Inelegível pelo TSE: Bolsonaro diz que Michelle é inexperiente para a política
Nas eleições de 2022, Michelle agiu como cabo eleitoral do ex-presidente, especialmente em comícios evangélicos
- Data: 01/07/2023 08:07
- Alterado: 01/07/2023 08:07
- Autor: Redação ABCdoABC
- Fonte: Estadão Conteúdo
Crédito:Divulgação
Após ficar inelegível por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que a esposa, Michelle Bolsonaro (PL), ainda é inexperiente para a política.
“Ela (Michelle) não tem experiência para enfrentar o dia a dia de uma política bastante violenta com um sistema bastante ativo no Brasil”, disse Bolsonaro na noite desta sexta-feira, 30, ao chegar em Brasília.
Nas eleições de 2022, Michelle agiu como cabo eleitoral do ex-presidente, especialmente em comícios evangélicos. O desempenho dela chamou a atenção de lideranças partidárias do PL que pensam nela como uma possível candidata à Presidência em 2026.
O ex-presidente desembarcou na capital federal, após cumprir agenda em Belo Horizonte. Em Minas Gerais, Bolsonaro disse que a decisão do TSE que o tornou inelegível por 5 votos a 2, foi uma “punhalada nas costas”.
Em Brasília, Bolsonaro fez ataques ao PT, à esquerda, defendeu o voto impresso e seguiu o mesmo roteiro de falas nos últimos dias. “Os Três Poderes tem amor pelo Lula”, afirmou Bolsonaro.
O ex-presidente foi recebido por quatro apoiadores no aeroporto e fez imagens com eles. “Lá vai o imbrochável”, disse um deles, que fazia um vídeo no telefone. O carro de Bolsonaro falhou por algumas vezes na ignição antes de partir.
Agora, o ex-presidente espera “não fazer nada no final de semana”. Ele evitou especular nomes de sucessores e disse que ainda espera que “Johnny Bravo” – ele, no caso – seja candidato em 2026.
Julgamento no TSE
O Tribunal Superior Eleitoral formou um placar de 5 votos a 2 para enquadrar o ex-chefe do Executivo por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em razão da reunião em que atacou as urnas eletrônicas diante de diplomatas no ano passado, no período pré-eleitoral.