de Contêiner Mungunzá
Experimento cênico Favela de Barro, do Grupo Esquadrilha Marginália (Cubatão/SP)

Com origem na periferia da cidade de Cubatão, no litoral do estado de São Paulo, o GrupoEsquadrilha Marginália apresenta um experimento derivado do processo de criação coletiva do espetáculo Favela de Barro – Instáveis Moradias em Queda, que ainda não estreou. Em um movimento circular, com os espectadores em volta, de forma intimista, o elenco constrói reflexões acerca da formação do território das favelas, o processo de desapropriação das terras, as heranças étnico-culturais e seus reflexos nos cotidianos das cidades. A peça, com música e dança, é dividida em quatro capítulos, cada um em referência a um elemento na natureza: fogo, água, ar e terra. Os ingressos, gratuitos, serão disponibilizados para reserva na plataforma Sympla a partir do dia 22 de janeiro, às 12h, e deverão ser retirados no local uma hora antes do início.

31 de janeiro (sexta-feira)

10h, no 9º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 03 – Mulheridades, cena e resistência

Com mediação de Renata Pimentel, escritora, curadora, roteirista, atriz, dramaturga e professora de literatura da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), a terceira apresentação de TCCs traz como tema a intersecção entre gênero e teatro. Os trabalhos de conclusão de curso são Desterritorializando a direção por uma linha de fuga lésbica: ruídos epistemológicos, de Djulia Márcia dos Santos (SC); Torturas: um estudo sobre processo de criação, padrão de beleza e teatros feministas, de Flavia Grützmacher dos Santos (RS); Relato de experiência na Zona Franca de Manaus: a construção da montagem cênica “Operárias”, de Kelly Vanessa Nunes de Sousa (AM); Corajosa construção teatral em tempos de cansaço, de Nathália Albino de Souza (SC); e Visibilidade e representatividade de mulheres lésbicas em “As Sereias da Rive Gauche”: pioneirismo e desdobramentos na cena teatral do séc. XXI, de Rafaela Jacomini Souza (SP). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

15h, no 9º andar do Itaú Cultural

Comunicação Oral 04 – Processos contra-hegemônicos 

A última apresentação oral incorpora trabalhos que debatem questões de gênero, sexualidade, raça e resistência nas artes cênicas, em especial as existências LGBTQIA+. O ator, diretor e professor na graduação e pós-graduação em Artes Cênicas na Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC) Vicente Concilio é quem conduz as conversas. São apresentados os trabalhos de conclusão de curso Chacotas negras LGBTQIA+ como fuga das criações de dor, de João Pedro Rodrigues (RJ); Balbúrdia na universidade pública: (r)existência LGBTQIAPN+ no Instituto de Artes da UNESP e suas possibilidades pedagógicas, de Mateus de Freitas Campos (SP); Cartas para não morrer: arte como potência de cura do corpo transvestigênere, de Matteo Nanni de Paiva (PR); Código (não)binário: o objeto técnico enquanto processo potencializador na criação cênica, de Ravena Sena (AP); e O Baile Cúier: a cultura Ballroom e os corpos dissidentes dos padrões cis heteronormativos na criação de uma encenação, de Sidnei Mauro de Melo Junior (RS). Os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Benjamim, O palhaço negro (RJ)

Idealizado pelo ator, cantor e produtor carioca Isaac Belfort, o musical homenageia a trajetória e o legado de Benjamim de Oliveira, que se tornou um artista múltiplo, desenvolvendo inúmeras linguagens no picadeiro, da palhaçaria à música. Em cena, cinco jovens atores negros encarnam os vários personagens que permearam a história do palhaço mineiro, dialogando com suas narrativas pessoais e refletindo sobre o racismo no meio cultural. A direção, o texto e as letras são de Tauã Delmiro. Os ingressos podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do IC.

O musical também faz uma sessão no dia seguinte, sábado, na sede da companhia Pombas Urbanas, em Cidade Tiradentes, na Zona Leste da capital paulista. Para essa apresentação, os ingressos são distribuídos uma hora antes do início, por ordem de chegada e sujeitos a lotação.

1 de fevereiro (sábado)

17h, na sede do Pombas Urbanas

Espetáculo Benjamim, O palhaço negro (RJ)

 (Veja a sinopse no dia 31 de janeiro, data da primeira apresentação no IC)

20h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Circo Science, da Trupe Circus (PE)

A Trupe Circus, composta por artistas negros, pardos, LGBTQIA+ e periféricos que se formaram na Escola Pernambucana de Circo, apresenta um espetáculo circense em comemoração aos 30 anos do Manguebeat, movimento encabeçado pelo cantor e compositor pernambucano Chico Science (1966-1997), junto a sua banda, Nação Zumbi. Com músicas do grupo, acrobacias e outros números de picadeiro, Circo Science relembra a manifestação artística, que conquistou o público recifense – e, depois, de todo o Brasil – com o resgate dos ritmos tradicionais nordestinos, a ousadia e a crítica social.

O espetáculo faz outra sessão no IC no dia 2 de fevereiro, domingo, último dia de a_ponte: cena do teatro universitário. Os ingressos para ambas as apresentações podem ser reservados a partir das 12h do dia 22 de janeiro, quarta-feira, no site do Itaú Cultural.

2 de fevereiro (domingo)

19h, na Sala Itaú Cultural

Espetáculo Circo Science, da Trupe Circus (PE)

(Sinopse acima)

Itaú Cultural  

Avenida Paulista, 149, próximo à estação Brigadeiro do metrô 

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  • Data: 15/01/2025 05:01
  • Alterado:15/01/2025 17:01
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