IPCA de maio reforça queda da Selic, diz IBGE

Nos próximos meses a inflação acumulada deve cair para abaixo dos 4% e, assim, abrir espaço para uma possível redução da taxa Selic

  • Data: 07/06/2019 15:06
  • Alterado: 07/06/2019 15:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Guteratto Press
IPCA de maio reforça queda da Selic, diz IBGE

Crédito:Pixabay

Você está em:

O IBGE divulgou o IPCA de maio em 0,13%, bem abaixo das estimativas do mercado. A inflação ao consumidor desacelerou forte e caiu de 0,57% em abril, acumulando 4,66% em doze meses, depois de ter subido até 4,94%. Nos próximos meses a inflação acumulada deve cair para abaixo dos 4% e, com isso, abrir espaço para o Copom voltar a reduzir a taxa Selic. “Consideramos que a manutenção de um cenário benigno para o IPCA, junto com o elevado hiato do produto e a perspectiva de desaceleração da economia global, reforçam a hipótese da queda dos juros básicos. O cenário para a aprovação da Reforma de Previdência, porém, precisa se mostrar convincente para que os diretores do BC confirmem essa expectativa. Nosso cenário, que contempla duas quedas de 0,25%, em novembro e dezembro, pode ser revisto, com a antecipação do início das quedas e de sua amplitude”, explica o Economista-Chefe da Nova Futura Investimentos, Pedro Paulo Silveira. A probabilidade da Selic terminar 2019 abaixo dos 6% subiu consideravelmente nas últimas semanas.

A divulgação de um número menor de vagas criadas nos EUA, junto com a desaceleração das importações e exportações do país em maio, reafirmam o cenário de redução dos fed funds. Os mercados reagiram com alta dos futuros do S&P500 e dos Dow Jones e os juros das treasuries de 10 anos derreteram para 2,06% aa. A taxa das curtas, de 3 meses, também caíram, para 2,26%, sinalizam um aumento da probabilidade de que dos juros no curto prazo. A inclinação dos juros se mantém em -22 bps, reforçando a tese de desaceleração/recessão dos EUA.

“A abertura da sexta-feira foi de ligeira alta para o Ibovespa, que está saindo a 97.241 pontos. O índice está a apenas 2,70% de seu máximo e é possível que o atinja na semana que vem”, comenta Silveira. A liberação da venda dos ativos de estatais pelo STF foi uma notícia positiva e a agenda dos próximos dias na comissão mista do orçamento e na comissão especial para a reforma previdenciária devem garantir vitórias substanciais para o governo. As taxas de juros mais longas voltaram a cair e os juros para jan/27 estão a 8,16%. 

Compartilhar:

  • Data: 07/06/2019 03:06
  • Alterado:07/06/2019 15:06
  • Autor: Redação
  • Fonte: Guteratto Press









Copyright © 2024 - Portal ABC do ABC - Todos os direitos reservados