Inovação, foco no cliente e regulação vão transformar saneamento, diz presidente da Sabesp
Em evento sobre PPPs e concessões, André Salcedo afirmou que setor passa por “mar de oportunidades” e vai experimentar grandes transformações
- Data: 01/03/2023 09:03
- Alterado: 01/03/2023 09:03
- Autor: Redação
- Fonte: Sabesp
Diretor-presidente da Sabesp
Crédito:Divulgação/Sabesp
Investimentos em novas tecnologias, foco no atendimento ao cliente e ambiente regulatório que garanta a qualidade dos serviços vão transformar o setor no saneamento no Brasil, afirmou o diretor-presidente da Sabesp, André Salcedo, nesta terça-feira (28). O executivo participou do P3C, principal evento especializado no mercado de parcerias público-privadas (PPPs) e concessões com foco nos investimentos em infraestrutura no país.
“São três pilares: ambiente regulatório que garanta que o que foi pactuado sej atendido; relacionamento com o cliente; e inovação em novos negócios que agreguem valor à empresa”, destacou Salcedo no painel “Alavancas de Valor no Setor de Saneamento”.
Salcedo explicou que o debate ganhou nova tônica com o Marco Legal, em 2020, e atualmente são muitas as oportunidades geradas pelo saneamento, que passará por grandes transformações nos próximos anos. “É um mar de oportunidades. Vejo o setor de saneamento como o de energia. Daqui cinco ou dez anos, acredito que o saneamento vai experimentar a mesma transformação que o setor elétrico experimentou”, disse.
Para ele, a inovação é essencial não só nos serviços de água e esgoto, mas também naqueles que não são “saneamento propriamente dito”. Como exemplo, citou ações da Sabesp voltadas para a economia circular, como o reaproveitamento do lodo gerado no tratamento de esgoto, a geração de energia fotovoltaica aproveitando a infraestrutura da empresa ou de biogás a partir do esgoto e a água reciclada (ou água de reuso, que aproveita o efluente tratado para uso industrial, por exemplo).
Outros pontos importantes do saneamento são sua contribuição para o meio ambiente — como a economia circular, por exemplo — e seu impacto social. “Há muita coisa a ser explorada. [Uma oportunidade é] Acoplar o saneamento com atividades que podem gerar renda para a sociedade e para alavancar a inclusão social. É muito importante manter essa relação com a comunidade”, afirmou.
O painel contou também com a participação de Rogério Tavares, diretor da Aegea Saneamento; de Ramon Sanches Silva, vice-presidente da BRK Ambiental; Hildon de Lima Chaves, prefeito de Porto Velho; e Adriano Stringhini, diretor da Iguá. A moderação foi de Luiz Affonso Senna, conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul.