Itaú Cultural e prêmio Oceanos anunciam os 10 finalistas de 2021
A lista de finalistas conta com um romance do Timor-Leste, O plantador de abóboras, de Luís Cardoso, entre os finalistas, que contemplam também autores de Brasil, Moçambique e Portugal
- Data: 18/11/2021 11:11
- Alterado: 18/11/2021 11:11
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
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O Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2021 anuncia hoje, 18 de novembro (simultaneamente às 10h do Brasil, 13h de Portugal, 17h de Moçambique e 22h de Timor-Leste), as 10 obras que passam para a última etapa de avaliação desta edição. Integram a lista oito romances, um livro de contos e um livro de poemas, escritos por autores de Brasil, Moçambique, Portugal e Timor-Leste. Entre os finalistas, duas obras foram editadas em mais de um país de língua portuguesa: O avesso da pele, do brasileiro Jeferson Tenório, publicado no Brasil e em Portugal, e O mapeador de ausências, do moçambicano Mia Couto, publicado no Brasil, em Moçambique e em Portugal. O plantador de abóboras, de Luís Cardoso, é o primeiro livro de Timor-Leste que chega à final.
Os jornalistas e críticos literários Manuel da Costa Pinto, do Brasil, e Isabel Lucas, de Portugal, apresentam as obras selecionadas e seus autores, que participam por meio de áudios pré-gravados. Confira no podcast do Oceanos 2021, divulgado no Spotify e no YouTube, estas apresentações e leituras de trechos e das anteriores 54 obras semifinalistas, na voz dos próprios autores, também disponíveis no canal do prêmio.
“É muito gratificante para o Itaú Cultural estar ao lado do Oceanos nesses seis anos, garantindo a continuidade do projeto, e aprimorando a sua governança e ferramentas tecnológicas. Com essa parceria pudemos verificar que, a cada edição, os resultados demonstram a ampliação de alcance do prêmio”, observa Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural. “Em tempos de pandemia e isolamento físico, que dificultariam os trabalhos de seleção dos livros, se não tivéssemos apoio tecnológico, vemos uma obra de Timor-Leste, país indicado pela primeira vez, e outras duas que tiveram edição em mais de um país de língua portuguesa, além de uma diversidade de títulos, sinalizando a força da literatura escrita neste idioma que nos une”, completa.
Participaram do júri que classificou os 10 livros, pelo Brasil, a professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Beatriz Resende, a professora da Universidade de São Paulo (USP) e escritora Eliane Robert Moraes, o poeta e crítico literário Fábio Weintraub e o poeta, músico, produtor cultural, artista visual e editor Ricardo Aleixo. São do júri, ainda, o moçambicano Nataniel Ngomane, professor da Universidade Eduardo Mondlane (UEM), em Maputo, e os portugueses Maria João Cantinho, escritora e crítica literária, e Pedro Mexia, escritor crítico literário.
O Oceanos tem coordenação-geral da gestora cultural Selma Caetano; curadoria para os países africanos de língua portuguesa de Matilde Santos, curadora da Biblioteca Nacional de Cabo Verde; Manuel da Costa Pinto, para o Brasil, e de Isabel Lucas, para Portugal.
Processo de leitura e avaliação
Patrocinador e parceiro do prêmio desde 2015, ano do lançamento da primeira edição, o Itaú Cultural vem colaborando com o desenvolvimento da governança e das tecnologias necessárias para a internacionalização do prêmio e sua manutenção on-line nesse período pandêmico. A tecnologia desenvolvida pelo Núcleo de Inovação do Itaú Cultural permite que todos os concorrentes sejam avaliados em uma plataforma digital por júris internacionais, dos países membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), de três continentes.
Na primeira etapa, um júri inicial, composto de 95 professores de literatura, críticos literários, escritores e poetas, leu e avaliou os 1.835 livros inscritos, publicados em dez países, para escolher os semifinalistas.
Desse conjunto de 54 livros foram escolhidos os dez finalistas, que serão lidos e avaliados para eleição dos três vencedores do prêmio, em dezembro. Participam do Júri Final, nessa última etapa, a angolana Ana Paula Tavares, os brasileiros Itamar Vieira Junior, Julián Fuks, Maria Esther Maciel e Veronica Stigger e os portugueses António Guerreiro e Golgona Anghel.
O valor total da premiação é de 250 mil reais, sendo R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro.
Parceiros
O Oceanos é realizado via Lei de Incentivo à Cultura, pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, e conta com o patrocínio do Banco Itaú, do Instituto Cultural Vale e da Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas da República Portuguesa; o apoio e governança do Itaú Cultural e apoio do Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas de Cabo Verde, além de apoio institucional da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa – CPLP.
Veja abaixo quem são os finalistas do Oceanos 2021:
A tensão superficial do tempo, de Cristovão Tezza – romance brasileiro | Todavia
Fé no inferno, de Santiago Nazarian – romance brasileiro | Companhia das Letras
Inferno, de Pedro Eiras – poesia portuguesa | Assírio & Alvim
Maria Altamira, de Maria José Silveira – romance brasileiro | Instante
O ausente, de Edimilson de Almeida Pereira – romance brasileiro | Relicário
O avesso da pele, de Jeferson Tenório – romance brasileiro | Companhia das Letras Brasil e Portugal
O mapeador de ausências, de Mia Couto – romance moçambicano | Caminho, Companhia das Letras e Fundação Fernando Leite Couto
O osso do meio, de Gonçalo M. Tavares – romance português | Relógio D’Água
O plantador de abóboras, de Luís Cardoso – romance timorense | abysmo
Pessoas promíscuas de águas e pedras, de Thais Lancman – contos brasileiros | Patuá