Inflação de serviços dispara 0,71%

IPS mostra maior aceleração do ano; preço de produtos recua 0,22%

  • Data: 16/08/2013 14:08
  • Alterado: 16/08/2013 14:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: FecomercioSP
Inflação de serviços dispara 0,71%

Caio da Rocha

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A inflação de serviços disparou 0,71%, a maior aceleração do ano, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). Ao mesmo tempo, o preço dos produtos vendidos no comércio varejista da Região Metropolitana de São Paulo recuou pela primeira vez desde março do ano passado (-0,22%). Com esses resultados, a inflação conjunta de produtos e serviços subiu 0,23%, em média, no mês de junho.

Desde abril deste ano, a Fecomercio passou a divulgar e a analisar a evolução dos preços de produtos e serviços de forma distinta. O resultado médio da inflação apurado em junho representa a menor alta mensal constatada no semestre. Para a FecomercioSP, a desaceleração do preço do conjunto de produtos e serviços pesquisados mostra que, apesar de o Banco Central ter demorado para reagir ao aumento da inflação, o aumento das taxas de juros começa a surtir efeitos.

O aumento da inflação do conjunto de produtos e serviços pesquisados em junho foi puxado pelos grupos vestuário (+0,51%), habitação (+0,47%) e transporte (+0,42%). A classe social que sofreu maior impacto com a alta de preços de produtos e serviços foi a D (+0,45%). O mesmo aconteceu no acumulado em 12 meses: a inflação para a classe D atingiu 6,14%, a maior alta dentre as classes pesquisadas. A classe D possui renda familiar entre R$ 976,59 e R$ 1.464,87.

A queda da inflação de produtos (excluídos os serviços), de 0,22%, foi puxada pelos transportes (-0,83%), saúde e cuidados pessoais (-0,26%), e alimentação e bebidas (-0,25%). A classe A foi a mais beneficiada com a diminuição em junho (-0,37%). Apesar da queda em junho, em 12 meses, o indicador apresentou aumento de 6,42%, com produtos ligados à alimentação e bebidas expondo a maior inflação no período (+10,25%).

No sentido oposto dos preços de produto, os custos dos serviços aumentaram em junho. Os serviços que mais contribuíram para o acréscimo em junho foram os ligados a transportes (+2,56%), a habitação (+0,55%) e à saúde e cuidados pessoais (+0,46%). Apesar da alta, a inflação acumulada em 12 meses ainda é inferior à de produtos (5,46% contra 6,42%). A classe social mais impactada pelo preço dos serviços no mês foi a D (+1,43%).

Para julho, a FecomercioSP espera diminuição dos preços de serviços (com a queda nos transportes públicos e sem novas elevações da energia elétrica) e pouca pressão sobre produtos, já que não há indícios de que os alimentos voltarão a subir. Há, porém, probabilidade de elevações mais fortes em vestuários devido à redução da temperatura.

METODOLOGIA
A pesquisa do IPS e do IPV utiliza informações da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do IBGE e contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo. A estrutura de ponderação é fixa e baseada na participação dos itens de consumo obtida pela POF de 2008/2009 para cada grupo de renda e para a média geral. O IPS avalia 66 itens e o IPV, 181 artigos de consumo.

As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A). Esses valores foram atualizados pelo IPCA de janeiro de 2012. Para cada uma das cinco faixas de renda acompanhadas, os indicadores de preços resultam da soma das variações de preço de cada item, ponderadas de acordo com a participação desses produtos e serviços sobre o orçamento familiar.

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  • Data: 16/08/2013 02:08
  • Alterado:16/08/2013 14:08
  • Autor: Redação
  • Fonte: FecomercioSP









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