Itaú Cultural abre a programação de teatro adulto de 2023
Como toda programação do Itaú Cultural, a temporada é gratuita e os interessados devem reservar seus ingressos pela plataforma INTI
- Data: 30/01/2023 15:01
- Alterado: 30/01/2023 15:01
- Autor: Redação
- Fonte: Itaú Cultural
Itaú Cultural
Crédito:Reprodução
O Itaú Cultural abre, em fevereiro, sua programação de teatro adulto deste ano, recebendo de 1 a 26 do mês (sempre de quarta-feira a domingo) o grupo LaMínima com a temporada de estreia de A Divina Farsa. O novo espetáculo mantém a comicidade e as referências aos acontecimentos atuais, em uma trama na qual os deuses Apolo e Dionisio vêm à Terra para salvar a humanidade. Eles vão parar em um circo mambembe – espaço que acolhe os mais diferentes tipos de pessoa e, na montagem, faz referência à importância da coletividade e à história do teatro.
Antes das sessões da última semana das apresentações – de 22 a 26 deste mês –, o elenco do LaMínima conversa com convidados sobre o processo de criação da peça. Este projeto foi contemplado pela 3ª Edição do Programa Municipal de Fomento ao Teatro para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura.
As atividades integram as comemorações pelos 25 anos da companhia criada, completados em 2022. As ações prosseguem durante todo o ano de 2023.
Como toda programação do Itaú Cultural, a temporada é gratuita e os interessados devem reservar seus ingressos pela plataforma INTI (acesso pelo site www.itaucultural.org.br). Os ingressos para cada semana são disponibilizados a partir da quarta-feira anterior (seguem abaixo todas as datas de início das reservas).
A dramaturgia da peça é assinada por Newton Moreno, Alessandro Toller e LaMínima, e a direção artística é de Sandra Corveloni. Na trama, Dionisio, filho bastardo de Zeus, chega ao Olimpo para reivindicar a atenção de seu pai. Quando ele se encontra no Panteão, ao lado de deusas e deuses, é deliberado que Apolo, seu meio-irmão, descerá à Terra para acudir a humanidade, mais uma vez à beira de uma crise.
O escolhido é encaminhado para um circo mambembe, território do deus do teatro. No entanto, Dionisio, com seus disfarces, enreda a trupe em estratagemas para mostrar que conhece mais a natureza dos humanos do que Apolo.
Transitando entre o cômico e o poético, o espetáculo joga a todo momento com a concepção de que o circo é um universo onde cabe todo tipo de gente, encampando e acolhendo todas as questões. Sejam deuses ou humanos, cada um traz o divino em si.
Tanto que, enquanto Dionisio quer criar conflitos e alimentar o caos, surge a personagem Dandara, que carrega a novidade, a curiosidade, o questionamento, sem se deixar seduzir pelos encantos do deus. Neste ‘embate’ entre essas duas divindades de origens tão diferentes, ela devolve para o circo a sua noção crítica, desvenda a farsa de Dionísio e reconhece quão europeia, branca e colonialista é a mitologia grega.
Caminhos e parcerias
A ideia do grupo de construir A Divina Farsa surgiu em 2019, a partir da sinopse: “Um espetáculo que pretende ser uma reunião de Deuses para discutir por que a humanidade deu errado…” Com a pandemia decretada em 2020 e o consequente isolamento social, a estreia da 17ª montagem do LaMínima foi deslocada para 2023.
Como espetáculo de sala, ele sucede Ordinários, peça que estreou em 2018, também no Itaú Cultural. Na época, a trama falava sobre a guerra a partir da história de três soldados, que acabaram se descobrindo inadequados para estarem nela. Agora, mantendo a comicidade e o olhar crítico sobre o cotidiano, A Divina Farsa trata da retomada da esperança e da vitória do coletivo, de sair de um mundo cheio de problemas para a reconstrução. Para tanto, conta com novos e antigos parceiros.
Além do núcleo artístico fixo do LaMínima, composto por Fernando Paz, Fernando Sampaio e Filipe Bregantim, estão o ator Alexandre Roit e as atrizes Marina Esteves, Mônica Augusto e Rebeca Jamir. Em cena, este trio feminino de origens e especialidades diferentes, agrega menos luta e traz mais poesia e mais festa ao espetáculo, que tem, ainda, a direção musical e trilha sonora original de Marcelo Pellegrini e os figurinos de Christiane Galvan.
Outro destaque fica por conta do programa da peça que será distribuído ao público, composto por ilustrações exclusivas feitas pela cartunista Laerte, parceira antiga do LaMínima. Além da criação artística e estética dos espetáculos Luna Parke (2002), Piratas do Tietê – o Filme (2003) e A Noite dos Palhaços Mudos (2008), a cartunista foi responsável por traduzir, em tirinhas e comunicação visual, o espetáculo Athletis (2011) e a programação da mostra LaMínima ao Máximo, do Sesc Pompeia, em 2013.
O grupo
O LaMínima nasceu no circo e se criou na rua, tendo como base de sua pesquisa o palhaço de picadeiro, que absorve as primeiras experiências dos palhaços da companhia. Em 1997, começou a fazer “rodas” em parques e praças da cidade de São Paulo, remuneradas “pelo chapéu”.
Os atores e palhaços Domingos Montagner e Fernando Sampaio conheceram-se no Circo Escola Picadeiro, em São Paulo, onde iniciaram a dupla de palhaços Agenor e Padoca. Ali, criaram e levaram às ruas reprises, entradas e outros números circenses, desenvolvidos sob a orientação de Roger Avanzi, o Palhaço Picolino.
Em 1997, criaram o grupo, com a estreia do espetáculo LaMínima Cia. de Ballet, baseado no humor físico e nas clássicas paródias acrobáticas. Desde então, foram dezenas de criações e milhares de apresentações.
Em 2016, a dupla de palhaços deixou de existir. Domingos Montagner saiu de cena, mas o legado da companhia e a trajetória de seus espetáculos continuam.
Ao longo desse percurso, o LaMínima produziu 16 espetáculos, se apresentando em todo o país e conquistando diversos prêmios, como o Prêmio Shell de Teatro, APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte e Prêmio Governador do Estado para a Cultura. As obras são inspiradas em manifestações populares de comunicação e cultura, desde literatura clássica e arte medieval, até quadrinhos e programas de rádio.
A Divina Farsa, que estreia no Itaú Cultural, dá continuidade às ações comemorativas aos 25 anos do grupo. Entre elas, estão oficinas de formação, apresentações de espetáculos de ruas em diferentes lugares e formatos, e o Especial 25 anos do LaMínima, publicação inédita com ilustrações de Laerte, que será distribuída nas sessões de A Divina Farsa. A programação completa está nas redes sociais da Companhia e no site www.laminima.com.br/.
Entrada gratuita
Reservas de ingressos na semana anterior às sessões através plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br
Seguem as datas de reservas de ingressos para cada semana, sempre às quartas-feiras e a partir das 12h:
25 de janeiro – para as sessões de 1 a 5 de fevereiro (quarta-feira a domingo)
1 de fevereiro – para as sessões de 8 a 12 de fevereiro (quarta-feira a domingo)
8 de fevereiro – para as sessões de 15 a 19 de fevereiro (quarta-feira a domingo)
15 de fevereiro – para as sessões de 22 a 26 de fevereiro (quarta-feira a domingo)
Fila de espera em programações com ingressos esgotados:
Os ingressos reservados valem até 10 minutos antes do início da sessão. Após esse horário, os ingressos que não tiverem o check-in feito na entrada do auditório, perdem a validade e serão disponibilizados para a fila de espera organizada presencialmente.
Ficha técnica
Concepção: LaMínima – Fernando Sampaio, Fernando Paz e Filipe Bregantim
Dramaturgia: Newton Moreno, Alessandro Toller e LaMínima
Direção Artística: Sandra Corveloni
Direção Musical e Música Original: Marcelo Pellegrini
Ilustrações: Laerte
Desenho de Luz: Aline Santini
Cenografia: PalhAssada Ateliê
Figurino: Christiane Galvan
Visagismo: Carol Badra e Leopoldo Pacheco
Elenco: Marina Esteves, Mônica Augusto, Rebeca Jamir, Alexandre Roit, Fernando Paz, Fernando Sampaio, Filipe Bregantim
Artistas stand-in: Carol Badra, Christiane Galvan e Thomas Huszar
Assistência de Direção: Lucas Nascimento
Programação Visual: Sato do Brasil
Direção de Produção: Luciana Lima
Produção Executiva: Priscila Cha
Produção e Administração: Chai Rodrigues
Assistência de Produção: Vanessa Zanola
PROTOCOLOS:
– Para a programação presencial, é necessário apresentar o QR Code do ingresso na entrada da atividade até 10 minutos antes do seu início. Após este horário, o ingresso não será mais válido.
– A bilheteria presencial abre uma hora antes do evento começar.
– Devolução de ingresso:
Em caso de imprevistos ou impossibilidade de comparecimento à programação para a qual reservou o ingresso, solicite o cancelamento deste através do e-mail [email protected] até duas horas antes do início do evento. Essa solicitação é muito importante e garante que o ingresso seja utilizado por outras pessoas que queiram prestigiar o evento. Agradecemos e contamos com sua compreensão.
– Programação sujeita a cancelamento:
O Itaú Cultural informa que sua programação, virtual ou presencial, poderá ser cancelada em caso de contaminação por Covid-19 de qualquer artista envolvido. Nesse caso, os ingressos adquiridos perdem a validade. O público que reservou o ingresso será notificado por e-mail. Um eventual reagendamento da programação ficará a exclusivo critério do IC, de acordo com a disponibilidade de agenda, sem preferência para quem adquiriu os ingressos anteriormente.