Internações por dengue e síndrome respiratória grave têm alta em 43% nos hospitais de SP
Em levantamento anterior, 96% dos hospitais privados paulistas registraram aumento; queda pode indicar tendência de desaceleração
- Data: 19/06/2024 12:06
- Alterado: 19/06/2024 12:06
- Autor: Redação
- Fonte: Folhapress
Crédito:Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Pesquisa do SindHosp (Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo) aponta que 43% dos hospitais paulistas informaram aumento de internações de pacientes com dengue e Srag (síndrome respiratória aguda grave) de 4 a 14 de junho.
O percentual é bem menor do que o identificado em maio, o que mostra tendência de desaceleração das doenças.
No levantamento passado, de 3 a 13 de maio, 96% dos serviços de saúde reportaram o crescimento das hospitalizações pelos mesmos motivos.
O estudo foi feito com 81 hospitais privados paulistas – 75% deles da capital e grande São Paulo e 25% do interior.
A retração também foi percebida no pronto atendimento e nos serviços de urgência com a redução do tempo de espera no pronto-socorro.
Segundo informaram quase 7 em cada 10 (68%) hospitais, o tempo médio de espera registrado foi de 1 a 2 horas este mês. Em maio, 73% deles regitraram tempo de espera de 2 a 4 horas pelo atendimento.
Para o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, a retração da incidência de dengue e Srag nos hospitais pode estar, em parte, ligada à questão do clima. Ele explica que as ondas de calor do outono podem ter interferido na incidência de síndrome respiratória grave, porque é típico da estação o aumento de doenças respiratórias.
A pesquisa mostrou que, em 34% dos hospitais participantes do estudo, outras doenças respiratórias são prevalentes. Além disso, 15% dos estabelecimentos de saúde registram doenças crônicas, 11% viroses e para outros 11% doenças gastrointestinais.