Internações voltam a subir na região de Campinas após afrouxamento de isolamento social

Circulação de pessoas aumentou depois de permissão para funcionamento de diversas atividades. Infectologista critica novas flexibilizações

  • Data: 10/05/2021 19:05
  • Alterado: 10/05/2021 19:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: PUC Campinas
Internações voltam a subir na região de Campinas após afrouxamento de isolamento social

Crédito:Rogerio Capela / Prefeitura de Campinas

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Os 42 municípios integrantes do Departamento Regional de Saúde de Campinas (DRS-Campinas) registraram, juntos, acréscimo de 1,4% nas internações por coronavírus ao final da 18ª Semana Epidemiológica. O aumento apresentado entre os dias 2 e 8 de maio, comparando-se ao período anterior, interrompe uma trajetória de queda que já durava quatro semanas.

Além disso, Célia Leão destaca que a mesmo após tomarem as doses das vacinas, as pessoas devem continuar se cuidando, “mesmo com a imunização, é de extrema importância que todos os protocolos e medidas de prevenção da Covid-19 continuem sendo seguidos”, ressalta.

Para o infectologista André Giglio Bueno, o aumento das internações está associado às recentes flexibilizações anunciadas pelo Governo do Estado de São Paulo, que permitiram funcionamento de inúmeras atividades econômicas, como bares, shoppings e academias. Com o afrouxamento das medidas de isolamento social, elevou-se a circulação de pessoas, favorecendo a transmissão da doença.

Desde meados de abril, o Estado está na chamada “fase de transição” do Plano São Paulo. Criado para configurar uma etapa intermediária entre a fase vermelha e a laranja, o período transitório possibilitou a abertura de vários setores com horários mais extensos. Sem tal medida, 14 das 17 regiões do estado estariam na fase vermelha, uma vez que as taxas de ocupação de leitos de UTI estão acima de 75%.

“Chama atenção o fato de não haver informações claras sobre o funcionamento dessa fase. Não estão disponíveis os critérios para alterar suas recomendações iniciais, nem mesmo as bases para frear eventuais flexibilizações. A impressão é que o governo está cedendo às pressões de setores comerciais”, avalia o professor de Medicina da PUC-Campinas.

Apesar do aumento nas internações, as variações de casos e mortes seguiram negativas no DRS-Campinas. Foram 8,7 mil novas infecções e 380 óbitos na 18ª Semana Epidemiológica, reduções de 7,5% e 8,1%, respectivamente, em relação ao período anterior. Na Região Metropolitana de Campinas, a queda de falecimentos foi ainda mais expressiva: 36,6%. Em Campinas, cujo índice de mortalidade é o maior da região, a diminuição foi de 16,6%.

Contudo, segundo o médico, os últimos dados sinalizam redução do ritmo de queda. “Portanto, ainda dependemos do comportamento individual das pessoas e das medidas do poder público estadual e municipal. O governo federal continua alheio a todo esse processo, sem estratégias de comunicação que ajudem a conscientizar a população”, acrescenta Giglio.

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  • Data: 10/05/2021 07:05
  • Alterado:10/05/2021 19:05
  • Autor: Redação
  • Fonte: PUC Campinas









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